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No Reino Unido, idosa de 93 anos é deixada no chão com quadril quebrado por 25 horas

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No Reino Unido, uma idosa com quadril quebrado foi deixada no chão por 25 horas até ser atendida por uma ambulância. O caso repercutiu no País, que enfrenta uma onda de greves dos enfermeiros e motoristas.

A aposentada de 93 anos ficou ‘gritando de dor’, como informou seus familiares e os funcionários da casa de repouso que tentaram ajudá-la. Entretanto, foi necessário aguardar a chegada de uma ambulância, pois era perigoso movê-la no chão e a neve dificultaria o trajeto para carros comuns.

A idosa com quadril quebrado, Elizabeth Davies, foi levada para o hospital Ysbyty Gwynedd em Bangor. No entanto, teve que esperar 25 horas caída, e mais 12 horas na enfermaria até ser levada para cirurgia.

A espera foi decorrente de uma paralisação das ambulâncias e do centro de socorro, conhecido como 999, o equivalente ao 192, SAMU, no Brasil. Esta foi a maior paralisação de enfermeiros de emergência desde 1980, e levou milhares de funcionários para a greve por pagamentos e melhores condições de trabalho.

Na última semana de dezembro, a Sra. Davies passou por uma cirurgia para examinar a extensão de seus ferimentos após uma fratura confirmada e tanto tempo sem imobilizá-la corretamente.

Via Daily Mail

Filho relata extrema preocupação

O filho da idosa com quadril quebrado que esperou 25 horas para atendimento, Ian, e sua nora Susan, de Pwllheli, deram entrevista afirmando que “ficaram fora de si” de preocupação com a mãe.

Ela fica em uma casa de repouso particular integralmente, onde recebe todos os devidos cuidados. A queda foi um acidente quando Elizabeth andava com seu andador, e a queda fraturou seus ossos. No entanto, precisou ficar gritando de dor por mais de 24 horas.

Seu filho não conseguiu fazer muita coisa para ajudar, pois teve medo de movê-la sem os devidos aparatos.

A Sra. Davies, que é originalmente de Mynytho, Gwynedd, mudou-se para Pentreuchaf depois de se casar com o marido Hughie. Entretanto, mora em uma casa de repouso em Llanbedrog, Península de Llyn, há mais de 17 anos.

Por estar em forma, usa seu andador para se locomover livremente na casa de repouso, que não foi identificada.

Como idosa com quadril quebrado esperou 25 horas

Via Daily Mail

Por volta das 11h45 de sábado, dia 17 de dezembro, a equipe de cuidadores ouviu um barulho e encontrou a idosa com quadril quebrado na sala de estar. Imediatamente chamaram ajuda, mas foram informados de que a ambulância não estaria disponível entre seis e oito horas, pois estavam muito ocupados.

Os funcionários chegaram a informar que a idosa seria uma prioridade, por conta da idade. No meio tempo, a casa de repouso informou o filho e a nora de Elizabeth.

Para tentar amenizar a dor, a equipe de cuidados colocou um travesseiro sob a cabeça da Sra. Davies e fez o possível para deixá-la confortável. O filho, Ian, conta que foram excelentes com sua mãe. Também colocaram um aquecedor ao lado dela, para que não entrasse em choque.

A equipe ligou novamente para a ambulância horas depois, mas ficou claro que teria mais atraso. No total, foram 10 contatos com o resgate para ajudar a Sra. Davies, inclusive do filho.

Finalmente, uma ambulância chegou por volta das 13h15 do domingo, cerca de 25 horas e 30 minutos após a queda da idosa com quadril quebrado. Ela foi levada para o hospital, mas teve que esperar mais 12 horas pelo atendimento.

O filho não culpa a equipe de ambulância, pois entende que estavam ocupados com a greve, e também é cuidador. No entanto, a situação foi inaceitável.

Enquanto isso, Stephen Sheldon, gerente de serviço do Welsh Ambulance Service (WAS) no norte do País de Gales, desculpou-se pela demora e disse que a família pode entrar em contato direto com eles para verificar a situação da idosa. O diretor culpa o inverno e a alta demanda pela demora.

Greve de ambulâncias

Via Daily Mail

Cerca de 10 mil funcionários se juntam à greve da NHS, a instituição de pronto socorro do País de Gales. Eles reclamam das demandas que surgem com o inverno, o alto nível de doenças entre a equipe e a pressão do sistema.

Por isso, demoram para responder os chamados, e ainda precisam lidar com muitos atrasos nas transferências hospitalares e falta de documentação adequada para identificar os pacientes.

Assim, muitos sindicatos concordaram em permitir que os funcionários e motoristas atendam somente acidentes com risco de vida ou pessoas com problemas cardíacos.

No entanto, é difícil identificar quais as verdadeiras demandas ou quais chamados podem ser ignorados até uma liberação no horário. Com isso, alguns grupos defendem que os membros de cada esquadrão decidam o que atender.

Isso significa que mais pessoas precisariam se locomover por conta própria para o hospital em caso de emergências médias. Isso porque a espera de gravidades pode aumentar os riscos de morte ou consequências.

A maior paralisação dos funcionários aconteceu nos dias 21 a 28 de dezembro, e ainda não existem notícias se as demandas foram atendidas. Além de melhores condições, os motoristas e assistentes exigem aumento de 19% no salário.

Recomendações

O ministro da Saúde pediu para a população ligar para o 999 apenas se sentir dores no coração ou estiver em uma situação de extremo risco, como a idosa com quadril quebrado.

Por fim, se não tiver riscos aparentes, recomenda-se ligar para o NHS 111 ou NHS 111 online, o centro de atendimento de urgências que pode determinar a gravidade da situação e encaminhar profissionais.

Assim, é uma forma de diminuir as demandas e permitir que apenas pessoas com real risco de vida sejam atendidas primeiro.

 

Fonte: Daily Mail

Imagens: Daily Mail

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