Ciência e Tecnologia

Nova ressonância magnética tem imagens milhões de vezes mais nítidas

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A colaboração entre universidades nos Estados Unidos e o Centro de Microscopia da Universidade Duke resultou em uma revolução nos exames de ressonância magnética.

Agora, é possível produzir um scan 64 milhões de vezes mais nítido. Os resultados da pesquisa saíram na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

A ressonância magnética possui ampla utilização para obter imagens em 3D das partes internas do corpo, sendo uma técnica valiosa para diagnosticar várias doenças, incluindo câncer e patologias cerebrais.

Agora, essa poderosa ferramenta de diagnóstico recebeu um grande avanço na resolução de imagens.

Potência

Via TecMundo

A equipe utilizou um aparelho equipado com um ímã de 9,4 Teslas, três vezes maior do que o encontrado em equipamentos convencionais. Além disso, acoplou bobinas com capacidade 100 vezes superior.

Ao realizar varreduras em cérebros de camundongos, os pesquisadores obtiveram imagens 64 milhões de vezes mais nítidas do que as produzidas por equipamentos padrão.

De acordo com a equipe, essa nova tecnologia não apenas permite a visualização em 3D de massas tumorais, mas também a avaliação da qualidade das redes neurais, representando um grande avanço no diagnóstico e acompanhamento de doenças neurodegenerativas.

Com a precisão do exame de ressonância magnética, o tempo necessário para diagnósticos pode ser otimizado. Os pesquisadores planejam continuar estudando a tecnologia e, em breve, humanos poderão participar da pesquisa.

Como funciona exame de ressonância magnética?

A ressonância magnética é uma técnica de imagem que utiliza um forte campo magnético e ondas de rádio para produzir imagens detalhadas do interior do corpo humano.

Durante o exame, o paciente deve entrar uma mesa que desliza para dentro de um tubo longo e estreito, chamado de “scanner”.

Em seguida, dentro do scanner, o paciente é exposto a um forte campo magnético, que alinha os núcleos dos átomos de hidrogênio presentes nos tecidos do corpo.

O equipamento emite pulsos de ondas de rádio que, com absorção pelos átomos de hidrogênio, geram um sinal próprio para antenas especiais no scanner.

Dessa forma, a partir desse sinal, um computador constrói imagens detalhadas das estruturas internas do corpo.

A ressonância magnética é capaz de produzir imagens em 3D de alta resolução de órgãos, tecidos moles e ossos. Isso permite a detecção precoce de anomalias e doenças, além de ser uma técnica não invasiva que não utiliza radiação ionizante.

É importante ressaltar que, durante o exame, o paciente deve permanecer imóvel para evitar que as imagens fiquem borradas, e que a ressonância magnética é contraindicada para pacientes com marcapassos, implantes cocleares, próteses vasculares ou outros implantes metálicos no corpo.

Via Wikimedia

Essa nova técnica é perigosa?

O exame de ressonância magnética, por si só, é uma técnica de imagem segura e não invasiva utilizada em diagnósticos médicos.

Ao contrário de outras alternativas de imagem que utilizam radiação ionizante, como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética não emite radiação ionizante.

No entanto, o equipamento utilizado na ressonância magnética produz um forte campo magnético que pode representar riscos para pessoas com implantes metálicos, como marca-passos, ou objetos metálicos no corpo.

Além disso, o forte campo magnético pode causar atração de objetos metálicos próximos ao equipamento, o que pode representar riscos para pessoas que trabalham na área da ressonância magnética.

Outro risco potencial é o aquecimento do corpo humano pelo campo magnético durante o exame, especialmente em exames de longa duração ou em áreas do corpo com maior concentração de tecido adiposo.

Os fabricantes dos equipamentos de ressonância magnética estabelecem limites seguros para a exposição humana a campos magnéticos e térmicos.

Nesse caso, o novo aparelho com máxima resolução irá seguir essas determinações antes de se colocar em teste. Com os animais, não apresentou efeitos colaterais a curto prazo.

Contudo, não é possível determinar se existirão alguns sintomas por conta da exposição. O sistema dos camundongos é menos resistente, e precisa de avaliação mais detalhada para metrificar a relação com humanos.

Assim, a medicina pode esperar avanços nessa área, mas com atenção para os prazos, garantindo que todos os equipamentos sejam certificados.

 

Fonte: TecMundo

Imagens: TecMundo, Wikimedia

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