História

Novos estudo revelam mais sobre a história de Otzi, o homem de gelo

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Há 5 mil anos, o famoso homem de gelo morreu mumificado, e foi encontrado em um barranco alpino. O antigo corpo de Ötzi, um dos objetos de estudo mais famosos dos povos pré-históricos das regiões montanhosas, teve sua identidade revelada por caminhantes dos altos Alpes.

Até então, acreditava-se que ele tinha morrido no local, mas novas descobertas apontam que essa pode não ter sido a verdadeira história do homem de gelo.

Um novo estudo questiona a teoria inicial que contava sobre a morte de Ötzi, indicando que, talvez, seus restos mortais tenham seguido para o local por conta do degelo periódico do seu corpo.

Com isso, arqueólogos apontam que as possibilidades possam ser maiores do que o que se pensava originalmente sobre o corpo pré-histórico. Embora não possa garantir que seja possível descongelar o homem de gelo definitivamente, pode existir uma chance de estudos.

Em novembro, uma nova pesquisa foi publicada na revista Holocene, avaliando evidências sobre a possível morte de Ötzi. Além disso, o departamento de arqueologia da Universidade do Condado de Innlandet da Noruega, junto com o Museu de História Cultural da Universidade de Oslo, o degelo gradativo do corpo pode revelar algumas informações.

A nova história do homem de gelo

Os restos mortais do homem de gelo, Ötzi, levou o nome, inicialmente, de Alpes Ötztal, local onde apareceu pela primeira vez. Ele surgiu em setembro de 1991 por turistas alemães em uma passagem alpina entre a Itália e a Áustria.

A princípio, os caminhantes pensaram ter encontrado um alpinista moderno. Embora trágico, muitos aventureiros acabam sendo pegos pelas baixas temperaturas e não resistindo. No entanto, investigações posteriores determinaram que Ötzi morreu há cerca de 5.300 anos.

Inicialmente, a história sobre a morte do homem de gelo acreditava que isso tinha acontecido com ele. Entretanto, o pesquisador e arqueólogo Konrad Spindler, da Universidade de Innsbruck, na Áustria, levantou a teoria de que Ötzi pode ter sido assassinado.

O degelo do seu corpo mostrou uma ponta de flecha cravada em seu ombro, além de um corte profundo em sua mão. Avaliações médicas indicam que poderia ser um ferimento de defesa, provavelmente por ter tentado escapar de um golpe.

Além disso, as análises também notaram que a mochila, o arco e a flecha de Ötzi pareciam danificados, outro sinal de possível combate.

Alguns pesquisadores ainda estão céticos, indicando que esses danos ao equipamento do homem de gelo podem ter sido feitos pela pressão do gelo que o cercava. Com o degelo, eles se soltaram, o que prejudicou seu material.

Mesmo assim, a nova teoria chamou a atenção de arqueólogos, e definitivamente houve um conflito. Até porque o homem de gelo também apresentou hemorragia cerebral substancial, mas sem causa definida. Seria uma tentativa de assassinato? Um golpe na cabeça? Ou uma queda em uma pedra? Ainda não se sabe.

A múmia mais famosa da Europa

Via National Geographic

Ötzi é visto, por muitos, como a múmia mais famosa da Europa. Ele recebe milhares de visitas de turistas e cientistas, pois seu corpo foi extremamente bem preservado ao longo dos anos.

O congelamento fez com que a maioria das suas características fossem mantidas, e acredita-se que ele tenha vindo das primeiras cidades do norte europeu, vivendo antes mesmo da construção da primeira pirâmide do Egito.

Até agora, sabemos que Ötzi era magro, baixo, com cerca de 1,57 metros, e tinha cerca de 46 anos quando morreu. Provavelmente era canhoto e calçava tamanho 39. Seus olhos foram preservados na cor azul.

Antes de morrer, o homem de gelo consumiu uma refeição de trigo einkorn, cervo-nobre e íbex. Foi possível saber essas informações por meio de tomografias modernas feitas em 2009. Além disso, seus órgãos se moveram das costelas para a parte inferior dos pulmões.

Até hoje, os arqueólogos ainda estão descobrindo novas informações sobre o homem de gelo mais famoso do mundo. E a expectativa é que se conheça ainda mais sobre essa figura pré-histórica e misteriosa.

 

Fonte: LiveScience, National Geographic

Imagens: National Geographic

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