Entretenimento

O duo francês Daft Punk se separa após 28 anos de carreira

0

Daft Punk, o influente duo francês da música eletrônica, decidiu abandonar a carreira após 28 anos no mercado. A dupla anunciou a aposentadoria após publicar um vídeo nas redes sociais, na manhã desta segunda-feira, 22 de fevereiro. Intitulado “Epílogo”, o enigmático vídeo de oito minutos é um excerto do filme de ficção científica Electroma, que o duo já havia realizado antes.

Kathryn Frazier, assessora do Daft Punk, não se pronunciou até o momento. Como todos sabem, a dupla – formada por Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter – começou a fazer música em 1993. O duo apresentou-se no mercado musical introduzindo a premissa que versava a busca de dois robôs se tornarem humanos.

Daft Punk

Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter se conheceram em Paris, em 1987. Na época, ambos criaram uma banda de rock indie, chamada Darlin’. Depois de serem hipnotizados pela essência do house francês, a dupla decidiu investir pesadamente no som eletrônico. Com “Homework”, o álbum de estreia, e o single “Da Funk”, Daft Punk consegue, e sem muito esforço, conquistar popularidade em diversas partes do mundo.

Tanto “Da Funk” quanto o single “Around the World” renderam inúmeros prêmios. O duo, desde sua estreia, foi indicado a 12 Grammys – mas, infelizmente, só levou para casa seis. Mesmo sempre sendo sucesso, em um certo momento, o Daft Punk resolveu se resguardar. Os motivos foram vários: era preciso descansar, tirar alguns dias de férias para, depois, voltar a produzir.

A dupla reapareceu – e com peso – em 2007, quando Kanye West gravou um trecho da música “Harder, Better, Faster, Stronger” para compor a feixa “Stronger”. Não obstante, o álbum de 2014, “Random Access Memories”, foi reverenciado por críticos e fãs, que consideraram o projeto como um movimento renascentista da música eletrônica dance.

“Get Lucky”, uma das faixas do álbum que contou com a participação do cantor e produtor Pharrell Williams, foi líder nas paradas musicais. O álbum, como é de conhecimento de todos, ganhou o Grammy de álbum do ano, tornando-se o primeiro ato eletrônico a levar para casa a tão cobiçada homenagem.

Até o momento, não está claro se Homem-Christo ou Bangalter vão seguir carreiras solo.

Carreira

Conforme expõe o portal Observador, “o entusiasmo e a expectativa que os Daft Punk geraram nos fãs os levaram até à editora Virgin”. Para estrear na gravadora, o duo lançou o álbum Homework. Foi exatamente com esse disco que a massa de ouvintes – os quais nem todos se doavam às batidas eletrônicas – se confrontaram, pela primeira vez, com o Daft Punk.

O disco seguinte, Discovery, editado há 20 anos, especificamente em março de 2001, mesmo surpreendendo os fervorosos fãs, foi o estopim para alguns críticos destilarem veneno. O motivo? O projeto musical do Daft Punk visava expor canções que eram dançantes, capazes de contagiar todos os que ouviam o álbum.

O álbum Discovery marcou também a introdução dos personagens robóticos que o duo resolveu assumir, decisão que, sem sombra de dúvidas, aproveitava o início de um novo século, o qual foi embalado pelo duo por uma estética visual autómata – mistura de homem e máquina que os alemães Kraftwerk celebrizaram -, mas de um modo bem diferente, cheio de brilho, com efeitos e cheios de pompa.

Adolescente desperta de coma sem ter nenhum conhecimento sobre o Covid-19

Artigo anterior

Análises mostram uma diferença clara entre as células cerebrais de pessoas com depressão

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido