O inusitado caso dos irmãos que têm alergia a vegetais e vinho

Atualmente as alergias crescem cada vez mais entre as pessoas. Assim, em algumas causam apenas coceiras, mas em outras podem causar asfixiar e até a morte. Existem casos de alergia que são mais comuns e as pessoas estão acostumadas, mas também existem algumas alergias bem diferentes.

Uma dessas é o caso inusitado desse homem norte-americano de 36 anos que foi até publicado na revista médica American Journal of Case Reports em março. Segundo os profissionais de saúde, ele é o primeiro caso conhecido de alguém que sofre reações alérgicas fortes quando consome alimentos como pepinos enlatados, tomate e berinjela.

Além do homem, os irmãos dele também tinham alergia aos mesmo alimentos, sendo que o irmão mais novo tinha sintomas mais moderados. E o mais curioso é que o paciente não tem nenhuma outra condição médica ou alergia.

Alergia

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Ele sofreu com esses sintomas durante 17 anos até que foi diagnosticado com uma alergia à histamina, substância presente principalmente em vegetais e outros derivados de plantas.

As reações do paciente aconteciam a cada três semanas e tinham três estágios. Elas começavam com náuseas, dor no estômago, cansaço extremo, febre, falta de apetite e vômitos. Esses sintomas duravam aproximadamente dois dias.

O segundo estágio da reação alérgica eram coceiras que deixavam a pele do pescoço, peito e coxas vermelha. E o terceiro era caracterizado pela coriza, inflamação na garganta e dores de cabeça que duravam até duas semanas.

O paciente podia ter essas reações desencadeadas por uma simples refeição. Para ele, os casos principais aconteciam depois que ele tomava sopa de peixe ou bebia vinho.

Para conter a alergia, os médicos responsáveis prescreveram medicamentos anti-histamínicos, no entanto,  a mudança no paciente foi mínima. Por conta disso, ele teve que começar a ter uma dieta pobre na substância que o dá alergia. Com isso, ele finalmente viu os sintomas desaparecerem. Hoje, todos os irmãos continuam com as restrições alimentares para evita as reações alérgicas.

Mais comuns

Clínica Croce

A alergia desse homem e seus irmãos é bem incomum. No entanto, alergias alimentares não são algo inesperado. Inclusive, existem alguns alimentos que são os mais comuns de causarem reações alérgicas, como por exemplo, os ovos.

Para aquelas pessoas que têm alergia a ovos, qualquer tipo de ovo pode causar reações. A maioria das crianças com 5 anos de idade ou menos que sofrem dessa alergia geralmente superam o problema com a fase adulta. A alergia ao ovo não tem tratamento ou cura, mas você pode checar diariamente para aumentar sua tolerância.

Outro alimento é a soja. Alguns bebês já mostram resistência à soja por meio da fórmula do leite à base de soja, e nesses casos podem ser detectados precocemente. Infelizmente, a soja pode aparecer em alimentos inesperados que comemos todos os dias, como cereais, chocolates, produtos de carne e alimentos assados, causando reações mais frequentemente. Assim, alguns conseguem se livrar da alergia à soja na infância, mas também podem levar para o resto da vida.

Além da soja, o trigo também é evitado por muitos. O glúten é a principal proteína atacada pelo sistema imunológico quando uma pessoa desenvolve alergia ao trigo. Essa alergia costuma ser confundida com a doença celíaca, distúrbio que impossibilita o corpo de absorver nutrientes, o que causa uma reação adversa ao glúten. O trigo pode causar reações graves, como anafilaxia, que pode ser desencadeada ao se ingerir aspirina ou praticar exercícios após o consumo de algum produto alérgico. Essas atividades podem aumentar a reação do corpo contra o corpo estranho.

O leite também figura entre os alimentos mais comuns que as pessoas têm alergia. Muitos erros são cometidos quando uma alergia ao leite é comparada à intolerância à lactose. Os sintomas podem ser semelhantes, mas a alergia ao leite surge quando o sistema imunológico do corpo reage anormalmente em relação às proteínas do leite, enquanto na intolerância à lactose ocorre um problema digestivo no corpo que resulta em certas enzimas incapazes de serem quebradas.

Fonte: Metrópoles

Imagens: Metrópoles, Clínica Croce