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Aproximadamente 477 baleias-piloto encalharam em duas praias remotas na Nova Zelândia na última semana, de acordo com informações da agência Associated Press. Nenhuma conseguiu ser devolvida para o mar, por isso, as que não morreram de forma natural foram sacrificadas.
As baleias encalharam nas Ilhas Chatham, que têm 600 habitantes e ficam localizadas a aproximadamente 800 quilômetros das principais ilhas da Nova Zelândia.
Especialistas disseram à AFP que um dos motivos para os encalhes em massa é o sistema de localização das baleias, que pode ficar confuso em praias de areias inclinadas. Existe muita comida para as baleias ao redor das Ilhas Chatham e, conforme elas nadam mais perto da terra, realizam uma transição muito rápida entre águas profundas e rasas.
Baleias encalhadas na Austrália
Foto: Australian Broadcasting Corporation via AP
Recentemente também houve registros de baleias encalhadas em outros países. No final de setembro, mais de 200 baleias-piloto encalharam na Austrália, em uma remota praia da Tasmânia. Dos 226 animais presos, apenas 32 sobreviveram.
Moradores da região jogaram cobertores nas sobreviventes e usaram baldes de água para mantê-las com vida. Na mesma área, muitas baleias estavam mortas após não conseguirem se libertar.
Quase dois anos antes, na mesma região aconteceu outro encalhe em massa, com quase 500 baleias-piloto, das quais apenas 100 sobreviveram.
Cientistas apontam que esses encalhes em massa podem ser causados por grupos que desviam de sua rota depois que se alimentam muito perto da costa.
Naquele mesmo mês, 14 baleias do tipo cachalote apareceram mortas em outra ilha do país.
Litoral brasileiro
Foto: Instituto Australis/ Reprodução/ Instagram
Também houve registro de morte no Brasil. Em Santa Catarina, uma jubarte de aproximadamente 11 metros encalhou em uma praia de Jaguaruna.
Depois de dois dias de manobras malsucedidas para que a baleia voltasse ao mar, biólogos locais decidiram pelo processo de eutanásia no dia 07 de outubro.
13 baleias são encontradas mortas em santuário na Patagônia
Foto: Pablo Porciuncula/ AFP
Também na América do Sul, 13 exemplares de baleia-franca-austra apareceram mortos no santuário do Golfo Novo e Península de Valdés, Patagônia argentina. De acordo com o Instituto de Conservação de Baleias (ICB) os motivos estão sendo investigados.
“Os indivíduos foram detectados entre 24 de setembro e 2 de outubro em águas do Golfo Novo”, disse o ICB.
Além disso, o instituto afirmou que “o objetivo mais urgente é realizar a autópsia das baleias e analisar amostras de água e bivalves para determinar a presença de biotoxinas por florações de algas nocivas (comumente chamadas de maré vermelha), uma das hipóteses para a morte das baleias”.
Vale destacar que a morte das baleias foi detectada em meio a uma temporada com presença recorde delas na região, um ímã para o turismo.
O levantamento anual de foto-identificação na Península de Valdés, apontou que, de 31 de agosto a 2 de setembro, foram registradas 1.420 baleias-francas. Em seu site, o ICB informou que esse é o número máximo de indivíduos observado em 51 anos de estudo
“Embora o número de baleias adultas mortas nesta temporada ainda seja menor que o da temporada passada, é preocupante que as mortes tenham sido registradas em um período de tempo tão curto”, explicou o diretor científico da entidade, Mariano Sironi.
Já Marcela Uhart, diretora do Programa de Monitoramento Sanitário (PMS), acrescentou que “os eventos com um número incomum de baleias adultas mortas em um curto período de tempo e na mesma área podem ser indicadores de variáveis ambientais locais que contribuem para a morte das baleias”.
O prefeito da cidade vizinha Puerto Pirámides, Fabián Gandón, também comentou sobre o assunto. De acordo com ele há “um aumento incomum do que se conhece como maré vermelha nos golfos Novo e San José”, no interior da Península de Valdés.
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