O maior ser vivo do planeta tem mais de 2 mil anos

Quando se fala do maior organismo do mundo, é comum lembrar de animais imponentes como elefantes e baleias. Porém, é importante não ignorar vegetais e fungos, que também podem alcançar dimensões gigantescas.

E, por incrível que pareça, o ser vivo que leva esse título atualmente não chega nem aos pés de grandes mamíferos ou nadadores. Na verdade, ele parece ser insignificante para a maioria das pessoas.

Contudo, não se deve ignorar a importância e o tamanho total desse ser vivo, que alcança quilômetros de comprimento!

O maior organismo do mundo

Via Wikimedia

O maior organismo do mundo está localizado nas Blue Mountains, no estado de Oregon, nos Estados Unidos, na América do Norte. Além de ser o maior ser vivo do planeta, também é um dos mais antigos, com cerca de 2,4 mil anos de idade.

Conhecido como Armillaria solidipes, anteriormente era chamado de Armillaria ostoyae. Esse é um fungo popularmente chamado de cogumelo de mel ou Humongous fungus.

Este organismo começou como algo praticamente imperceptível aos olhos humanos, mas ao longo de milênios, cresceu consideravelmente. Alguns estudiosos estimam sua idade em mais de 8 mil anos.

Ele é vasto em sua extensão, cobrindo cerca de 9 quilômetros quadrados, o equivalente a mais de 1000 campos de futebol. Além disso, também é prejudicial para insetos e vegetação.

Por exemplo, quando cresce em árvores, pode matá-las em um período que varia de 20 a 50 anos, ao esgotar todos os seus nutrientes.

É um problemão

O maior organismo do mundo é grande em várias dimensões, especialmente nos problemas que ele traz.

Isso porque essa espécie em específico retira nutrientes do solo, deixando-os secos e prejudicando as plantas. Embora essa ação os torne úteis para estudos, eles são considerados fungos parasitas, assim como todos os do gênero Armillaria.

Ainda, aparentemente eles não encerram seu crescimento tão cedo.

Devido ao seu rápido avanço e alto potencial de destruição, esses fungos acabam representando um problema para a região. Eles frequentemente danificam ou destroem vegetação valiosa e impedem o desenvolvimento de solos férteis.

Embora existam espécies que resistam ao fungo, ele ainda compromete o crescimento delas.

Já foram realizados investimentos em trabalhos para conter seu crescimento constante, porém, de maneira geral, o fungo ainda é considerado um problema para o ambiente ao seu redor.

Sobre fungos

Via Superinteressante

Os fungos, de maneira geral, são organismos eucarióticos que compreendem uma grande diversidade de espécies, variando desde os microscópicos até os macroscópicos, como os cogumelos.

Eles se comportam de maneira diferente dependendo da espécie e do ambiente em que estão inseridos.

No entanto, a estrutura principal de todos os fungos é composta por filamentos ramificados chamados hifas, que formam uma rede conhecida como micélio. Essas hifas se estendem pelo substrato em busca de nutrientes.

Eles são heterotróficos, o que significa que obtêm nutrientes de fontes externas. Assim, secretam enzimas que quebram as moléculas orgânicas do substrato em componentes menores, que são então absorvidos pelas hifas.

Além disso, os fungos podem crescer de maneira tanto unicelular quanto multicelular. Em espécies multicelulares, o crescimento ocorre principalmente pela extensão das hifas, como no caso do maior organismo do mundo.

Essas espécies podem se reproduzir assexuadamente e sexualmente. A reprodução assexuada envolve a formação de esporos por mitose, enquanto a reprodução sexual envolve a fusão de células especializadas chamadas gametas ou de hifas de diferentes indivíduos para formar um novo organismo.

Outro ponto interessante é que eles são capazes de se comunicar e se adaptar a uma ampla variedade de ambientes, desde solos e detritos até ambientes parasitários ou simbióticos. Sua capacidade de decompor matéria orgânica os torna fundamentais para os ecossistemas.

Ainda, os fungos podem responder a estímulos ambientais, como luz, gravidade e presença de nutrientes, ajustando seu crescimento e desenvolvimento de acordo. Por isso, conseguem ser imensos e ter uma presença tão atuante na natureza.

Fonte: IGN, Mundo Educação

Imagens: SuperInteressante, Wikimedia