Ciência e Tecnologia

O que acontecerá com o Programa Espacial Brasileiro?

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No mês de julho, ocorreu a mudança na presidência, com Marco Antonio Chamon assumindo a Agência Espacial Brasileira (AEB), entidade responsável pela condução do programa espacial nacional.

A cerimônia de posse marcou o início de uma fase inovadora tanto para a AEB quanto para as iniciativas espaciais que o Brasil tem planejado para os anos vindouros.

O presidente traz consigo uma vasta expertise no setor, evidenciada por seu notável envolvimento em diversas realizações do programa espacial brasileiro.

Dentre suas realizações, destacam-se a coordenação do programa de satélites científicos no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a liderança na missão SABIA-Mar.

Esse é um empreendimento direcionado ao sensoriamento de sistemas aquáticos por meio de satélites.

Neste momento, a AEB empenha-se na projeção internacional do Brasil no campo espacial.

Via Tele.Síntese

O novo presidente está perfeitamente sintonizado com essa meta, trabalhando incansavelmente para impulsionar o desenvolvimento e a promoção das atividades espaciais em solo nacional.

No futuro, aguarda-se a concretização de novos projetos através de parcerias com nações como China e Argentina.

Além disso, teremos a celebração de acordos intergovernamentais, o avanço na exploração comercial da base de Alcântara, entre outras iniciativas.

Próxima fase na Agência Espacial Brasileira

Muitos aspectos estão claramente definidos, e muitos outros seguem a trajetória natural do programa espacial.

Há também elementos novos, decorrentes de uma transição tanto na própria Agência Espacial Brasileira (AEB) quanto no governo em si, mas o fio condutor da continuidade permanece presente.

Sempre se busca transmitir a ideia de que o programa espacial é uma iniciativa estatal.

Isso porque, frequentemente, os projetos abarcam períodos tão extensos que transcendem diferentes governos, exigindo, assim, uma coordenação contínua.

Entre os projetos que receberão sequência está o Programa Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), que teve início no final da década de 1980.

Além de servir como ferramenta crucial para monitorar o território nacional por meio de satélites próprios, esse programa também proporcionou ao Brasil uma notável autonomia nessa esfera.

Projeto argentino

A AEB também retomará o desenvolvimento do Projeto SABIA-Mar, realizado em colaboração com a Argentina.

Essa empreitada engloba um sistema de observação terrestre composto por dois satélites, com foco no sensoriamento remoto de sistemas aquáticos oceânicos e corpos d’água internos.

Devido a desafios como a carência de recursos, o Brasil suspendeu temporariamente sua participação, enquanto a Argentina continuou a progredir com as atividades.

No entanto, com a reativação do programa, os dois países agora se empenharão conjuntamente no desenvolvimento dos dois satélites.

O satélite brasileiro já está em fase de desenvolvimento no Laboratório de Integração e Testes, uma das instalações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), localizado em São José dos Campos, no interior do estado de São Paulo.

Se os planos progredirem conforme esperado, o lançamento poderá ocorrer até o ano de 2026.

Via Força Aérea

O que esperar

Além disso, mesmo diante de recursos mais limitados em comparação a outras nações, ao longo do tempo temos conseguido desenvolver tecnologias que despertam interesse global devido aos serviços que elas oferecem.

Isso fica evidente nas parcerias que estabelecemos com países renomados no campo espacial.

Ainda, temos colaborações com a Argentina, uma parceira tradicional, mas também ampliamos nossas alianças para incluir a Índia, uma potência espacial, e os Estados Unidos, através do programa Artemis.

Através dessas iniciativas, podemos construir uma presença internacional robusta, impulsionada pelo programa espacial.

Os projetos mencionados anteriormente reforçam e solidificam essa influência global. Além disso, à medida que avançamos, exploramos novas oportunidades.

Um exemplo notável é a nossa participação no programa Artemis, no qual ingressamos mesmo não fazendo parte inicialmente.

Outra conquista significativa é o progresso na exploração comercial da base de Alcântara, que se posiciona como a localização geográfica mais estratégica para lançamentos no mundo.

Recentemente, tivemos um lançamento experimental, marcando o início dessa empreitada comercial. Embora seja um começo, ele representa um ponto de partida importante.

Nossa base de lançamento possui uma localização geográfica excepcional, o que agora está atraindo novas oportunidades de negócios. Tudo isso contribui para a nossa sólida presença e influência no cenário global.

 

Fonte: CanalTech

Imagens: Força Aérea, Tele.Síntese

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