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O que aconteceria se o governo imprimisse mais dinheiro para dar aos pobres?

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Nos dá um aperto no coração quando vemos cenas lamentáveis de cidadãos em estado de pobreza extrema. Ao vivo ou nos noticiários, a realidade dura e crua nos mostra famintos, sem-tetos, mendigos… Por mais rico que seja um país, sempre haverá indivíduos em situações assim, invariavelmente. É uma conclusão simples e lógica: essas pessoas passam fome e são miseráveis por um motivo – elas não têm dinheiro o suficiente para suprir as mais básicas necessidades.A solução parece óbvia.

Se elas, as pessoas pobres, precisam de dinheiro e é o governo quem produz esse dinheiro, por que ele não dá um jeito? E se o governo imprimisse mais dinheiro para dar aos pobres? Já se perguntou? Bem, o fato é que muita gente se pergunta isso, mas não é nem de longe tão simples e prático quanto parece.

A questão é que a economia de um país não caminha isolada. Se a Casa da Moeda imprimisse – por ordem do Banco Central -, por exemplo, 1 bilhão de reais a mais do que é produzido normalmente, direcionando esse dinheiro aos pobres, haveria uma falsa sensação de melhora na economia seguida por inflação desenfreada.

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Imprimindo mais dinheiro, inicialmente haveria uma euforia devido ao aumento do poder de compra. As pessoas gastariam mais em bens e serviços como alimentos, eletrodomésticos, restaurantes etc. e isso impulsionaria a economia em todos os setores, desde os profissionais liberais (advogados, jornalistas etc.) até o comércio e a indústria. Ou seja, ocorreria um aumento geral de venda e lucros. Até aí tudo bem, mas e depois?

Mais dinheiro circulando significaria, automaticamente, maior demanda pelos bens e serviços produzidos – que são o valor real da economia, e não o dinheiro, que é só um meio de troca. E é simplesmente impossível aumentar de súbito a produção desses bens para acompanhar o dinheiro entrando. Gradativamente, as empresas atingiriam seu limite e as pessoas, com dinheiro sobrando, continuariam querendo comprar. Mas acontece que haveria muito dinheiro para comprar, sem bens o suficiente para vender.

moeda

O resultado seria aumentar os preços como forma de tentar reequilibrar o poder de compra com o que a sociedade pode produzir no curto prazo. A inflação generalizada tornaria todo o ambiente da economia incerto e descontrolado, e os empresários passariam a não investir ou a investir muito pouco. O crescimento da economia cairia, gerando uma crise.

Por isso, ao invés de resolver o problema do país, produzir mais dinheiro que o normal só pioraria.

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