Natureza

O que é irídio, o raro material mais caro que ouro?

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Apesar de o ouro já ter desempenhado o papel principal como moeda global, outros recursos ganham o cenário, como o irídio.

Inicialmente, o metal dourado foi o mais apreciado em diversas culturas ao redor do mundo. No entanto, novas extrações naturais mais valiosos do que esse metal precioso.

A busca por alternativa surgiu de alguns critérios, especialmente valores. Isso porque trata-se de um metal muito valorizado.

O ouro é relativamente raro na crosta terrestre, o que contribui para sua alta demanda. Além disso, é um metal durável e resistente à corrosão, o que significa que não se deteriora ao longo do tempo. Por isso, é muito procurado.

Ainda, tem sido tradicionalmente visto como uma reserva de valor. Em momentos de incerteza econômica, as pessoas tendem a buscar ativos seguros, e o ouro é considerado um porto seguro. Isso leva a um aumento na demanda e, consequentemente, no preço.

Tradicionalmente, esse metal compõe joias e outros elementos de uso, mas já esteve presente em aplicações industriais, como eletrônicos e tecnologia, aumentando ainda mais sua procura.

Essa redução na busca, impulsionada pelo valor e pela demanda, fez com que investidores e extratores buscassem uma alternativa.

Um exemplo é o irídio, um elemento químico com número atômico 77, classificado como um metal de transição.

À temperatura ambiente, o irídio se apresenta no estado sólido. Similar ao ouro, esse metal é não reativo e possui uma densidade e ponto de fusão extraordinariamente elevados. Assim, se destaca como o elemento mais resistente à corrosão na Tabela Periódica, com um valor excepcional.

Via Freepik

Origem do Irídio

O crédito pela descoberta do irídio no mundo é geralmente atribuído ao químico inglês Smithson Tennant, pelo menos em termos de reconhecimento público.

No entanto, de acordo com historiadores, um grupo de químicos franceses, incluindo Collet-Descotils, Fourcroy e Vauquelin, teria sido o primeiro a identificar o metal em minérios de platina por volta de 1803.

Devido à sua densidade e à sua forma rara e pura, o irídio apresenta poucas utilizações. Na verdade, alguns cientistas argumentam que o irídio puro pode nem mesmo existir naturalmente, destacando sua extrema raridade.

A maioria dos minérios contendo irídio contém apenas uma pequena porcentagem do metal e estão em locais como África do Sul, Alasca, Brasil, Mianmar e Rússia.

Em vez disso, é comum combinar o irídio com a platina para formar ligas que normalmente contêm de 5 a 10% de irídio.

Essas ligas são empregadas em joias, pontas de canetas, metais cirúrgicos e contatos elétricos. Portanto, é bastante provável que você já tenha entrado em contato com esse metal sem sequer perceber, talvez até mesmo neste exato momento.

Custo absurdo

A escassez do irídio apresenta um desafio significativo, resultando em um valor de mercado extraordinariamente elevado e praticamente impossibilitando sua incorporação na vida cotidiana dos seres humanos, apesar de sua eficiência como liga.

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Para ilustrar, o custo por grama desse metal chega a impressionantes US$ 160, enquanto o ouro, em comparação, está cotado em cerca de US$ 74 por grama.

Apenas na última década, o preço do irídio experimentou um aumento de mais de 10 vezes. Projeções indicam que poderá aumentar até 100 vezes conforme descobrem novas aplicações para o metal.

Diante desse cenário, alguns pesquisadores têm se empenhado em encontrar matérias-primas mais acessíveis que possam desempenhar a mesma função.

Até o momento, relatos indicam que os cientistas identificaram 10 ligas promissoras, todas utilizando metais de custo mais baixo, como vanádio, ferro, níquel e alumínio.

Apesar desses esforços, o irídio, mesmo enfrentando uma indústria com vendas na casa dos centenas de bilhões de dólares, sugere que continuará a dominar o mercado por algum tempo.

 

Fonte: Mega Curioso

Imagens: Freepik, Freepik

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