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OMS pede a suspensão da venda de animais selvagens em mercados abertos

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Nesta terça-feira, 13/04, a agência de saúde das Nações Unidas pediu que os países parem de vender em mercados de alimentos animais selvagens. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a suspensão da venda como uma medida de emergência, alegando que a presença de animais selvagens em mercados destinados à venda de alimentos é uma das principais fontes de doenças infecciosas emergentes, como por exemplo, o coronavírus.

Atualmente, apoiada por um grupo de parceiros importantes, a OMS emitiu a nova orientação com base na fundamentação de que os animais – especialmente os animais selvagens – “são a principal fonte de mais de 70 por cento de todas as doenças infecciosas emergentes, muitas das quais podem ser causadas por novos vírus”.

Orientação

Um dos principais motivos da OMS emitir a orientação se deu com base na origem do novo coronavírus, o qual todos sabemos que foi detectado pela primeira vez na China, há mais de um ano. As consequências ocasionadas pela presença do novo coronavírus são a principal fonte da nova orientação, pois acredita-se que grande parte da batalha que o mundo enfrenta hoje é fruto da probabilidade do vírus ter sido transportado por morcegos e transmitido aos humanos por meio de vendas de animais selvagens intermediadas em mercados destinados à venda de alimentos ou medicamento nas tradicionais feiras chineses.

A OMS, ao emitir a orientação, destacou o risco de transmissão direta de doenças infecciosas emergentes para os cidadãos que entram em contato direto com fluidos corporais de um animal infectado. O risco de contágio, de acordo com a organização, é maior quando os animais estão presentes em locais onde há uma maior circulação de pessoas.

“Globalmente, os mercados tradicionais destinados à venda de comida, mas que permitem a venda de animais selvagens, desempenham um papel central no fornecimento de alimentos e de outros meios de subsistência para grandes populações”, disse a OMS em um comunicado. No entanto, “proibir a venda dos animais pode ser a melhor estratégia para proteger a saúde das pessoas – tanto as que trabalham no local quanto as que o visitam”.

Parceria

A OMS uniu-se à Organização Mundial de Saúde Animal e ao programa ambiental da ONU para estabelecer novas diretrizes e, obviamente, novas recomendações. Os mercados abertos dos quais a organização coloca em pauta não são exclusivos da China – são comuns em muitos países asiáticos e africanos e até mesmo nos Estados Unidos. Em contrapartida, as raízes da atual pandemia aumentaram a pressão sobre as autoridades começarem a buscarem novos meios para restringir o comércio de animais selvagens em tais ambientes.

Quando tudo começou em Wuhan, na China, as autoridades competentes decidiram proibir a comercialização de pratos cuja fonte principal fosse carne de animais selvagens. O governo, além disso, passou a oferecer aos agricultores chineses subsídios para coibir a criação de espécies exóticas.

As autoridades de Wuhan também proibiram a caça de praticamente todos os animais selvagens. A cidade, desde então, foi declarada como “um santuário para a vida selvagem”. Exceções foram feitas ao longo do tempo. A caça, hoje, por exemplo, só pode ser realizada para “pesquisa científica, regulação populacional, monitoramento de doenças epidêmicas e outras circunstâncias especiais”.

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