Saúde

Passar horas no computador aumenta risco de disfunção erétil

0

Pode não parecer, mas a disfunção erétil é um problema grave, especialmente entre os jovens. Isso porque uma pesquisa aponta que um novo hábito que surgiu é o vilão no aumento do risco dessa doença.

Conforme investigações científicas, passar longas horas diante do computador pode trazer diversos prejuízos à saúde, e também problemas hormonais e nas relações sexuais.

É o que evidencia um estudo recente publicado na revista Andrology. Um dos principais malefícios de ficar muito tempo parado no computador é a disfunção erétil.

Basicamente, o hábito de ficar sentado por longos períodos todos os dias tem impactos negativos no desempenho e na funcionalidade sexual.

Os pesquisadores recomendam a prática regular de atividades físicas como forma de mitigar esse problema.

Estudo aborda disfunção erétil

A conclusão surgiu por parte de um grupo de cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia de Xangai, na China, que analisou dados de 220 mil pessoas presentes em estudos já publicados. Eles investigaram a correlação entre genes, hábitos de vida e disfunção erétil.

De acordo com os achados do estudo, o tempo dedicado ao uso do computador está diretamente associado ao risco de disfunção erétil.

A cada 72 minutos no tempo de uso, o risco de desenvolver esse problema triplica, conforme aponta o artigo.

Claro, esse diagnóstico veio considerando alguns cenários, como uso do computador de maneira ininterrupta, sem pausas para alongar ou com movimentação.

Muitos jovens estão se conscientizando e intercalando longas jornadas de trabalho ou lazer com atividades físicas. Seja nos intervalos ou com esteiras, por exemplo, as pessoas estão se movimentando.

Nesse caso, o resultado fala sobre indivíduos que utilizam longos períodos sem se movimentar e permanecendo sentados em cadeiras convencionais.

Via Freepik

Redução de espermatozoides

Os pesquisadores também concluíram que o aumento do tempo gasto em frente ao computador está associado à diminuição dos níveis do hormônio responsável por estimular a produção de espermatozoides.

No entanto, o estudo ainda não conseguiu fornecer uma demonstração concreta do motivo pelo qual a redução desse hormônio pode afetar a função erétil.

Até o momento, a teoria apresentada sugere que os níveis mais baixos podem indiretamente interferir na liberação de testosterona.

Ou seja, não apenas prejudica a libido, como também a capacidade reprodutiva, visto que o hormônio e a testosterona ditam diretamente a fertilidade do indivíduo masculino.

Com algumas mulheres, existe a possibilidade dessa interferência também prejudicar. Afinal, o sexo feminino também conta com essa produção, em menor escala. No entanto, ela afeta disposição, força, vigor e também outros elementos do organismo que dependem da testosterona.

Outras atividades semelhantes

Enquanto isso, outras atividades similares, como passar longos períodos assistindo televisão, não demonstraram as mesmas consequências.

Diante disso, os pesquisadores têm a intenção de aprofundar os estudos sobre a relação entre o tempo prolongado diante do computador e a disfunção erétil.

O objetivo é compreender especificamente quais aspectos dessa atividade estão diretamente relacionados a esse efeito colateral.

A ideia é não causar pânico com os resultados sobre disfunção erétil e tecnologia, visto que grande parcela da população se enquadra nos preceitos do estudo.

Por se tratar de uma pesquisa recente e pioneira no mercado, é importante não saltar para conclusões precipitadas e ter um alcance maior de testes.

Ficar muito tempo sentado faz mal

Via Freepik

De toda forma, a pesquisa científica já contribuiu significativamente para revelar os inúmeros malefícios associados ao hábito de passar longos períodos sentado.

Isso porque outros estudos já apontavam que os músculos desempenham um papel crucial na regulação dos níveis de açúcar no sangue e colesterol, e não conseguem se contrair e funcionar adequadamente na condição de sedentarismo.

Em um cenário em que muitas pessoas trabalham em posições sedentárias, escapar dessa realidade pode ser desafiador.

No entanto, mesmo pequenas atividades, como caminhar, podem ajudar a mitigar os efeitos negativos do sedentarismo. Além disso, realizar exercícios físicos de intensidade moderada por 150 minutos, pelo menos, na semana, já desqualifica o indivíduo como sedentário.

Assim, ajuda a fortalecer o organismo, os músculos e aumenta a força, mesmo para permanecer sentado.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, a disfunção erétil é uma preocupação crescente, afetando cerca de um em cada 50 homens com menos de 40 anos e um em cada quatro homens com 65 anos.

O termo é definido como “a incapacidade persistente de obter e manter uma ereção suficiente para uma atividade sexual satisfatória”.

 

Fonte: Canaltech

Imagens: Freepik, Freepik

Turismo espacial: empresa promete levar pessoas para a estratosfera de graça

Artigo anterior

Pesquisadores colocam IAs para conversar e isso pode mudar tudo

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido