História

Paul Tibbets, o piloto que bombardeou Hiroshima

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O nome Paul Tibbets pode não ser popular, mas ele foi um dos mais importantes na História mundial.

Ele tinha 12 anos de idade quando teve sua primeira experiência a bordo de uma aeronave. O avião em questão era um biplano, uma máquina que proporcionou um espetáculo incrível, um verdadeiro sonho para qualquer criança.

Naquela ocasião, o jovem observou o biplano lançando doces sobre uma multidão jubilante em Hialeah, localizada nas proximidades de Miami, na Flórida.

Com o passar dos anos, Tibbets se tornou um piloto habilidoso. No entanto, suas missões aéreas como adulto não foram marcadas por facilidades.

A trajetória de Paul Tibbets tomaria um rumo sombrio, culminando na morte de 140 mil pessoas em uma única operação, uma das mais terríveis da história.

Isso porque, durante a Segunda Guerra Mundial, Paul Tibbets participou de missões de bombardeio na Europa ocupada pelos nazistas, e, mais tarde, seria o homem que acabaria com Hiroshima.

Via UOL

Participação na Segunda Guerra

Seu feito mais marcante aconteceu em 1943, quando retornou aos Estados Unidos com a missão de testar os novos aviões Boeing B-29, conhecidos como Superfortress.

No ano seguinte, em setembro, ele foi um dos poucos escolhidos para integrar o Projeto Manhattan, cujo objetivo era desenvolver secretamente armas nucleares para os Estados Unidos.

Mais especificamente, Tibbets desempenhou um papel fundamental na supervisão das operações que permitiriam que um Boeing B-29 transportasse e lançasse bombas nucleares.

Em 5 de agosto de 1945, ocorreu um evento de extrema importância. Naquele dia, o presidente dos Estados Unidos à época, Harry Truman, autorizou o uso da bomba Little Boy, que estava destinada a destruir a cidade de Hiroshima, no Japão.

A tripulação comandada por Tibbets se encarregou de executar essa missão, que, de acordo com os americanos, tinha o objetivo de forçar a rendição do Japão durante a Segunda Guerra.

A Explosão

O evento catastrófico aconteceu em 6 de agosto de 1945. Um dia antes, o piloto prestou homenagem à sua mãe, Enola Gay Tibbets, nomeando a aeronave que usaria como B-29 Enola Gay.

Juntamente com outros nove tripulantes, o piloto norte-americano embarcou na aeronave Enola Gay, transportando a bomba em direção a Hiroshima.

Às 08h15 do dia 6 de agosto, eles lançaram a arma de destruição atômica conhecida como Little Boy. O resultado foi uma carnificina, acabando com a vida de muitos inocentes civis japoneses.

O site oficial de Paul Tibbets descreve que houve uma explosão terrível, poderosa, inimaginável ocorreu perto do centro da cidade. A tripulação do Enola Gay testemunhou uma coluna de fogo que subia rapidamente e chamas intensas que se espalhavam.

Via NBC News

Consequentemente, 65% dos edifícios em Hiroshima viraram escombros, causando a morte de 70 mil pessoas naquela hora.

Nos meses seguintes, os ferimentos e a exposição à radiação elevaram rapidamente o número de vítimas, chegando-se à estimativa de 119 mil mortos como resultado da missão comandada por Tibbets com aquela bomba.

Muitas vítimas foram instantaneamente vaporizadas pelo calor da explosão, enquanto outras, mais distantes do epicentro, enfrentaram um destino horrível, sofrendo queimaduras graves ou derretendo lentamente até a morte.

Tudo, desde edifícios até casas, hospitais e escolas, foi consumido pelas chamas, deixando apenas devastação.

Relato e falecimento de Paul Tibbets

Diferentemente de muitos japoneses, Paul Tibbets viveu muitos anos até a velhice, falecendo aos 92 anos em 1 de novembro de 2007, em sua residência em Columbus, Ohio.

Em uma de suas últimas entrevistas, o piloto afirmou ao jornal britânico The Guardian que não tinha remorsos pelo lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima.

“Não tenho dúvidas de que faria isso novamente”, disse Tibbets, conforme reportagem no Estadão em 2002. “Teria feito desaparecer todos esses japoneses de novo. Sabemos que isso vai custar vidas inocentes, mas, ao mesmo tempo, aconteceu para evitar uma guerra mundial”, explicou.

Tibbets também revelou que, caso a operação fracassasse, ele iria para a cadeia. No caso de sucesso, seria considerado um herói pelos americanos da época.

A missão foi bem-sucedida, embora naquele momento o piloto não soubesse a magnitude da devastação que a bomba causaria.

O piloto também mencionou que outra explosão estava planejada para destruir uma região da Europa, mas essa operação nunca se concretizou.

No entanto, a bomba de Hiroshima resultou na aniquilação de inúmeras vidas humanas, marcando um dos capítulos mais sombrios da história.

Apesar do desfecho cruel, Tibbets compartilhou que a atmosfera entre os pilotos na fatídica missão era notavelmente imperturbável.

“Um dos companheiros que estavam comigo no avião me perguntou se eu sabia o que estava fazendo. Eu disse a eles que estávamos prestes a lançar uma bomba atômica. Eles ouviram, mas não expressaram emoção em seus rostos”, diz um dos últimos relatos de Tibbets.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, NBC News

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