Curiosidades

Polícia descobre golpe que simulou 12 acidentes, destruiu 25 veículos e recebeu R$ 2 milhões de seguradoras

0

Mesmo que a quase todo instante se tenha notícias sobre algum golpe ou de suas vítimas falando sobre, pessoas ainda caem neles e são bastante prejudicadas. Até porque, quase na mesma velocidade em que as notícias saem, os criminosos inventam um golpe novo.

Felizmente, a polícia faz o seu trabalho e consegue descobrir alguns deles e quem está por trás. Por exemplo, nessa segunda-feira, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu seis membros de uma organização criminosa que é acusada de simular acidentes de carro para receber o dinheiro das indenizações das seguradoras.

Esse golpe já é feito há um tempo. Desde 2015, essa mesma organização simulou 12 acidentes destruindo 25 veículos, com isso, eles receberam aproximadamente dois milhões de reais em indenizações. Segundo a polícia, esses acidentes falsos aconteceram em Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicentes Pires e Brasília.

Como agiam

CNN

De acordo com a polícia, os criminosos tinham uma forma de atuar para aplicar o golpe.

Primeiro, os membros da organização compravam carros importados usados e que tinham uma comercialização difícil, sendo alguns deles avariados.

Depois de consertá-los, os carros eram segurados tendo seu valor de indenização correspondente a 100% da tabela Fipe. Isso dava um valor bem mais alto do que o preço de compra e conserto.

Para que o mercado segurador não se desse conta do golpe e que existiam vínculos criminosos a ele, os membros da organização se revezavam como os donos dos carros, contratante do seguro, condutor, terceira pessoa envolvida no acidente e recebedor da indenização.

Também como forma de dificultar as investigações, os criminosos faziam os registros das ocorrências dos acidentes na Delegacia Eletrônica, evitando assim o questionamento da polícia judiciária a respeito do sinistro.

Ao final, eles recebiam o valor da indenização do seguro com a tabela Fipe de base.

Golpe

UOL

Como dito, os golpes estão sempre sendo renovados. E no que diz respeito a carros, existe um outro que é sempre bom ficar atento: o chamado golpe do manobrista.

De acordo com o alerta das mensagens que circulam nas redes sociais, os bandidos estão clonando controles de garagem e usando os documentos que são deixados no porta-luvas para conseguir descobrir onde o dono do veículo mora para depois irem assaltá-lo.

Segundo um relato dado ao UOL, é dito que os manobristas acham o controle do portão dentro do carro, o substituem por um clone e também procuram por documentos que possam mostrar o endereço do dono do carro. Dessa forma, eles conseguem roubar as casas posteriormente. Esse é o que está sendo chamado de “golpe do manobrista”.

“Parei meu carro em um valet, num bar no Itaim (SP) e eu tenho o hábito de deixar o controle da minha garagem dentro dele. O pessoal do valet trocou o controle por um igualzinho, só que não era do meu prédio. E eu também tinha o péssimo hábito de deixar, dentro do manual do proprietário, que ficava no porta-luvas, a nota fiscal de todas as revisões que eu fazia. E essas notas têm o meu endereço. Com o controle e o meu endereço, entraram no meu prédio. Por sorte não levaram nada”, disse uma vítima.

O que chama a atenção nesse golpe é o fato de que quando a pessoa deixa qualquer bem sob os cuidados de outro, é inevitável que o dono se coloque em uma posição de vulnerabilidade. Isso é mais verdade ainda quando o assunto é carro, já que algumas pessoas o fazem como uma extensão de casa.

Mesmo com esse novo golpe, os especialistas em segurança pública dizem que as pessoas não devem entrar em pânico toda vez que forem usar o serviço de valet. Até porque, esses casos de roubos são excepcionais, e não uma regra.

“Relatos assim são sempre importantes como alerta. Entretanto, destaco que a forma como casos costumam ser propagados, a exemplo deste, e especialmente em grupos, merecem análise cautelosa, na tentativa de identificar e entender a realidade. Não podemos generalizar e, tampouco, afirmar que, hoje em dia, seja comum a formação de quadrilha entre manobristas”, disse Fábio Henriques, agente e instrutor da Polícia Federal.

“A meu ver, acho muito difícil de acontecer em um serviço sério de valet. Hipóteses para o caso incluiriam, por exemplo, a cooptação de funcionários pela criminalidade, ou que o próprio bandido consiga atuar por conta. O que existe são serviços falsos. Aí sim, estes devem ser identificados pelos condutores para não serem utilizados”, continuou.

Assim como qualquer outro golpe, existem maneiras de se precaver para que não se caia nele, como por exemplo, evitar deixar bens e informações pessoais à disposição de qualquer pessoa que entre no carro. Também ficar atento quanto à procedência, seriedade e autenticidade dos serviços do valet, até porque, existem serviços falsos.

E mesmo que de acordo com a lei “a empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento”, juntar provas nesses casos é algo bem complicado.

Outro cuidado a ser tomado é que se tire fotos daqueles bens que não podem ser retirados do carro antes de ele ser entregue para os prestadores de serviço.

Fonte: CNN, UOL

Imagens: CNN, UOL

Jovem tem 90% do corpo dissolvido após tentar salvar cão em fonte de água termal

Artigo anterior

Paul Tibbets, o piloto que bombardeou Hiroshima

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido