Por Um grupo de cientistas da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, desenvolveu um material supercondutor chamado “Reddmatter”, que pode funcionar em temperatura ambiente e pressão baixa.
Esse novo material é considerado a melhor opção para a supercondutividade e tem potencial para revolucionar a tecnologia do setor, como uma referência aos filmes da franquia Star Trek.
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Os cientistas publicaram um artigo na revista científica Nature explicando que o “Reddmatter” é um composto de hidreto de lutécio misturado com nitrogênio, capaz de funcionar a uma temperatura de 20,9 graus e 145.000 psi de pressão.
A grande diferença é que os supercondutores convencionais exigem temperaturas baixas e alta pressão para funcionar, enquanto o “Reddmatter” funciona em temperatura ambiente e pressão mais baixa.
Criação
Para criar o material, os pesquisadores combinaram lutécio e hidrogênio para formar um hidreto com uso em temperatura ambiente.
Ao adicionar nitrogênio, eles perceberam que o supercondutor funcionava bem mesmo em pressões relativamente mais baixas.
Inicialmente, o composto apresentava uma cor azul brilhante, mas passou por compressão e mudou de azul para rosa durante a ativação da supercondutividade.
Posteriormente, mudou para um estado não supercondutor representado por uma cor vermelho metálico brilhante. Foi nesse momento que os cientistas decidiram nomear o material de ‘Reddmatter’.
Supercondutor Reddmatter
Supercondutores são materiais capazes de conduzir eletricidade sem nenhuma resistência, mas somente quando atingem temperaturas extremamente baixas.
O problema é que a maior parte da energia se perde e dissipa na forma de calor. Por isso, um supercondutor que conduz eletricidade normalmente em temperaturas próximas de 21 graus Celsius pode representar uma grande descoberta para a indústria.
De acordo com o líder da equipe do estudo, Ranga Dias, professor assistente de engenharia mecânica e física da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, para diferentes aplicações também são necessários diferentes tipos de materiais supercondutores, assim como ocorre com os metais.
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Um material capaz de conduzir correntes elétricas em temperatura ambiente poderia ser uma das grandes evoluções da humanidade. O “Reddmatter”, por exemplo, pode contribuir para a criação de redes elétricas mais eficientes, trens de levitação e equipamentos de imagem médica mais rápidos, menores e mais eficientes.
Com menos perda de energia, o material também pode ajudar a prolongar a vida útil das baterias.
A equipe responsável pelo estudo afirmou que o material poderá acelerar o desenvolvimento de máquinas tokamak, que são experimentais e dependem de campos magnéticos fortes para aproveitar a energia da fusão nuclear.
No entanto, é importante ressaltar que o material ainda está em estudo e é necessário conduzir mais pesquisas antes de sua disponibilização no mercado.
Em 2020, a mesma equipe publicou um artigo na revista Nature sobre o assunto. Porém, retiraram-no posteriormente, por conta de problemas com as técnicas de processamento de dados utilizadas na pesquisa.
Recentemente, o artigo passou por reenvio com novos dados para comprovar a qualidade do estudo. A equipe responsável pelo estudo afirmou em um comunicado da Universidade de Rochester que esse material representa o início da era da supercondutividade ambiental e das tecnologias aplicadas.
Qual o melhor material condutor?
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Enquanto o material supercondutor não é implementado ainda, as fabricações devem priorizar alguns elementos mais indicados para baterias e redes elétricas.
O melhor material condutor atualmente é o grafeno, uma forma cristalina de carbono que possui uma excelente condutividade elétrica e térmica.
Ele é composto por uma única camada de átomos de carbono dispostos em uma estrutura hexagonal. Sua alta eficiência elétrica e térmica fazem dele um material promissor para aplicações em eletrônica, optoeletrônica, energia e dispositivos nanotecnológicos.
No entanto, existem outros materiais condutores com propriedades distintas que também são muito populares em diversas aplicações, como cobre, prata, alumínio, ouro, entre outros.
O melhor material condutor depende da aplicação específica e das propriedades desejadas para o sistema em questão.
Fonte: TecMundo
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