Por mais que o avião seja considerado um dos meios de transporte mais seguros, isso infelizmente não o faz imune a acidentes. E quando se fala em acidente aéreo é fácil imaginar o pior logo de cara. Contudo, em alguns casos o final é feliz, como por exemplo, no acidente que aconteceu no dia 15 de janeiro de 2009, em que desde então um piloto é considerado um grande herói.
Na ocasião, um avião AirBus A320 pousou em caráter emergencial, às 15h31, no rio Hudson, nos Estados Unidos. O voo era doméstico e estava indo de Nova York para o Aeroporto Internacional de Charlotte/Douglas, na Carolina do Norte, tendo que fazer um escala em Washington.
O piloto do voo era Chesley Burnett Sullenberger III, que na época tinha quase 58 anos. O homem era ex-piloto de caça e, desde 1980 trabalhava voando em linhas aéreas civis. Além disso, Sully também era especialista em segurança e engenharia de voo e piloto de planadores.
Ao seu lado estava o co-piloto Jeffrey Skiles, que estava fazendo o primeiro voo em um Airbus A320 e tinha acabado de fazer um treinamento específico para o modelo do avião. Foi justamente isso que fez com que Skiles estivesse preparado para ajudar Sully, já que no treinamento ele tinha visto várias situações de emergência da aeronave.
Incidente
O pouso de emergência teve que acontecer porque o avião colidiu com gansos canadenses, uma espécie que é comum no local. Esses pássaros se chocaram com a aeronave às 15h27 e foram sugados pelos motores. Com isso, eles acabaram perdendo sua potência.
Então, dois minutos depois de terem decolado, às 15h27, eles fizeram o primeiro aviso para a torre de controle. Nele, a tripulação contou que tinham colidido com aves e pediu para voltar ao aeroporto La Guardia.
Os controladores de voo disseram qual pista estava disponível, no entanto, o piloto não iria conseguir fazer a manobra para pousar nela. Por conta disso, Sully até cogitou pousar em Nova Jersey, mas o avião estava com uma altitude baixa.
Então, o piloto teve que decidir o que faria. E noventa segundos antes do pouso, Sully avisou aos passageiros que aconteceria um impacto e as comissárias de bordo disseram o que eles deveriam fazer.
Depois de seis minutos de ter decolado, o avião aterrissou no rio Hudson às 15h31 quando estava a 240 quilômetros por hora. O pouso aconteceu na altura de Manhattan.
Pouso
Com o avião parcialmente submerso, os 150 passageiros e cinco tripulantes foram evacuados pelas asas do avião através de escorregadores infláveis. E assim como o piloto tinha previsto, logo depois que eles aterrissaram no rio, embarcações se aproximaram para resgatar as pessoas.
O pouso não foi totalmente sem danos porque cinco pessoas sofreram lesões, como a comissária Doreen Welsh, que teve cortes na perna. Além disso, 78 passageiros tiveram ferimentos leves ou sofreram com hipotermia porque na época do voo o frio estava bastante intenso. Contudo, felizmente, nenhuma pessoa morreu.
Enquanto os passageiros não podiam ser evacuados, o avião foi amarrado para não afundar. Depois de dois dias a aeronave foi retirada do rio. E passado todo o episódio, o piloto foi tido como herói tanto pelas pessoas como pela mídia.
Mesmo assim, foi feita uma investigação minuciosa a respeito do caso. Tanto que as autoridades confrontaram a versão dada pelo piloto supondo outros motivos para fazer o pouso emergencial no rio.
Piloto
Por conta disso Sully ficou afastado por seis meses. No entanto, a versão do piloto sobre a colisão com os pássaros foi confirmada através das penas encontradas nos motores.
Então, o piloto recebeu várias condecorações e até os dias de hoje ganha prêmios e menções honrosas. Os passageiros que estavam no voo receberam uma carta de desculpas, cinco mil dólares e o reembolso da passagem.
Em 2009, o piloto lançou sua autobiografia chamada “Highest Duty: Search For What Really Matters”, “O Dever Mais Elevado: Busca pelo que Realmente Importa”, traduzida.
Em 2010, Sully se aposentou de ser um piloto comercial e, em 2011, foi contratado pela CBS News como comentarista, especialista em aviação.
Fonte: MSN
Imagens: MSN
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