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Piscadas lentas realmente funcionam na comunicação com seu gato, diz estudo

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Os gatos foram domesticados pelo homem, há milhares de anos. E desde então, essa parceria de sucesso se tornou cada vez mais forte. Eles podem parecer animais ariscos e egoístas a primeira vista. Mas em uma relação, às vezes exclusivamente com o seu dono, eles se entregam e demonstram todo o potencial de carinho que eles são capazes de ter.

Algumas atitudes dos gatos podem confundir bastante as pessoas. Ainda mais se você estiver acostumado com cachorros. As interações sociais dos gatos e a forma como eles se comunicam podem ser bastante confusas.

No entanto, talvez a comunicação com seu gato não esteja dando certo porque você não está falando a língua dele. Uma nova pesquisa mostrou que essa linguagem não é tão difícil como se imagina. Basta sorrir mais para o animal.

Entretanto esse sorriso não é do jeito humano mostrando os dentes. Mas sim do jeito do gato, que é estreitando os olhos e piscando lentamente.

Expressão

Os cientistas observaram a interação entre humanos e gatos e confirmaram que essa expressão faz os gatos, sejam eles já familiares ou estranhos, se aproximarem e serem mais receptivos com os humanos.

“Como alguém que estudou o comportamento animal e é dono de um gato, é ótimo ser capaz de mostrar que gatos e humanos podem se comunicar dessa maneira. É algo que muitos donos de gatos já suspeitavam. Então é emocionante ter encontrado evidências disso”, disse a psicóloga Karen McComb, da Universidade de Sussex, no Reino Unido.

Com certeza todos já viram gatos com seus olhos parcialmente fechados e os animais dando piscadas lentas. Isso é parecido com a forma que os olhos ficam nas pessoas quando elas sorriem. Quando isso acontece é porque o gato está relaxado e contente. Essa expressão é interpretada como um “sorriso de gato”.

Segundo algumas evidências de donos de gatos, os humanos podem copiar a expressão para se comunicar com os animais e mostrar a eles que são amigáveis e que estão abertos para a interação.

Uma equipe de psicólogos fez dois experimentos para determinar se os gatos se comportavam de uma forma diferente com as pessoas que piscavam lentamente.

Experimento

No primeiro experimento, os donos piscaram lentamente para 21 gatos de 14 famílias diferentes. Foi dito aos donos para eles se sentarem a aproximadamente um metro de distância dos gatos e piscar lentamente quando o gato estivesse olhando para eles.

Câmeras estavam registrando o rosto dos donos e dos gatos. E os resultados foram comparados a como os gatos piscam sem interação humana. Eles mostraram que os gatos são mais propensos a piscar lentamente para os humanos depois que eles piscaram lentamente para os gatos.

Já o segundo experimento foi feito com 24 gatos de oito famílias diferentes. Nesse experimento não foram os donos que piscaram, mas sim os pesquisadores que não tiveram um contato com os animais.

Os pesquisadores fizeram o mesmo processo da piscada do primeiro experimento e estenderam a mão para os gatos. Com isso, foi descoberto que os gatos eram mais propensos a piscar de volta e também a se aproximar da mão do humano.

Comunicação

“Este estudo é o primeiro a investigar experimentalmente o papel do piscar lento na comunicação gato-homem. E é algo que você pode experimentar com seu próprio gato em casa, ou com gatos que encontra na rua. É uma ótima maneira de aumentar o vínculo que você tem com os gatos. Tente estreitar os olhos para eles como faria em um ambiente descontraído sorria, seguido de fechar os olhos por alguns segundos. Você verá que eles respondem da mesma forma e você pode iniciar uma espécie de conversa”, disse McComb.

“Compreender as maneiras positivas pelas quais os gatos e os humanos interagem pode aumentar a compreensão pública dos gatos, melhorar o bem-estar felino e nos dizer mais sobre as habilidades sócio-cognitivas desta espécie pouco estudada. Nossas descobertas podem ser usadas para avaliar o bem-estar dos gatos em uma variedade de ambientes, incluindo clínicas veterinárias e abrigos”, concluiu o psicólogo Tasmin Humphrey da Universidade de Sussex.

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