Por Os astrônomos identificaram recentemente mais um exoplaneta maior do que a Terra que está em órbita ao redor de uma estrela anã vermelha, localizada a uma distância de apenas 66,5 anos-luz de nós.
Desde a pioneira descoberta dessa categoria em 1992, houve notáveis avanços em nossa capacidade de detecção e compreensão desses objetos celestes.
Até o presente momento, mais de 5 mil exoplanetas foram confirmados na nossa galáxia, fornecendo um entendimento mais profundo dos sistemas planetários, sua formação e evolução.
Missões de busca por exoplanetas, como Kepler e TESS, desempenharam um papel fundamental no aumento das detecções de exoplanetas menores, incluindo aqueles que se assemelham à Terra e a Vênus, compostos principalmente de rochas em vez de gases.
Essas descobertas são consideradas cruciais na busca por formas de vida como as conhecemos.
A proximidade deste sistema, a apenas 66,5 anos-luz de distância, possibilita a realização de observações detalhadas, uma vez que a estrela hospedeira é suficientemente luminosa, conforme um estudo divulgado na arXiv em 2019.
Via Só Científica
Exoplaneta maior que a Terra
Denominado GJ 1252 b, esse exoplaneta possui uma massa 1,32 vezes a da Terra, completa sua órbita em apenas 0,5 dias e está localizado a uma distância de 0,00915 unidades astronômicas (UA) de sua estrela.
Além disso, a estrela anã vermelha exibe uma notável tranquilidade, característica incomum para estrelas desse tipo.
A regularidade das órbitas do planeta oferece inúmeras oportunidades de observação de trânsitos, quando o planeta passa à frente de sua estrela hospedeira.
Caso GJ 1252 b possua uma atmosfera, esta será iluminada pela luz da estrela durante o trânsito, permitindo aos astrônomos a utilização de observações espectroscópicas para determinar sua composição.
Um fato fascinante é que GJ 1252 b é apenas um exemplo de muitos outros planetas rochosos próximos descobertos pelo TESS.
À medida que encontramos mais desses planetas rochosos próximos, acumulamos dados essenciais para compreender a frequência e as características desses corpos celestes.
Isso nos ajudará a determinar se a Terra é uma exceção ou se a maioria dos planetas rochosos compartilha características semelhantes a Mercúrio, Vênus e Marte, ou se constituem um tipo mais comum de planeta na Via Láctea.
O que é exoplaneta?
Um exoplaneta é um planeta que orbita uma estrela que não seja o Sol dentro de um sistema estelar diferente do nosso sistema solar.
Em outras palavras, são planetas que estão fora do nosso sistema solar. O termo “exoplaneta” é uma abreviação de “planeta extrassolar”. Esses planetas são também chamados de “planetas extrasolares”.
A descoberta e o estudo de exoplanetas é um campo de pesquisa emocionante na astronomia e astrofísica.
Até a primeira confirmação de um exoplaneta em 1992, os cientistas só tinham evidências indiretas da existência de planetas em órbita de outras estrelas.
Desde então, as técnicas de detecção e observação melhoraram significativamente, levando à confirmação de milhares de exoplanetas.
Os exoplanetas vêm em uma ampla variedade de tamanhos, órbitas e composições. Seu estudo nos ajuda a entender melhor a diversidade de sistemas planetários que existem no universo. Além disso, também nos ajuda a procurar por locais que possam abrigar vida fora da Terra.
Via Só Científica
Procura contínua
Embora a pesquisa inicial se apresente como positiva para entendermos sobre o universo, mesmo um exoplaneta maior que a Terra apresenta as condições necessárias de vida. E não apenas vida humana, mas também microbiótica.
Isso porque as condições encontradas não são apropriadas para esse desenvolvimento, apesar de estar melhorando a cada nova catalogação. Não apenas em termos de temperatura, mas também ambiente.
Com rochas maiores e atmosfera tranquila, o GJ 1252 b é um dos candidatos em termos de estudos. No entanto, para quem torce para encontrarmos vida, inteligente ou não, ainda será necessário esperar um pouco mais.
Fonte: Só Científica
Imagens: Só Científica, Só Científica
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