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Por que tem pessoas que ”curtem” um drama quando estão apaixonadas?

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Um relacionamento pode ser a meta de muitas pessoas, mas até achar a pessoa certa, isso pode demorar. Só que quando se encontra, é necessário que ambos trabalhem constantemente para fazer o relacionamento dar certo. Isso requer que determinados hábitos sejam evitados.

Dentre os vários hábitos que podem existir em uma relação estão as crises de ciúme, barracos, chantagens emocionais, declarações de paixão intensas, brigas escandalosas, grandes declarações e provas de amor mais exageradas ainda e várias vezes em público.

E algumas pessoas parecem que só conseguem ter um relacionamento baseado em doses generosas de drama, confusão e gritaria. E será que esse comportamento tem um motivo? Seria uma forma de chamar atenção dos outros? Um jeito de se retroalimentar para que o desejo nunca esfrie? Um exemplo de amor disfuncional?

A realidade é que todos esses fatores podem ser verdade, ou não. Isso porque os relacionamentos têm características e particularidades, já que as pessoas são complexas. No entanto, existem algumas hipóteses a respeito do que sustenta essas relações chamadas histriônicas. E elas podem ajudar os casais a se autoanalisar e ver o que deve ser mudado na vida em comum deles.

Possíveis motivos

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O outro preenche suas necessidades (mesmo inconscientes)

Cada casal tem uma maneira de se relacionar. Contudo, no geral, as pessoas se relacionam com quem entendem que, de alguma forma, preenche os requisitos das demandas delas.

A outra pessoa pode ser uma projeção da nossa sombra, o lado da personalidade que acolhe instintos que insistimos em controlar, como a raiva, o ódio e a inveja, entre outros. Por conta disso que as pessoas dramáticas se envolvem e fazem um grande barulho, porque se reconhecem.

Aprenderam a amar assim

Uma grande parte dos comportamentos é aprendida na infância pela convivência com pais ou cuidadores. Então, uma das possibilidades é que as pessoas se “inspiram” nos modelos que elas têm internalizados. E todo exagero, posicionamento com berros, atitude intempestivas, tudo fica no inconsciente e é reproduzido na fase adulta.

Existe dificuldade em entrar de cabeça na relação

Alguns casais vivem em conflito, ou os forjam, mantendo uma relação ioiô. Isso representa uma maneira instável de se relacionar e mostra que as duas pessoas têm uma dificuldade de estarem por inteiro no relacionamento.

Essas brigas acabam distraindo a relação e prejudicam a construção de um espaço de intimidade e cumplicidade. Na realidade não existe uma satisfação verdadeira no relacionamento, o que existe é uma distância. E a maneira que as partes encontram de se aproximarem é o drama, os sentimentos exacerbados, o choro, as declarações de amor intensas e o sexo selvagem depois das tempestades emocionais.

Casal reprimido emocionalmente

A forma com que eles se relacionam pode ter origem na família, onde já tinha um problema com uma boa comunicação sobre o que se pensava e sentia. As pessoas que são reprimidas emocionalmente, às vezes, têm que começar uma discussão ou provocar uma briga para poder “vomitar” o que está guardando dentro de si mesma.

Essas pessoas precisam de um motivo para explodir e aliviar, mesmo que seja momentaneamente. Por conta disso, uma acaba provocando a outra, que reage da mesma forma, e o equilíbrio neurótico se mantém.

Existe um transtorno não tratado

O Transtorno de Personalidade Histriônica se caracteriza pelo padrão generalizado de excessiva emocionalidade e busca de atenção. Quem é diagnosticado com ele, normalmente, sente prazer em fazer drama, mas não é uma coisa que se possa controlar.

Normalmente, esse tipo de personalidade tem um comportamento antissocial, Síndrome de Borderline e narcisismo. E em alguns casos também são vistos sintomas depressivos e distimia. Várias vezes essas pessoas acabam se atraindo e se identificando muito e tendo um relacionamento.

Pessoas podem romper o padrão?

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Os relacionamentos histriônicos podem durar anos, e em alguns casos, a vida toda. Contudo, isso não quer dizer que ele é uma convivência afetiva de qualidade. Existe o risco dos desgastes provocados pelos altos e baixos causarem um adoecimento tanto físico como emocional das pessoas. Por mais que exista amor, a simbiose gera insatisfação, estresse, ruídos nos outros relacionamentos, como os pessoais, familiares e profissionais.

Quando o drama é bem dosado ele até ajuda na relação. Até porque, é no momento da raiva que vários casais realmente falam a respeito das mágoas, cobranças e ressentimentos, e quando o pico de adrenalina passa, eles conseguem conversar com calma e ajustar o que for preciso, resultando em uma relação mais forte.

Agora, ter um excesso de drama e uma rotina baseada em conflitos pode afetar de forma drástica a saúde mental e, para alguns casais, evoluir para agressões verbais e físicas.

Tudo isso deveria ser resolvido através de um diálogo aberto para que as pessoas não cheguem a extremos. O ideal é que quando o casal notar o padrão eles procurem ajuda de um psicoterapeuta para uma terapia de casal e/ou individual. Esse tratamento vai identificar a origem dos comportamentos e aprender ferramentas emocionais para que a relação seja ressignificada.

Fonte: UOL

Imagens: iStock, UOL

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