Curiosidades

Por que temos sonhos que caímos no vazio ou perdemos os dentes?

0

Quem nunca sonhou que estava caindo e acordou com a sensação de que estava prestes a tocar o chão? Ou então que passou por um espelho e viu seus dentes caindo em suas mãos, sem motivo aparente?

A verdade é que passamos um terço da vida dormindo e, consequentemente, sonhando. Então, os sonhos que temos são motivos de muito interesse. Eles trazem experiências em nível sensorial, emocional e mental. Acontecem em qualquer fase do sono, mas são mais frequentes durante o sono R.E.M.

Desse modo, nem todas as pessoas se lembram das histórias que viveram durante o sono, mas algumas têm sonhos recorrentes. Cerca de 75% das pessoas adultas relatam ter tido sonhos recorrentes em algum momento da vida. Assim sendo, alguns sonhos mais típicos são aqueles em que estamos nus em público, que estamos sendo perseguidos, que estamos perdendo os dentes ou que estamos caindo no vazio.

Percebe-se que a maior parte desses sonhos tem um teor negativo e, além disso, surgem frequentemente em momentos de estresse e mal-estar psicológico.

Treinamento

Unsplash

Não há um consenso científico sobre a origem e as funções dos sonhos, porém, sabemos que estão ligados em algum grau às vivências que guardamos na memória. De acordo com alguns modelos, os sonhos podem ser o resultado de um processo de consolidação de recordações, produzido pela reativação de áreas cerebrais relativas à memória. Então, existiria como se fosse um roteiro na nossa mente e sua ativação resultaria na produção dos sonhos.

Por outro lado, acredita-se que sonhar possui um papel importante na evolução da espécie. Nesse caso, serviria para treinar comportamentos de fuga ou evitar situações ameaçadoras.

Tipos de sonhos recorrentes

A última edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela Associação Norte-Americana de Psiquiatria, relaciona dois transtornos que têm sonhos recorrentes como um dos principais sintomas. Eles são o transtorno do pesadelo e o transtorno de estresse pós-traumático.

Esses dois transtornos constituem psicopatologias, então provocam deterioração clínica e interferem na vida da pessoa afetada. No caso do estresse pós-traumático, é comum que a pessoa viva repetidamente o momento traumático vivido.

Já os sonhos recorrentes idiopáticos (sem causa conhecida) são mais relacionados a temas gerais, como a perda de um ente querido ou o término de um relacionamento.

Universais e pessoais

Sonhos recorrentes dependem de vários fatores, por mais que sejam comuns. Por exemplo, variam de acordo com época e cultura. Alguns dos mais comuns, como cair no vazio ou sofrer uma perseguição, são mais universais.

No caso dos dentes caindo, esses sonhos são relacionados a alguma irritação dental, o que indicaria a possibilidade de que estímulos sensoriais são incorporados na imaginação onírica. Já o sonho de cair são acompanhados, em muitos casos, por um tremor muscular e às vezes ocorrem no momento em que estamos começando a dormir.

Essa experiência é chamada de tremor hipnagógico ou espasmo mioclônico. Ela pode ser uma resposta à tentativa do cérebro de continuar controlando o corpo na transição entre vigília e descanso.

No entanto, apesar de termos sonhos comuns, a repetição dos sonhos pode ter motivos ainda mais pessoais. Assim, o conteúdo pode mudar ao longo do tempo e possui um sentido diferente para cada indivíduo. Com isso, a hipótese da continuidade dos sonhos é que eles refletem estados e preocupações presentes quando estamos acordados.

Por essa razão, são mais recorrentes entre pessoas que sofrem de mal-estar psicológico. Já pesadelos recorrentes são mais frequentes em pessoas ansiosas ou com tendências de emoções negativas intensas. Na maior parte dos casos, os sonhos recorrentes não causam problemas sérios, por isso, não necessitam de tratamento.

Porém, algumas pessoas buscam reduzi-los com intervenções psicológicas, como é comum em pessoas com estresse pós-traumático. Então, se um sonho recorrente causar grande pertubação ou se sentir que ele seja reação a algum problema, pode-se consultar um especialista.

Fonte: BBC

Cupulate, o desafio do ‘primo’ do chocolate que pode ajudar a Amazônia

Artigo anterior

Avó se emociona ao descobrir que neto tatuou cartão de aniversário escrito há 26 anos

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido