Por 
O futebol é considerado o esporte mais famoso do mundo, por isso não é de se espantar que boa parte das crianças já sonhou em ser jogador de futebol. Até porque, além da popularidade do esporte, poder fazer fama e fortuna fazendo o que gosta é o que todos sonham. E para qualquer apaixonado pelo esporte, uma coisa que não pode faltar no guarda-roupa é uma camisa do time do coração.
Contudo, essa peça de roupa está cada vez mais cara. E qual a razão disso acontecer? Tendo como base os 20 times da Série A, as camisas oficiais custam entre R$ 209 e R$ 370. O modelo do torcedor é igual ao usado pelos joagdores em campo, mas tem menos tecnologia em sua confecção, além de ter o escudo do time bordado.
A alternativa para ter um preço mais baixo são os modelos “fan jersey”. Eles são inspirados nas camisas de jogo e normalmente custam bem menos. Por exemplo, o Inter o Flamenho tem modelos dessa camisa que custam R$ 179. Elas são camisas que lembrarm as do jogo, mas não são exatamente iguais as que os jogadores usam em campo.
“É quase 50% do valor de uma camisa de jogo”, disse Nelson Pires, vice-presidente de marketing do Inter.
“Vamos ampliar ainda mais a gama de produtos oficiais do Flamengo, disponibilizando um grande portfólio de produtos de qualidade para atender aos nossos milhões de torcedores”, ressaltou Gustavo Oliveira, vice-presidente de comunicação e marketing do Flamengo.
Agora para quem quiser ter um uniforme idêntico ao que os jogadores usam em campo, o chamado modelo joagdor, é preciso desembolsar até R$ 599.
Motivo
Placar
O motivo pelo qual as camisas são tão caras não é uma coisa simples. O primeiro fator é a tributação e como os impostos variam de Estado para Estado, eles chegam a ser 35% do valor das peças em determinados casos.
Outro fator são os custos de logística e produção e ações de combate à pirataria que fazem com que o preço suba. A tecnologia colocada em cada camisa para que até as camisas de modelo torcedor tenham uma qualidade parecida com as usadas em campo também faz com que o preço fique mais alto.
Mais um fator que faz o preço ficar alto é que no entendimento das fornecedoras, as camisas de futebol são vistas como peças de artigo de coleção. Por conta disso, elas atraem vários compradores independentemente do preço que ela for vendida.
“A venda de produtos oficiais entra como uma receita bem importante. É preciso entender que não se está vendendo apenas a camisa. O clube aqui busca, juntamente com outras diversas fontes de receita, financiar uma atividade cada vez mais cara, de folhas exorbitantes. Porque toda a cadeia — imprensa, torcedores, conselheiros e sócios — exige um time de alto nível. E produtos contribuem para montar um elenco de ponta”, disse Marcel Pinheiro, diretor de comunicação e marketing do Fortaleza.
Quanto os times recebem?
UOL
O valor recebido pelo clube depende do contrato. Esse dinheiro repassado são os chamados royalties. Normalmente, o time recebe entre 10 e 15% do valor total de cada camisa vendida. No entanto, existem casos que essa porcentagem é entre 5 e 7%, e casos mais raros onde ela é mais alta.
“Não se tratam de royalties baixos, o modelo de licenciamento apresenta vantagens na terceirização de uma atividade específica com um especialista no assunto, mas por outro lado apresenta uma estrutura com limites financeiros para ficar de pé que precisam fazer sentido para todas as partes. Cada clube, com base no histórico, tamanho de torcida, potencial de vendas busca avaliar opções que lhe são oferecidas no mercado e comparar com gestão própria para tomar a decisão, de forma que não existe uma regra, mas sim análises caso a caso. Vale lembrar que o negócio de camisas não envolve apenas produção dos itens mas também design, logística, distribuição, venda, enfrentamento de pirataria, etc”, pontuou Ivan Martinho, professor de marketing esportivo da ESPM.
Fonte: UOL
Comentários