Política

Presidente de Israel diz que desde o Holocausto não se viam cenas assim

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No mais recente comunicado publicado no X (antigo Twitter), o presidente de Israel, Isaac Herzog, compartilhou sua indignação diante das cenas observadas na guerra entre Israel e Hamas, destacando que tais imagens não eram presenciadas desde o Holocausto.

Durante o pronunciamento, Herzog gravou suas palavras diretamente de Jerusalém, onde os alarmes soaram pela primeira vez em 50 anos, após cidades ao sul do país serem alvo de uma série de ataques promovidos pelo grupo extremista Hamas.

O presidente lamentou que, desde o Holocausto, não havia testemunhado cenas de mulheres, crianças judias, avós e até mesmo sobreviventes sendo conduzidos em caminhões e levados ao cativeiro.

Ele ressaltou a brutalidade do Hamas, comparando-a à selvageria do ISIS, descrevendo invasões a residências civis durante as férias, assassinatos a sangue-frio de famílias inteiras, jovens e idosos, além de violações e queima de corpos, espancamentos e torturas infligidas a vítimas inocentes de diversas religiões.

Via UOL

Herzog compartilhou que nos últimos dias dialogou com líderes globais que expressaram profunda indignação com o ataque.

Ele mencionou figuras como a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, o secretário de Estado Anthony Blinken, os líderes da UE, ONU, OTAN e outros próximos a ele, como o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Xeque Mohammed bin Zayed.

Presidente de Israel faz apelo

Posteriormente, o presidente de Israel fez um apelo veemente a todas as nações do mundo para condenarem de maneira clara e incisiva as ações do Hamas. Ele as comparou diretamente às ações abomináveis e indescritíveis do ISIS, destacando que hoje ambas são “a mesma coisa”.

Em segundo lugar, instou as nações que ainda não o fizeram a designarem o Hamas integralmente como um organismo terrorista.

Em terceiro lugar, enfatizou a importância de deixar claro que o Hamas é totalmente responsável pelo bem-estar dos reféns que capturou. Por isso, exige seu retorno imediato a Israel. Por fim, solicitou o apoio a Israel tanto em palavras quanto em ações.

O presidente declarou que Israel continuará a se defender e expressou total apoio às ações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, das Forças de Defesa de Israel e de todas as agências de segurança israelenses.

Ele assegurou que agirão com total força e compromisso inabalável para eliminar essa ameaça ao povo israelense.

Preces

Expressando suas preces, destacou que reza pela rápida e completa recuperação dos feridos, pelas famílias enlutadas e pelo bem-estar daqueles feitos reféns.

Manifestou confiança de que, com a solidariedade e o apoio das comunidades judaicas em todo o mundo, juntamente com amigos e aliados globais, Israel emergirá mais forte, resiliente e unido.

Num contexto mais amplo, o presidente abordou a estrutura do sistema de governo de Israel, que adota um modelo parlamentarista.

Nesse sistema, o presidente assume o papel de chefe de Estado, simbolizando a unidade nacional. Enquanto isso, o poder executivo tem um cargo de primeiro-ministro, atualmente ocupado por Benjamin Netanyahu, o líder mais proeminente do governo israelense, embora não eleito diretamente pelos cidadãos.

Preocupações

Via UOL

As declarações do presidente de Israel preocupam especialistas e analistas políticos por conta do peso das palavras.

Anteriormente, os representantes do país já tinham enviado comunicados radicais, dizendo que eles iam “pagar um preço nunca antes visto”. Isso alertou com a possibilidade de mais vítimas desse embate em território disputado.

Ainda, existe pouco consenso quanto a negociações pacíficas. Assim, os mais de dois milhões de residentes da Faixa de Gaza podem sofrer as consequências do impasse entre Israel e Hamas.

Nos próximos dias, espera-se que a situação seja controlada, com devolução dos reféns e contenção dos armados. No entanto, se os planos falharem, o presidente e outras comitivas militares precisarão agir com maior violência.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, CNN

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