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Projeto que doa marmitas em SC recebe oferta de carne vencida

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O projeto social “Alimentando Necessidades” tem como objetivo ajudar pessoas em situação de insegurança alimentar por meio de doação de marmitas em Blumenau, no Vale do Itajaí. Desse modo, contam com a ajuda de doadores para continuar a operação tão importante, o que pode resultar em decepções chocantes. No último caso, o projeto chegou a receber oferta de carne vencida.

Um quilo de carne vencida há 30 dias foi oferecido por meio de uma mensagem enviada à coordenadora da ação, Eduarda Poleza, junto com uma fotografia da carne. “Tentamos comer a outra bandeja que foi comprada junto, mas não suportamos e decidimos doar esta segunda bandeja”, escreveu a doadora.

Como a oferta de uma ex-colega era tão chocante, a coordenadora respondeu dizendo que acreditava se tratar de uma piada. Porém, a mulher falava sério – a proposta de doar carne vencida há um mês era real.

“A carne está relativamente boa. Aqui em casa temos estômago sensível, mas quem tem estômago mais forte é de boa”, escreveu. Assim, a coordenadora, revoltada com a oferta, compartilhou a conversa em sua conta do Twitter no sábado. Não demorou muito para que outras pessoas ficassem chocadas também. No domingo (25), a publicação passava de 140 mil curtidas e tinha mais de 7 mil compartilhamentos.

Marmiteira oferece refeições gratuitas para pessoas vulneráveis

Não ter a próxima refeição garantida é uma das piores situações que uma pessoa pode passar. Infelizmente, essa é a realidade de milhões de pessoas. Porém, as pessoas em situação de rua e de vulnerabilidade social em Maringá, no Paraná, podem contar com apoio para aliviar a fome.

Isso porque uma empreendedora decidiu causar um impacto em sua comunidade e convidou essas pessoas para buscar refeições gratuitas em sua marmitaria. Todos os dias, Marilys Chagas doa entre 15 e 20 marmitas para quem não tem as condições de pagar por uma. Para sinalizar isso à população vulnerável, ela fincou uma placa em frente ao seu estabelecimento. “Não fique com fome. Se você não pode comprar sua refeição, retire aqui. Gratuito. Deus ama a todos”, diz.

Assim, a marmitaria Divino Sabor Maringá está aberta há quatro anos. Com o tempo, a proprietária percebeu que sempre havia uma sobra de comida, que não poderia ser reaproveitada. Então, Marilys lembra que avaliou que não poderia aceitar que a comida fosse desperdiçada, enquanto existem diversas pessoas que passam fome nas ruas.

“Desde criança, quando chegavam pessoas batendo na nossa porta pedindo, eu pegava alimentos das latas de mantimento da mamãe e doava escondido do papai. Era escondido porque a nossa situação também era difícil. Com a marmitaria, vi que poderia ajudar muitos”, contou em entrevista ao UOL.

Placa anuncia doação

Reprodução

Dessa forma, a placa foi para a frente da loja há cerca de um ano e meio. Então, com a pandemia do Covid-19, ela recebeu bem menos clientes e as sobras aumentaram. Por esse motivo, a marmiteira bolou a estratégia para ajudar ainda mais pessoas a conseguirem refeições.

“Dessa forma, as pessoas não precisam ficar se explicando ou retratando as suas condições. Elas chegam e pedem as marmitas da doação. Geralmente, são os moradores de rua, catadores de reciclável etc. Eu não deixo sair sem o alimento porque acho tão constrangedor a pessoa pedir. Se a pessoa foi pegar a doação é porque precisa”, disse.

Além disso, Marilys explica que o cardápio da marmitaria é variado e muda todos os dias. Ela é responsável por todo o trabalho, desde a escolha e compra dos produtos até o cozimento e distribuição das refeições.

“Lavo louça, cozinho, faço a montagem das marmitas e ainda atendo telefone, envio o cardápio para os clientes, anoto os pedidos. Sou mil utilidades. Fora o marcado, que vou todos os dias às 6h”, ressaltou.

A dona do estabelecimento que distribui as refeições gratuitas diz que as doações saem do próprio negócio e que ainda não tem apoio externo. Contudo, ela ressalta que aceitaria doações de peito aberto, visto que permitiria ampliar seu alcance.

“Não deixo o barco afundar. Se vierem doações, serão muito bem-vindas. Mas até hoje foi somente eu e Deus. Esse trabalho é meu maior prazer. Não tem alegria maior para mim do que saber que a pessoa estava com fome e saiu de lá alimentada”, destacou.

Fonte: G1

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