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Quais as chances de um asteroide atingir a Terra nos próximos mil anos?

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Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. E os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação. Felizmente, nenhum deles colidiu com a Terra. No entanto, sabemos que isso é algo possível de acontecer. Mas será que existe alguma possibilidade de um asteroide se chocar com o nosso planeta no próximo século? Ou talvez em um milênio?

Para responder a essas dúvidas, os cientistas fizeram a análise das órbitas dos asteroides perto da Terra, que também são chamados de NEOs por sua sigla em inglês. Como resultado, eles viram que esses corpos celestes não são uma ameaça significativa dentro dos próximos 100 anos. Contudo, depois disso eles já não podem afirmar com certeza.

Asteroides

Encontro

Esses NEOs estão sendo monitorados e catalogados por várias instituições. E mesmo que vários deles já sejam conhecidos, ainda existem vários para serem descobertos. No entanto, os cientistas têm mapas com as trajetórias de praticamente todos os asteroides com mais de um quilômetro de diâmetro. Então, para saber se eles representavam ou não risco nos próximos mil anos, os astrônomos previram suas órbitas.

Eles fizeram simulações e mapearam diferentes trajetória orbitais dos asteroides. Através delas, eles conseguiram fazer a análise dos encontros que seriam mais próximos entre os NEOs e a Terra. Além disso, eles também analisaram como essa distância entre eles e nosso planeta mudaria ao longo dos milhares de anos.

Feito isso, eles descobriram que não existem motivos para que as pessoas se preocupem com isso no próximo século. No entanto, essa realidade muda depois desse tempo. O problema maior é que para um futuro muito distante fica mais difícil prever como serão as órbitas deles por conta das dinâmicas orbitais. Elas são uma diferença mínima de calor que o asteroide recebe do sol, ou por conta da influência gravitacional de Júpiter, e têm o poder de colocar algum desses corpos celestes na direção da Terra.

Chances

BBC

De acordo com as simulações, 28 asteroides foram classificados como suspeitos. Sendo um deles o chamado 7482, que passará bem perto de nós no decorrer dos próximos mil anos. Contudo, isso não quer dizer que ele irá necessariamente atingir a Terra. Mas mostra que ele tem uma chance maior, mesmo que ainda assim baixa, de colidir com nosso planeta no próximo milênio.

Outro asteroide que se destacou foi o 143651, por conta da sua órbita. Isso porque, a órbita dele é extremamente caótica, o que dificultou a previsão de onde ele estaria nas próximas décadas. Por conta disso que ele pode ser ou não uma ameaça para nosso planeta.

Enquanto isso, os outros asteroides que têm uma chance maior que zero vão passar a uma distância menor do que a da lua e a Terra. Por isso que nenhum deles deve atingir o planeta nos próximo cem ou mil anos.

Desviando

Terra

Por mais que a possibilidade de um asteroide atingir a Terra seja pequena, é sempre bom ter um plano para conseguir desviar a rota de algum deles caso ele esteja vindo em nossa direção.

Tanto é que a NASA lançou uma sonda espacial em uma longa jornada para a autodestruição. A missão chamada “Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART)” enviou uma espaçonave que viajou até se chocar contra um asteroide.

O teste aconteceu a aproximadamente 11 milhões de quilômetros da Terra. A sonda da agência espacial colidiu com a lua Dimorphos, que orbita um asteroide um pouco maior chamado de Didymos.

De acordo com a NASA, o sistema Dimorphos/Didymos não oferecia risco ao nosso planeta. Ele foi escolhido por ser relativamente perto e dar a possibilidade de monitorar se a mudança de trajetória foi atingida.

Para essa missão, a NASA investiu 330 milhões de dólares. Mesmo gastando tanto, a agência afirmou que não existe chance nenhuma de qualquer um dos asteroides representar um perigo para a Terra agora ou no futuro.

Ainda de acordo com a agência, o impacto feito pela sonda deve criar somente uma cratera em dezenas de metros de largura e lançará um milhão de quilos de rocha e poeira no espaço.

“Essa missão não vai destruir o asteroide. Não vai transformá-lo em um monte de cacos”, disse Nancy Chabot, cientista planetária que administra a iniciativa.

Fonte: Canaltech, G1

Imagens: Encontro, BBC, Terra

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