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Quais são as raças de cachorro mais suscetíveis a dor?

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O cachorro é o melhor amigo do homem. Quem tem um cãozinho em casa sabe o que é contar sempre com um amor e apoio incondicionais. Os animais aparecem no topo da lista de maiores companheiros das pessoas por nunca abandonarem seus donos. Por mais que o amor deles por seus tutores seja igual entre todos os tipos, a raça deles pode influenciar em determinados comportamentos.

Um exemplo disso é a sensibilidade que eles tem à dor. Na visão de mais de 90% das pessoas, inclusive veterinários, conforme a raça do cachorro ele pode ser mais ou menos sensível para a dor. Isso era quase que um senso comum, mas mudou recentemente.

Isso porque, um estudo feito por  pesquisadores da North Caroline State University confirmou que a tolerância à dor varia entre os cães. Contudo, como foi visto no estudo, nem sempre os resultados corresponderam à forma que os veterinários viam essa sensibilidade nas raças de cachorros.

Cachorros

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“Os veterinários têm um consenso bastante forte em suas classificações de sensibilidade à dor em cães de diferentes raças, e essas classificações geralmente estão em desacordo com as avaliações do público. Então, queríamos saber – primeiro – se algo disso é verdade? consistente com o que os veterinários acreditam? Ou é possível que essas visões sejam o resultado da reatividade emocional e do comportamento de um cão ao interagir com um veterinário?”, disse Margaret Gruen, veterinária comportamentalista da Universidade Estadual da Carolina do Norte.

O estudo foi feito com 149 cachorros adultos, tanto machos como fêmeas, que forma agrupados através da percepção dos veterinários e das pessoas em como acreditavam que eles eram sensíveis à dor. Assim a divisão ficou:

Alta: chihuahua, pastor alemão, maltês, husky siberiano.

Média: border collie, Boston terrier, Jack Russell terrier

Baixa: golden retriever, pitbull, labrador retriever.

Os que foram classificados como “alta” são as raças consideradas como tendo uma tolerância menor à dor. Então, os pesquisadores adaptaram testes e estímulos externos que são usados em humanos e testaram a sensibilidade à dor desses cachorros. Eles fizeram isso pressionando objetos diferentes sobre a pata deles.

Eles também mediram a reatividade emocional com um macaco de pelúcia que se mexia e fazia barulho. Além de uma interação com uma pessoa que o cachorro não conhecia.

Suscetível a dor

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Os resultados eram ligeiramente diferentes entre os testes. Mas aconteceu uma diferença distinta na sensibilidade à dor entre as raças dos cachorros. Contudo, nem sempre os resultados eram os mesmos do que os veterinários falavam.

Um exemplo disso foram os malteses que tendiam a ter um alto limiar de sensibilidade à dor ou baixa tolerância à dor, da maneira que os veterinários diziam. Contudo, com relação aos huskies siberianos, os veterinários os classificavam como sendo parecidos em termos de alto limiar de sensibilidade à dor. No entanto, essa raça está mais no meio da classificação e menos sensíveis à dor.

Outra descoberta foi a de que os cachorros com menor probabilidade de se envolver nos testes de reatividade emocional às vezes tinham também um limiar de sensibilidade à dor mais alto.
“Essas diferenças comportamentais podem explicar as diferentes avaliações veterinárias, mas não a tolerância real à dor entre as raças. Este estudo é empolgante porque nos mostra que existem diferenças biológicas na sensibilidade à dor entre as raças. Agora podemos começar a procurar causas biológicas potenciais para explicar essas diferenças, o que nos permitirá tratar raças individuais de forma mais eficaz”, pontuou Duncan Lascelles, cirurgião veterinário da North Carolina State University.

Observações

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O estudo mostrou que não é porque um cachorro está agindo de uma maneira nervosa que quer dizer que ele seja mais ou menos sensível à dor. E sabendo quais raças tem maior e menor tolerância à dor, no futuro será possível prescrever coisas para aliviar a dor deles de uma forma mais precisa.
“No lado comportamental, essas descobertas mostram que precisamos pensar não apenas na dor, mas também na ansiedade de um cão no ambiente veterinário. E eles podem ajudar a explicar por que os veterinários podem pensar sobre a sensibilidade de certas raças da maneira que pensam”, concluiu Gruen.
Imagens: Science alert

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