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Um grupo internacional de cientistas estima que a humanidade não está preparada para enfrentar um contato com civilizações extraterrestres. Por isso, eles estão elaborando um novo protocolo para ser seguido caso isso aconteça.
Busca por Inteligência Extraterrestre
Foto: Reprodução/ MasterTux/ Pixabay
O novo Centro de Pós-Detecção SETI (sigla em inglês para “Busca por Inteligência Extraterrestre”) possui sede na Universidade de St Andrews, no Reino Unido. A instituição trabalhará como um centro de coordenação para um esforço internacional que reúne vários especialistas nos campos de ciências e humanidades.
A meta do projeto é estabelecer avaliações de impacto, protocolos, procedimentos e tratados destinados a permitir uma resposta segura em caso de contato com extraterrestres.
“A ficção científica está repleta de explorações do impacto na sociedade humana da descoberta de vida inteligente extraterrestre”, disse John Elliott, coordenador do grupo.
De acordo com o especialista, o novo grupo de pesquisa deve se concentrar em como devemos reagir em um possível encontro com alienígenas. Dessa forma, o novo centro fará a varredura de sinais potencialmente enviados por maneiras de vida extraterrestre e desenvolverá uma estrutura para atribuir um significado a essa possível conversa.
Além disso, o grupo tem como objetivo ser uma base permanente, reunindo especialistas em diversos assuntos. Entre eles estão decifração de mensagens e análise de dados, desenvolvimento de protocolos regulatórios, legislação espacial e estratégias de impacto social, segundo repercutido pelo History.
“Será que algum dia vamos receber uma mensagem de ETs? Nós não sabemos. Também não sabemos quando isso vai acontecer. Mas sabemos que não podemos nos dar ao luxo de estar mal preparados – científica, social e politicamente sem rumo – para um evento que pode se tornar realidade já amanhã e que não podemos nos dar ao luxo de administrar mal”, afirmou Elliott.
Primeiro contato extraterrestre pode demorar 400 mil anos, afirma estudo
Foto: Reprodução/ ELG21/ Pixabay
Um outro estudo, realizado por astrônomos chineses e publicado no The Astrophysical Journal em maio, apontou que a humanidade pode precisar esperar 400 mil anos para fazer o primeiro contato extraterrestre.
O novo estudo sobre comunicação com “civilizações inteligentes extraterrestres” (CETIs, da sigla em inglês) foi publicado por Wenjie Song e He Gao do Departamento de Astronomia da Universidade Normal de Pequim. Os autores afirmam que reconhecem a complexidade de algo que não é confirmado a existência, mas que isso não os impediu de tentar.
O Cálculo
Foto: Reprodução/ Pete Linforth/ Pixabay
Saber o tempo exato do nosso contato com seres extraterrestres depende de variáveis confusas, sendo a principal questão onde estão essas civilizações. Isso porque quanto mais longe, mais tempo os sinais de comunicação demoram para chegar até eles e vice-versa.
Para tentar estimar onde essas civilizações habitam são usadas teorias de probabilidade matemática. Uma delas é a Equação de Drake, que tenta estimar quantas CETIs podem existir em nossa galáxia.
Apesar de não conseguirmos um número exato, o experimento pode ajudar a começar a estimar.
Os pesquisadores da nova pesquisa, assim como os de um artigo anterior, estimaram a existência de 36 CETIs na Via Láctea. Esse número veio de cálculos envolvendo a probabilidade de estrelas hospedarem planetas semelhantes à Terra em suas zonas habitáveis.
Após isso, os autores tentaram calcular quantos planetas são habitáveis, com que frequência a vida nesses planetas evolui para uma CETI e em qual estágio da evolução de uma estrela hospedeira nasceria uma CETI.
Um resultado mais positivo do estudo apontou que teríamos que esperar, e sobreviver enquanto espécie, por mais 2.000 anos para conseguirmos nos comunicar com alienígenas. No entanto, no cenário pessimista precisaríamos sobreviver por 400 mil anos para conseguirmos nos comunicar com outras espécies tecnologicamente avançadas.
Outras estimativas
No ano de 2021, outros dois estudos também abordaram o tema. Na pesquisa mais pessimista, os autores propuseram que levaremos 200 milhões de anos para encontrarmos alienígenas.
Já o segundo artigo apontou que, apesar de a Terra não estar em uma posição especialmente favorecida, ou central, o limite mínimo para o encontro com civilizações extraterrestres foi de 2.000 anos.
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