Ciência e Tecnologia

Quatro buracos negros supermassivos estão prestes a se chocar

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Um evento inédito está prestes a acontecer, pois quatro buracos negros supermassivos estão prestes a colidir no espaço.

Usando o Observatório de Raios-X Chandra da NASA, cientistas conseguiram identificar dois pares de galáxias que estão prestes a se fundir. Eles detectaram os respectivos buracos negros supermassivos em rota de colisão. 

Essa observação é considerada um marco, pois é a primeira vez que uma aproximação desse tipo é vista em um estágio tão avançado, superando o recorde de janeiro.

O mistério em torno dos buracos negros supermassivos ainda é uma questão em aberto para os pesquisadores. Isso porque não se sabe ao certo como eles evoluem e se tornam tão grandes. 

Uma das hipóteses é que isso ocorre durante as fusões entre galáxias anãs, quando seus respectivos buracos negros centrais se fundem.

No entanto, até agora, não havia evidências observacionais que apoiassem essa proposta. Mas os cientistas encontraram duas duplas de galáxias anãs em processo de fusão. Isso representa a primeira evidência de um encontro tão iminente entre dois buracos negros supermassivos.

Via Revista Galileu

Quem são os pares de buracos negros supermassivos

Duas duplas de galáxias receberam identificação por partes de cientistas, que indicaram um processo de fusão. Uma delas está no aglomerado de galáxias Abell 133, a uma distância de 760 milhões de anos-luz da Terra. 

A cauda da primeira dupla, representada por blocos azuis, é resultado dos efeitos de maré da colisão. Ela envolve a galáxia mais massiva “arrancando” pedaços de matéria devido à sua força gravitacional. 

Os tons magenta na imagem representam dados de raios-X do Chandra, que revelam a radiação das atividade dos buracos negros em cada galáxia. 

A dupla recebeu um apelido pelos autores do estudo, como “Mirabilis”, em homenagem a uma espécie ameaçada de beija-flor com caudas longas.

Segunda dupla

A outra dupla está localizada na aglomeração Abell 1758S, a uma distância de aproximadamente 3,2 bilhões de anos-luz. 

As galáxias, apelidadas pelos autores como “Elstir” e “Vinteuil”, estão nos estágios iniciais de fusão e estão ligadas por uma “ponte” formada pela interação gravitacional e composta por estrelas e gás.

Via CNN

Estudo

O estudo da fusão dessas galáxias pode fornecer aos astrônomos informações importantes sobre a formação dos buracos negros supermassivos e sobre a história da Via Láctea. 

A maioria das galáxias grandes, de acordo com modelos astronômicos, começou como anãs e cresceu por meio de fusões.

Embora a colisão entre os buracos negros esteja próxima de acontecer em termos astronômicos, ainda vai demorar muito tempo para a escala humana. No entanto, as observações atuais já ajudam a refinar os modelos astrofísicos.

Como surgem as galáxias anãs?

As galáxias anãs recebem a definição geral como galáxias com massas menores do que as da Via Láctea e outras galáxias espirais e elípticas maiores.

Acredita-se que elas tenham formação por meio de vários processos, incluindo a fusão de pequenas nuvens de gás e poeira, a perturbação gravitacional de galáxias maiores e a formação a partir de aglomerados de estrelas.

Uma teoria comum é que as galáxias anãs se formam a partir de nuvens de gás e poeira que entram em colapso gravitacionalmente. Conforme a densidade da nuvem aumenta, ela começa a se fragmentar em pequenos pedaços, cada um deles se contraindo para formar uma estrela. 

Essas estrelas podem então se agrupar para formar aglomerados de estrelas, que por sua vez podem evoluir para formar galáxias anãs.

Via HyperScience

Outra possibilidade é que as galáxias anãs sejam formadas a partir da perturbação gravitacional de galáxias maiores. À medida que buracos negros supermassivos se aproximam, sua força gravitacional pode perturbar o movimento das estrelas e do gás em suas regiões externas. 

Isso pode levar à formação de nuvens de gás e poeira que se condensam para formar novas estrelas, eventualmente levando à formação de uma galáxia anã separada.

A formação de galáxias anãs também pode ocorrer a partir da fusão de aglomerados de estrelas menores. Esses aglomerados podem se juntar devido à gravidade e formar galáxias anãs. 

Essa teoria recebe apoio pelo fato de que muitas galáxias anãs contêm aglomerados de estrelas em seus centros.

 

Fonte: Terra

Imagens: HyperScience, CNN, Revista Galileu

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