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Quem é Gabriel Monteiro, preso essa semana por crime hediondo?

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A última segunda-feira (7) foi marcada pela notícia de que o ex-vereador Gabriel Monteiro foi preso de forma preventiva por estupro. O responsável por decretar sua prisão foi o juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, tendo como base uma denúncia do dia 15 de julho.

Na denúncia, uma mulher afirmou que o crime de estupro ocorreu após conhecer Gabriel Monteiro em uma boate popular na Barra da Tijuca, a Vitrinni. De lá, ela relata ter sido levada para a casa de um amigo de Monteiro, no Joá, na Zona Sul. Assim sendo, a vítima conta que, no local, Gabriel Monteiro teria a constrangido a fazer sexo com ele, usando de violência, passando uma arma em seu rosto, empurrando-a na cama, segurando seus braços e dando tapas na cara.

Diante do relato, o magistrado determinou a apreensão dos celular e de armas de fogo do acusado, sendo que o processo está sob sigilo.

Outras denúncias

Essa não foi a única denúncia em que Gabriel Monteiro esteve envolvido. Isso porque, em março deste ano, pessoas que trabalharam para o ex-vereador, na época de seu mandato, relataram episódios de assédio moral e sexual. Assim, afirmaram também que alguns de seus vídeos foram forjados.

As denúncias sobre Gabriel Monteiro chegaram a ser tema de uma reportagem do Fantástico. Após a exibição da reportagem, Monteiro foi alvo de uma operação por conta do vazamento íntimo de um menor.

Desse modo, segundo depoimento de ex-assessores, Gabriel Monteiro tinha o costume de fazer orgias em sua casa com a presença de menores de idade. De acordo com o funcionário, algumas vezes, ele chegou na casa do vereador e o encontrou virado de festas, com meninas saindo do local chorando, aparentemente vítimas de estupro.

Nas redes sociais, Gabriel Monteiro chamou atenção postando vídeos com denúncias e vistorias. Por conta dessas denúncias, ele afirmou sofrer ameaças de morte. Seus seguidores são 6,9 milhões no Facebook, 6,3 milhões no YouTube e 5,2 milhões no TikTok. Além disso, ele acumula 4,3 milhões no Instagram e 408 mil seguidores no Twitter.

Considerando somente o YouTube, estima-se que o influenciador recebia até R$ 230 mil por mês com a monetização dos vídeos.

Polícia Militar

No ano da campanha para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Gabriel sofreu um processo de deserção na PM por faltar ao trabalho. No entanto, ele conseguiu reverter a decisão da Justiça, alegando que estava de licença médica.

Ao ser eleito, ele deixou a PM, porque não tinha tempo de carreira o suficiente para uma licença de quatro anos. O ex-PM Gabriel Monteiro tem 28 anos e foi o terceiro vereador mais votado do Rio de Janeiro em 2020. Então no PSD, recebeu 60.326 votos.

Vereador

gabriel monteiro

Renan Olaz/CMRJ

Como vereador em seu primeiro mandato, Gabriel Monteiro apresentou 16 projetos de lei ou de emendas à Lei Orgânica do município. Nesse período, só dois parlamentares registraram menos proposições que ele.

Dessa forma, entre as propostas, estava a criação da “Rua do Grau”, “espaço destinado à prática de manobras com motocicletas”, e a disponibilização de livro de reclamações nas unidades públicas de saúde.

Operação

No dia 7 de abril, Gabriel Monteiro foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, dentro do inquérito sobre o vazamento de um vídeo íntimo de Gabriel fazendo sexo com uma adolescente de 15 anos.

Assim, agentes da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) cumpriram mandados de busca e apreensão contra Gabriel e outras seis pessoas, entre ex-assessores e ex-funcionários dele. Não havia mandados de prisão.

Vale destacar que, em muitos vídeos, Gabriel Monteiro aparecia ao lado de homens com fuzis. Então, o Ministério Público do Rio e a PM abriram uma investigação sobre uma suposta escolta irregular.

Em decisão em junho do ano passado, o juiz Alberto Republicano Macedo Júnior afirmou que o vereador estava se valendo da escolta policial para realizar diligências que fugiam ao escopo da atividade legislativa.

Depois de o pedido ser negado, a Câmara de Vereadores solicitou a escolta à Polícia Militar. A PM não informou por que a escolta do vereador é feita com fuzis.

Deputado federal

O vereador Gabriel Monteiro (PL) teve seu mandato cassado no dia 18 de agosto por quebra de decoro parlamentar. Dos 50 votos na Câmara, 48 foram pela cassação de Gabriel, sendo que os votos contrários eram dele mesmo e de Chagas Bola.

Gabriel Monteiro foi investigado no Conselho de Ética da Câmara por acusações de assédio sexual, forjar vídeos na internet e de estupro de vulnerável, por filmar relações com menor de idade, o que é crime previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

Assim sendo, o vereador cassado chegou a anunciar sua candidatura a deputado federal nas eleições deste ano, mas desistiu após o registro ter sido negado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Diante disso, conseguiu eleger o pai, Roberto Monteiro, para deputado federal, e a irmã, Giselle Monteiro, para deputada estadual.

Ao indicar o pai para a vaga, fez campanha dizendo que ele continuaria seu “legado fiscalizador” em Brasília.

“Foi a campanha mais rápida do Rio de Janeiro. Meu pai teve 15 dias de campanha. Minha irmã um pouco mais que isso. Políticos vagabundos que acharam que tinham acabado com a minha carreira, podem esperar: vamos virar um trio de fiscalizadores. A Justiça vai reconhecer que fui covardemente retirado de lá. E parceiro, pode esperar o que vou fazer com os corruptos e funcionários fantasmas. Deus venceu”, disse após o resultado das eleições.

Fonte: G1

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