Por que Elon Musk demitiu metade dos funcionários do Twitter?

O Twitter, assumido pelo bilionário Elon Musk na semana passada, planeja demitir um quarto de sua equipe como parte do que se espera ser a primeira onda de demissões na gigante da mídia social, de acordo com um novo relatório.

De acordo com uma pessoa citada pelo Washington Post em seu relatório, as discussões sobre demissões foram lideradas pelo advogado de celebridades Alex Spiro, que tem um advogado de longa data para o novo chefe Musk. Segundo um registro regulatório, o Twitter tinha mais de 7.000 funcionários até o final de 2021, com cerca de 2.000 pessoas representando um quarto do total.

Musk já havia refutado uma reportagem do New York Times sobre a demissão de funcionários do Twitter em uma data anterior a 1º de novembro para evitar doações de ações que venceriam naquele dia. Musk twittou: “Isso é falso”, respondendo a um usuário do Twitter que perguntou sobre demissões.

Demissões na sexta-feira

BBC

Os funcionários do Twitter receberam um comunicado sobre o início dos cortes na empresa. Na sexta-feira, muitos já não tinham mais acesso aos e-mails corporativos e foram removidos dos grupos de Slack.

O comunicado, enviado por e-mail, afirma que os escritórios ficaram fechados temporariamente para garantir a segurança dos colaboradores do Twitter. O documento também recomenda que quem estiver a caminho de um espaço físico da empresa, que volte para casa.

“Para ajudar a garantir a segurança de cada funcionário, bem como dos sistemas do Twitter e dos dados dos clientes, nossos escritórios serão temporariamente fechados e todos os acessos por crachá serão suspensos”, diz o e-mail assinado genericamente como “Twitter”. No entanto, os funcionários não têm muitas informações sobre o que está acontecendo.

Assim sendo, os relatórios apontam que Musk já demitiu o presidente-executivo do Twitter, Parag Agrawal, o diretor financeiro Ned Segal e a diretora de assuntos jurídicos e políticas Vijaya Gadde na quinta-feira, após a saga de seis meses de compra de US$ 44 bilhões da rede de mídia social ter sido concluída.

Musk alegou que eles o enganaram e aos investidores do Twitter sobre a prevalência de contas fraudulentas no site. Os executivos tinham potencial para receber pagamentos de separação, totalizando quase US$ 122 milhões, de acordo com a empresa de pesquisa Equilar.

Processo após demissões no Twitter

Elon Musk terá que pagar mais de US$ 200 milhões a três executivos do Twitter demitidos depois que assumiu a empresa e abalou a liderança na quinta-feira.

Ele demitiu o CEO Parag Agrawal, a chefe de departamento jurídico, política e confiança Vijaya Gadde e o diretor financeiro Ned Segal. De acordo com o registro do Twitter na Comissão de Valores Mobiliários, Musk terá que pagar aos três mais de US$ 204 milhões, informou o MarketWatch.

Então, Musk deve se tornar o próximo CEO do Twitter. Agrawal era o CEO do site de rede social desde novembro de 2021. Os três executivos possuem cerca de 1,2 milhão de ações do Twitter – totalizando cerca de US$ 65 milhões. Mais da metade – US$ 34,8 milhões – é de propriedade de Gadde, informou a Bloomberg.

No acordo de aquisição, de acordo com a MarketWatch, há também uma cláusula que previa a aquisição acelerada da futura remuneração prometida em ações chamada “Golden Parachute Compensation”, que fará com que os três invistam automaticamente em ações no valor de US$ 119,6 milhões como indenização se rescindidos. O maior pagamento seria para Agrawal em US$ 56 milhões.

Os três executivos também têm direito a um ano de salário e benefícios de saúde. Agrawal tinha um salário base de US$ 623.000 em 2021 e Segal e Gadde estavam com US$ 600.000 cada.

Gadde deve deixar o Twitter com quase US$ 74 milhões, segundo o MarketWatch, e Agrawal e Segal devem sair com cerca de US$ 65 milhões e US$ 66 milhões, respectivamente.

Fonte: Gizmodo