Curiosidades

Radar revela ruínas de cidade Maia antiga

0

Um estudo recente revelou as ruínas ocultas pela floresta de uma enorme cidade do Império Maia conhecida como Calakmul. 

Para identificar as estruturas, os pesquisadores usaram uma tecnologia conhecida como LIDAR (ou radar laser), que possibilita que seja feito o trabalho de mapeamento a partir do uso de laser aerotransportado. 

O objetivo é que as imagens ajudem os cientistas a entender melhor a organização urbana do antigo assentamento Maia.

Reino da Serpente

Foto: History

“Ao usar imagens do LIDAR, agora somos capazes de entender completamente o imenso tamanho do assentamento urbano de Calakmul e suas modificações substanciais na paisagem, que abrigava um sistema agrícola intensivo”, explicou Kathryn Reese-Taylor, professora do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade de Calgary, no Canadá, e líder da pesquisa.

A pesquisadora acrescentou que a terra disponível era coberta com canais de água, terraços, muros e barragens. “Sem dúvida para fornecer segurança alimentar e hídrica para os moradores de Calakmul”, afirmou.

Calakmul era a sede do chamado Reino da Serpente. A estimativa é que em seu auge, a cidade Maia tenha abrigado 50 mil pessoas, sendo uma das maiores as Américas por volta do ano 700 d.C.

Mesmo que já se soubesse do tamanho da cidade, a equipe que trabalhou no novo estudo ficou surpresa com as construções e o grau de urbanização do assentamento. 

Além disso, imensos conjuntos residenciais foram identificados em toda a área pesquisada. Alguns deles têm até 60 estruturas individuais que abrigavam grandes famílias. Essas estruturas ficavam agrupadas em volta de diversos templos, santuários e possíveis mercados.

“Estamos empolgados para ver o que mais essa tecnologia nos ajudará a aprender sobre Calakmul”, disse Reese-Taylor. “É um privilégio desenterrar os segredos dos antigos assentamentos do México”, completou.

“Atlântida Maia”

Foto: History

Outro local Maia que está sendo investigado é a ilha no lago de Atitlán, na Guatemala, que, entre os anos 400 a.C. e 250 d.C., abrigou uma cidade da civilização maia. 

O assentamento contava com templos, casas e praças, e acabou afundado por causa de uma possível erupção vulcânica, tornando-se uma espécie de “Atlântida” da América Central. 

Atualmente, pesquisadores acabam de explorar as ruínas subaquáticas do local, que foram encontradas apenas na segunda metade da década de 1990.

Ruínas submersas

Foto: History

A preservação da cidade submersa é considerada vital devido à importância histórica de suas ruína e ao fato de o local ter caráter sagrado para as comunidades indígenas da região. 

O novo estudo foi realizado pelo departamento de arqueologia subaquática do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH). A expedição, que reuniu uma equipe internacional de especialistas, teve como meta trazer mais visibilidade para o local através de tecnologias virtuais e não invasivas.

Os estudiosos fizeram mergulhos para realizar um levantamento detalhado das ruínas submersas. Com isso, devem ser ampliados os dados coletados em anos anteriores por arqueólogos guatemaltecos. 

As informações serão usadas para desenvolver modelos fotogramétricos e preparar passeios virtuais que objetivam as ruínas da comunidade local e dos turistas.

De acordo com o INAH, a pesquisa permitiu encontrar edifícios, monumentos e estruturas da cidade, que está submersa a cerca de 20 metros de profundidade. 

“A missão possibilitou lançar as bases para recomendar a criação de um centro cultural onde as pessoas possam conhecer e percorrer o local por meio de reconstruções digitais”, disse Helena Barba Meinecke, chefe da Subdiretoria de Arqueologia Subaquática da instituição.

Vale lembrar que neste ano, pesquisadores encontraram a evidência mais antiga de um calendário maia durante escavações na Guatemala. 

O objeto era uma inscrição incompleta que estava em um mural descoberto dentro de uma pirâmide em San Bartolo. Os especialistas do Projeto Arqueológico Regional San Bartolo-Xultun apontam que os fragmentos podem ter cerca de 2220 anos.

Fonte: History

Como a DC pode salvar o Superman de Henry Cavill?

Artigo anterior

A fuga em massa do campo de concentração Sobibor

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido