Inovação

Reator da Rolls-Royce pode revolucionar exploração da Lua

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A Rolls-Royce, renomada empresa do Reino Unido, revelou recentemente um projeto ambicioso para auxiliar na exploração da Lua.

Seu próximo lançamento será um mini reator nuclear para ser a fonte energética crucial para futuras missões lunares.

Este projeto visionário, com previsão de estar pronto para viagens espaciais em aproximadamente seis anos, representa um passo significativo no avanço tecnológico para explorar e acompanhar nosso satélite natural.

Como forma de apoio para a concretização dessa visão, a Agência Espacial do Reino Unido concedeu à Rolls-Royce um financiamento substancial de £2,9 milhões. Atualmente, isso é equivalente a cerca de R$18 milhões, cedido em março de 2023.

Este aporte financeiro visa catalisar o desenvolvimento da tecnologia lunar proposta, consolidando o compromisso do governo britânico com a inovação espacial.

Apresentação do modelo

Via Freepik

O modelo do mini reator nuclear foi oficialmente apresentado durante a Conferência Espacial do Reino Unido, realizada em Belfast, no mês de novembro.

Com dimensões compactas, aproximadamente um metro de largura e três metros de comprimento, o reator promete ser um avanço notável, destacando-se por seu design modular e sua dependência da fissão nuclear.

Este processo, análogo ao utilizado por usinas nucleares terrestres para gerar eletricidade, ressalta a busca por soluções avançadas e sustentáveis no espaço.

Além de seu papel fundamental no suporte a missões lunares, a tecnologia do Micro-Reator apresenta uma perspectiva para aplicações comerciais e de defesa aqui na Terra.

A Rolls-Royce enfatiza que essa inovação não apenas impulsionará o avanço da exploração espacial, mas também contribuirá significativamente para a descarbonização da indústria, fornecendo uma fonte de energia limpa, segura e confiável.

A Agência Espacial do Reino Unido já confia na Rolls-Royce para cumprir com esse projeto, e, se tiver sucesso, será essencial para o país.

Com expectativas de progresso contínuo ao longo dos próximos anos, o desenvolvimento deste mini reator nuclear sinaliza uma era de avanço tecnológico e exploração espacial para o Reino Unido.

Como o pequeno reator vai funcionar

O reator desenvolvido pela Rolls-Royce funcionará pela fissão nuclear, utilizando o mesmo processo que possibilita usinas nucleares gerarem eletricidade.

De acordo com informações da Rolls-Royce, o novo reator lunar será caracterizado por um design modular, oferecendo diversas aplicações na Terra.

Em comunicado, Clayton destacou que a tecnologia do Micro-Reator abrirá caminho para suportar casos de uso comercial e de defesa.

Enquanto isso, oferece uma solução crucial para descarbonizar a indústria, proporcionando uma fonte de energia limpa, segura e confiável.

Engenheiros da Rolls-Royce estão atualmente imersos em pesquisas para identificar métodos eficazes que permitam a conversão do calor gerado pelo reator, proveniente da fissão nuclear, em eletricidade.

Em reatores nucleares convencionais na Terra, esse calor é utilizado para ferver água, que, por sua vez, se transforma em vapor pressurizado, movendo uma turbina.

A inovação desta pesquisa da Rolls-Royce visa estabelecer as bases para sustentar a presença humana contínua na Lua.

Além disso, também promete fortalecer o setor espacial mais amplo do Reino Unido, gerando empregos e atraindo investimentos adicionais.

Paul Bate, diretor executivo da Agência Espacial do Reino Unido, ressaltou em comunicado à imprensa que essa abordagem pioneira pode moldar o futuro do espaço britânico, agregando valor econômico e tecnológico de forma significativa.

Via Freepik

Contexto

A maioria das expedições à Lua, incluindo os recentes rovers lançados pela China e Índia, escolheu a energia solar como sua principal fonte de alimentação.

No entanto, essa abordagem tem suas limitações, uma vez que a Lua permanece imersa na escuridão por aproximadamente duas semanas durante cada ciclo lunar.

Uma opção mais simples e menos potente de fonte de energia nuclear, frequentemente empregada em missões espaciais, são os Geradores Termoelétricos de Radioisótopos (RTGs).

Essas baterias nucleares precisam de um processo natural de decaimento radioativo. Nela um núcleo menos estável se transforma gradualmente em um estado mais estável, liberando energia ao longo do tempo.

Embora os RTGs se destaquem pela longa durabilidade, sua capacidade de geração de energia não consegue sustentar missões tripuladas.

Em contrapartida, o processo de fissão nuclear, que envolve a divisão de um grande núcleo atômico em fragmentos menores, proporciona uma produção significativamente maior de energia em comparação com o simples decaimento.

No entanto, é importante ressaltar que a fissão nuclear requer uma fonte externa de energia para suas atividades, sendo diferente dos RTGs em sua operação.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Olhar Digital, Olhar Digital

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