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Recorde na expectativa de vida humana será quebrado em 2060

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Com o passar do tempo, a expectativa de vida humana foi aumentando cada vez mais. E com isso, também veio o desejo de se poder viver o máximo possível. Por isso que várias pesquisas com relação ao envelhecimento e como retardá-lo são feitas.

Até o momento, a ciência não conseguiu descobrir qual é o tempo máximo que uma pessoa pode viver. O que se sabe é que a pessoa mais velha, Jeanne Calment, viveu por 122 anos, e desde 1997 esse recorde não foi batido. Contudo, de acordo com uma dupla de pesquisadores norte-americanos, isso pode mudar em 2060.

O fato é que, para os humanos, não é comum viver mais de 100 anos. No fim da Idade do Bronze, o limite era 80 anos. Depois de mil anos, os romanos antigos entendiam que alguém podia viver até no máximo 100 ou 110 anos. Já hoje, o limite que se conhece é de 122 anos.

Se essa previsão com relação à expectativa de vida mudando de forma drástica em 2060 realmente acontecer, ela irá ser um marco na história humana, mesmo não se sabendo qual será a idade limite.

Quem liderou esse estudo a respeito da quebra no último recorde da expectativa de vida foram os pesquisadores David McCarthy, da University of Georgia, e Po-Lin Wang, da University of Southern Florida, ambas nos EUA.

Para isso, eles analisaram dados históricos e atuais de mortalidade em 19 países desenvolvidos, como Austrália, Canadá, França, Japão, Portugal e EUA. No caso desse estudo, a expectativa de vida dos brasileiros não foi levada em consideração.

Quebra do recorde de expectativa de vida

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De acordo com os pesquisadores, “os registros de longevidade têm aumentado lentamente nos últimos anos”. Curiosamente, o mais notável é nas pessoas que nasceram entre os anos de 1900 e 1950. Conforme os pesquisadores, essas pessoas “estão experimentando um adiamento da mortalidade sem precedentes, mas ainda são jovens demais para quebrar recordes de longevidade”.

Mesmo assim, eles acreditam que se o recorde de expectativa de vida realmente for quebrado em 2060, quem irá fazê-lo será uma das pessoas nascidas entre esses anos. Até porque, quando chegarmos nesse ano, essas pessoas irão estar bem mais velhas do que os padrões atuais.

“Se existe um limite máximo para a expectativa de vida humana, ainda não estamos nos aproximando dele”, disseram os pesquisadores.

Ainda na visão deles, as pessoas que nasceram antes de 1950 só irão ter “o potencial de quebrar os recordes de longevidade existentes se as escolhas políticas continuarem a apoiar a saúde e o bem-estar dos idosos e o ambiente político, ambiental e econômico permanecer estável”.

Aumentando

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Cada vez mais as pessoas procuram formas de aumentar sua longevidade. Uma das coisas que podem aumentar a expectativa de vida de uma pessoa é se ela se alegra ao aprender novas coisas, fazendo trabalho voluntário ou cuidando dos seus netos.

De acordo com uma pesquisa científica publicada em 2019, foi visto que em um grupo de quase sete mil adultos com mais de 50 anos, os que tiveram uma pontuação maior em uma escala que mediu o “objetivo de vida” tinham menos probabilidade de morrer durante os quatro anos do estudo, além de também terem uma propensão menor de morrer no mesmo período por conta de problemas cardíacos, circulatórios ou sanguíneos quando comparados com os que tiveram pontuações mais baixas.

“Vários estudos sugeriram que um maior senso de propósito na vida está associado à redução do risco de morte precoce. No entanto, esta pesquisa mostrou pela primeira vez que o senso de propósito na vida está associado a causas específicas de morte”, disse Eric S. Kim, pesquisador do departamento de ciências sociais e comportamentais da Escola de Saúde Pública de Harvard.

Na visão dos autores do estudo, as pessoas que têm um objetivo de vida têm maior probabilidade de estarem envolvidas com comportamentos que são benéficos para a saúde. Esse propósito pode estar associado à família, relacionamentos, comunidade em que vive, ajudar os outros, aprender novas coisas, fazer exercícios físicos, ter algum lazer ou hobby.

Contudo, por mais que o propósito tenha funcionado como um protetor de saúde para algumas doenças e aumentador de expectativa de vida para algumas pessoas, ele não teve muita eficácia contra a mortalidade por câncer ou condições que mexem com o trato respiratório.

Outro ponto importante a ser levado em consideração é que o estudo não provou que ter um objetivo de vida teve como resultado taxas menores de mortalidade. Até porque, o propósito pode promover uma expectativa de vida e aumentar a probabilidade de a pessoa proteger a saúde dela.

Um exemplo disso é se alguém se alimentar de uma forma mais saudável, dormir melhor, fazer exercícios e aumentar o uso de serviços de saúde preventiva, isso irá ajudá-la a ter uma expectativa de vida maior e com menos problemas de saúde.

“Estudos sugerem que as pessoas com maior senso de propósito na vida são menos perturbadas por vários estressores e também se recuperam mais rapidamente quando estão mais estressadas”, disse Kim.

Para as pessoas que querem encontrar um objetivo de vida ou um hobby que possa aumentar sua expectativa de vida e saúde, o importante é procurar por atividades que dão motivos convincentes para que a pessoa levante da cama todos os dias.

“Evidências sugerem que a terapia cognitivo-comportamental pode melhorar o significado da vida, que é um primo conceitualmente próximo do propósito”, concluiu Kim.

Fonte: Canaltech, Plenae

Imagens: Canaltech

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