Inovação

Revolução das máquinas? Robótica humanoide tem ‘momento ChatGPT’

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Brett Adcock, o fundador e CEO da Figure, anunciou com entusiasmo um momento ChatGPT, como ele mesmo chamou, para a robótica humanoide. Ele revelou avanços significativos na capacidade de aprendizado e autonomia de seus robôs.

Agora, essas máquinas inovadoras conseguem assimilar tarefas simplesmente observando a execução humana, reproduzindo de maneira autônoma. Se os testes forem positivos, será um marco comparável ao impacto revolucionário do ChatGPT na inteligência artificial.

A notável conquista da Figure está na implementação de modelos multimodais de inteligência artificial em seus robôs humanoides. Esses modelos capacitam as máquinas a interpretar vídeos, permitindo que eles repliquem ações humanas com uma precisão impressionante.

O avanço não apenas eleva as habilidades autônomas desses robôs, mas também os torna altamente adaptáveis a uma variedade de contextos e tarefas.

Além disso, a empresa adota uma abordagem inovadora ao empregar tecnologia de aprendizado em grupo. Nesse contexto, as habilidades aprendidas por um robô são transferidas e compartilhadas com outros, impulsionando ainda mais a eficiência e versatilidade do conjunto de robôs da Figure.

Via Freepik

Embora a autonomia em robôs humanoides ainda enfrente desafios relacionados à versatilidade e adaptação em ambientes dinâmicos, a promessa de transformar mercados de trabalho e a sociedade como um todo é inegável.

A Figure se destaca ao concentrar seus esforços em criar robôs humanoides autossuficientes, abrangendo o corpo inteiro, em contraste com abordagens mais limitadas, como o desenvolvimento exclusivo de braços robóticos ou outras formas de robótica fragmentada.

Momento ChatGPT da robótica

A Figure se destacou no mercado nos últimos anos, especialmente pela tecnologia multimodal. Nenhuma outra empresa havia implementado esse projeto antes, e não obteve resultados tão positivos quanto.

Com essas orientações por vídeo e transmissão em conjunto, as perspectivas de aplicação são infinitas. Desde industriais, reduzindo tempos de montagem, até processos inteligentes de ensino, os robôs se tornariam aliados mais inteligentes.

A empresa havia previsto que, até o final de 2023, seu robô 01 estaria apto a realizar tarefas úteis em suas instalações. Uma recente demonstração, divulgada no domingo (07), destacou o robô realizando a operação de uma máquina de café Keurig.

Esse feito evidenciou a notável capacidade do robô 01 de incorporar ações à sua biblioteca de forma autônoma, indicando um progresso positivo na aplicação prática dessas inovadoras tecnologias.

Aprendizado em robôs humanoides

Incorporar aprendizado e autonomia em robôs representa um desafio significativo devido à necessidade de versatilidade para lidar com uma ampla gama de tarefas.

Além disso, é essencial que esses robôs compreendam o uso de ferramentas, se adaptem a ambientes dinâmicos e tenham a capacidade de aprender de forma independente.

O potencial de aprendizado rápido em diversas tarefas sugere que a robótica humanoide está pronta para avançar. Agora, suas capacidades atingirão níveis nunca antes vistos, com repercussões tanto no mercado de trabalho quanto na estrutura da sociedade em geral.

Além disso, a perspectiva de robôs humanoides capacitados para aprender e operar autonomamente aponta para uma transformação fundamental no papel do trabalho humano.

O desenvolvimento acelerado na área da robótica humanoide, com mudanças anteriormente consideradas inimagináveis, sinaliza um futuro em que esses avanços podem redefinir significativamente a interação humana, o conceito de trabalho e a dinâmica da vida cotidiana.

Via Freepik

Preocupações

Por outro lado, o chamado ‘Momento ChatGPT‘ também trouxe preocupações para alguns grupos. Afinal, existe a discussão sobre a inteligência robótica dominar as máquinas.

Contudo, mesmo que os dispositivos se tornem realmente autônomos, com aprendizagem independente, eles se baseiam nos exemplos humanos. Dessa forma, a mente humana sempre estará por trás de tudo que as máquinas processarem.

Em termos práticos, é altamente improvável que possamos viver uma revolução dos robôs, mas especialistas acompanham os testes de ensino automático para garantir os melhores resultados.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Freepik, Freepik

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