Curiosidades

Robô da Sony faz microcirurgia em grão de milho

0

O avanço da tecnologia não cansa de nos impressionar, seja em qual campo for. Mas quando isso acontece na medicina é ainda mais animador, porque nos dá a esperança de um futuro melhor, e com mais possibilidades. Como no caso desse robô da Sony que fez uma cirurgia em um milho.

No caso, isso foi feito para melhorar as microcirurgias, que são as feitas com um microscópio cirúrgico. Com isso em mente, a Sony desenvolveu um robô cirurgião que é capaz de fazer esses procedimentos, que são bem sensíveis, com uma eficácia boa. A primeira demonstração desse robô em cirurgia foi fazendo uma sutura, que nada mais é do que dar ponto, em um corte feito em um grão de milho.

No mundo real, as microcirurgias são feitas durante a anastomose vascular. Elas são um procedimento médico onde pequenas ligações entre os vasos sanguíneos ou órgãos são costuradas. Isso é uma coisa fundamental no caso de transplante de órgãos. E como é de se imaginar é uma coisa que exige muita habilidade do profissional.

“Tais operações exigem altos níveis de habilidade e só podem ser realizadas por um número limitado de médicos”, explicou a Sony.

Por conta disso, esse robô veio com o objetivo de ampliar o acesso à saúde. E além dele, outras invenções podem ser usadas, como por exemplo, os óculos de realidade mista para que a visão do médico seja potencializada e a segurança do procedimento aumente.

Robô em cirurgia

A forma com que esse robô fez essa cirurgia não foi muito diferente do uso de braços robóticos. Até porque, o cirurgião fica controlando toda a operação através de um console de mesa.

Em outras palavras, é como se o médico usasse dois bisturis com sensores que conseguem detectar a aplicação de níveis de pressão diferentes. Ao mesmo tempo, o robô realiza esses comandos no local da operação. Isso faz com que seja possível a repetição de movimentos bem pequenos, como colocar a agulha em um vaso sanguíneo, ou movimentos maiores como puxar os fios de um ponto.

Para que não houvesse atrasos entre os comandos dados pelo médico e o robô fazendo a cirurgia, a Sony criou um sistema de controle elétrico focado na baixa latência e um sistema mecânico focado na leveza. Esses dois sistemas melhoram a capacidade de resposta dos movimentos do robô.

Existe também um sistema de câmera 3D, em 4K, para o médico conseguir ver o que exatamente está acontecendo onde a cirurgia está sendo feita.

Uma outra vantagem é que a troca de instrumentos também é totalmente automatizada. Ou seja, pinças podem ser substituídas por tesouras sem que seja preciso uma interferência humana. Isso faz com que o procedimento como um todo se torne mais rápido.

Por mais que o robô da Sony ainda não tenha sido usado em um humano, em fevereiro desse ano ele foi usado em microcirurgias em animais na Universidade Médica de Aichi, no Japão. De acordo com os responsáveis, os resultados obtidos foram promissores.

Tecnologia

Olhar digital

Além desse robô da Sony, outras inovações tecnológicas já foram usadas na medicina. Como por exemplo,  esse bisturi com sensores embutidos que podem abrir caminhos para os procedimentos feitos por robô.

Nos testes, os pesquisadores descobriram que os sensores conseguiam rastrear de forma precisa a quantidade de força que os médicos faziam durante as cirurgias, além de também entender como eles estavam controlando o dispositivo ao longo do tempo.

Com esses dados foram feitas análises e a tecnologia conseguiu avaliar as habilidades dos profissionais. De acordo com o estudo, o bisturi tem um sistema de detecção de força que foi desenvolvido recentemente e pode ser usado na criação de robôs que podem fazer cirurgias de forma segura e eficiente.

O dispositivo em si é um bisturi conectado a uma placa de circuito carregada por sensor e instalada dentro da alça. E os pesquisadores criaram um modelo de aprendizado de máquina que faz a análise dos dados capturados conforme a força vai sendo aplicada por quem está manuseando o bisturi. Por mais que a quantidade de força aplicada seja algo importante na cirurgia, poucas ferramentas conseguiam medi-la em situações da vida real.

Para fazer o teste dessa nova tecnologia, os pesquisadores usaram 12 estudantes de medicina e dois cirurgiões enquanto eles faziam uma incisão elíptica. Ela nada mais é do que dois cortes curvos na pele que são usados para tirar pintas e lesões cutâneas, como por exemplo, o melanoma.

Para os testes, foram usados um material sintético à base de gelatina e silicone que imita as propriedades da pele humana. Então, foram comparadas as análises dos dados com avaliações a olho nu que quatro especialistas em cirurgia fizeram. Com isso, algumas diferenças surgiram nos resultados. Isso porque os neurocientistas e cirurgiões plásticos têm técnicas diferentes para manipular tanto os instrumentos como os tecidos.

“Estamos entusiasmados em desenvolver este novo sistema, que usa uma combinação de tecnologia de detecção da vida real e métodos de aprendizado de máquina para avaliar quantitativamente a habilidade cirúrgica. Esse sistema permitirá o desenvolvimento de novos sistemas para avaliação e treinamento de habilidades, e poderá um dia levar à criação de dispositivos cirúrgicos automatizados que podem auxiliar as equipes cirúrgicas”, concluiu Ram Ramamoorthy, professor da Universidade de Edimburgo.

Fonte: Canaltech, Olhar digital

Imagens: YouTube, Olhar digital

Qual a velocidade de pouso e decolagem dos aviões e o que as afeta?

Artigo anterior

O universo está em um buraco negro? De acordo com físicos, sim

Próximo artigo