Inovação

Robôs inspirados em caracóis usam colaboração para conquistar terrenos difíceis

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Um grupo de pesquisadores uniu biomimética e robótica para desenvolver robôs caracóis. Exatamente isso que você leu, equipamentos que imitam caracóis ciborgues.

Eles serão capazes de explorar terrenos diversos e colaborar para superar obstáculos de reconhecimento.

Inspirados na locomoção dos caracóis, esses robôs possuem dois modos distintos que lhes permitem navegar de forma independente ou como um enxame coordenado.

O design desses robôs, concebido por pesquisadores da Universidade Chinesa de Hong Kong e detalhado em uma publicação da revista Nature Communications, reflete as características e habilidades de seus equivalentes biológicos.

Os caracóis terrestres possuem um pé singular que lhes confere a notável capacidade de explorar paisagens desafiadoras e escalar superfícies verticais. Aproveitando essa base biológica, a equipe de pesquisa desenvolveu um enxame robótico equipado com habilidades locomotoras versáteis.

O coração deste avanço tecnológico é um sistema de fixação de duplo modo, inspirado na adesão de muco e na força de sucção utilizada por caracóis reais. No “modo livre”, os robôs usam trilhas de borracha leve para explorar terrenos de forma independente.

No entanto, ao enfrentarem obstáculos mais desafiadores, os robôs caracóis fazem uma transição suave para o “modo forte”, empregando um mecanismo de sucção a vácuo para se unirem uns aos outros.

Essa abordagem colaborativa permite que os robôs superem até mesmo os terrenos mais difíceis, aproveitando a força combinada do enxame.

Via Olhar Digital

Robôs caracóis diferentes

Diferentemente da abordagem tradicional da robótica de enxame, que muitas vezes se baseia em conexões de ponto único, os robôs caracóis apresentam uma capacidade única de formar múltiplas conexões, imitando o comportamento colaborativo observado na natureza.

Esta característica fundamental abre um leque de possibilidades na interação e na capacidade de trabalho em equipe desses sistemas robóticos.

A adesão magnética é uma peça-chave nesse quebra-cabeça de conectividade, facilitando a formação e a manutenção das conexões entre os robôs.

Ao mesmo tempo, o uso de ventosas a vácuo garante uma ligação segura entre eles, assegurando que o enxame funcione como uma unidade coesa, capaz de enfrentar desafios complexos e dinâmicos.

Essa combinação de tecnologias permite que os robôs caracóis ajam não apenas como entidades individuais, mas também como um sistema integrado e colaborativo. Assim, poderão se adaptar rapidamente às mudanças no ambiente e trabalhar de forma coordenada para atingir objetivos comuns.

Importância

As implicações desses avanços são significativas e abrangentes. Desde missões de busca e resgate em ambientes perigosos, nos quais a capacidade de trabalhar em conjunto e de se adaptar a condições variáveis é essencial, até o monitoramento ambiental em regiões remotas ou de difícil acesso, onde a mobilidade e a versatilidade dos robôs caracóis podem ser aproveitadas ao máximo.

Além disso, a flexibilidade desses sistemas robóticos abre caminho para uma ampla gama de outras aplicações.

Por exemplo, inspeção de infraestrutura, operações de manutenção em ambientes industriais complexos e até mesmo exploração espacial.

Em última análise, os robôs caracóis representam uma ferramenta inovadora e altamente adaptável, com potencial para revolucionar diversos campos da robótica e da engenharia, oferecendo oportunidades sem precedentes para exploração e intervenção em ambientes desafiadores.

Via Freepik

Essa inovação de montar robôs inspirados nas características animais vem se tornando popular nos últimos anos.

Por exemplo, exércitos estão usando equipamentos que imitam baratas para explorar a região e captar informações. Além disso, elas ajudarão no resgate de reféns.

O tamanho, agilidade e resistência desses animais, assim como os robôs caracóis, os tornam modelos ideais para novas tecnologias. Dessa forma, nós, humanos, passamos a imitar a natureza em nossas criações.

Isso mostra como ainda temos muito para aprender e colocar em prática vindo da vida selvagem, que traz elementos únicos de sobrevivência e atividade.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Freepik, Olhar Digital

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