Ciência e Tecnologia

Robôs submarinos fizeram uma descoberta aterrorizante no Golfo de Omã

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Golfo de Omã é um estreito que liga o Golfo Pérsico ao mar Arábico. Para ter uma noção ainda maior sobre sua localização geográfica, na costa norte é possível encontrar o Irã e com parte da costa oeste, ficam os Emirados Árabes Unidos. Possui uma área de 181 mil quilômetros quadrados… E apenas para que você tenha ideia, é muitas vezes maior que a Escócia, que possui aproximadamente 80. 077 quilômetros quadrados.

Mas para qual finalidade serve tal comparação? Simples. Robôs submarinos encontraram um segredo mortal no Golfo de Omã. Algo que supera as extensões territoriais até mesmo de um país. Estes robôs foram desenvolvidos para monitorar a saúde dos mares, que são vistos como fonte vital para a vida submarina, bem como para a economia de grandes comunidades e nações. Infelizmente, eles acabaram encontrando algo que realmente preocupada toda a comunidade científica.

Maior zona morta oceânica do mundo

Após análises realizadas no golfo em questão, cientistas concluíram que o local sofre com escassez de oxigênio. Consequentemente, descobriram que por aquelas águas, também pode ser encontrada a zona morta mais densa de todo o mundo, que cobre uma área bem maior que a o tamanho da Escócia, como mencionado anteriormente. O pior é que as dimensões de tal zona estão apenas se ampliando, uma vez que a mudança climática e o escoamento de terra potencializam os riscos para a vida marinha na região.

Segundo o Dr. Bastien Queste, líder da pesquisa publicada na Geophysical Research LetterNossa pesquisa mostra que a situação é realmente pior que o temido – e que a área de zona morta é vasta e crescente. O oceano está sufocando“. Ainda acrescenta: “É claro que todos os peixes, plantas marinhas e outros animais precisam de oxigênio, então eles não podem sobreviver lá. É um problema ambiental real. Representam consequências terríveis também para os seres humanos que dependem dos oceanos para alimentação e emprego“.

A falta de oxigênio nos mares arábicos não é uma novidade para os cientistas. No entanto, o que se descobriu no Golfo de Omã foi surpreendente… Os níveis estavam muito abaixo do que era esperado. Também já esperavam que houvesse uma zona morta na região, mas até então não haviam tido a oportunidade de estudá-la mais a fundo. Questões geopolíticas, aliadas à pirataria no local, impediram por mais de 50 anos que as pesquisas tivessem continuidade.

Novos recursos

Devido a esses problemas que duraram por décadas, cientistas da Universidade de East Anglia e da Universidade Sultan Qaboos de Omã implantaram os robôs submarinos. Conhecidos como Seagliders, foram projetados para trabalhar de forma autônoma. Durante 8 meses, eles navegaram a profundidades que alcançavam os mil metros, e enviavam as informações colhidas para satélites. Tal processo possibilitou que os pesquisadores obtivessem uma imagem mais detalhada sobre os níveis de oxigênio na região.

O problema não se concentra apenas para os animais que vivem, ou viviam, por ali. Mas também se reflete de forma indireta, sobre outros nutrientes vitais presentes nos oceanos. Por exemplo, os pesquisadores ponderam que se o oxigênio está ausente, os níveis de nitrogênio que se movem em meio às águas também sofrem alterações. Diversos são os efeitos negativos, mas  o pior deles é que tudo isso pode levar a uma maior produção de óxido nitroso… Composto químico que é, aproximadamente, 300 vezes mais potente do que o dióxido de carbono.

Preocupados com a situação, cientistas fizeram simulações computadorizadas. Infelizmente, elas apenas comprovam o que já era esperado. Estima-se que o oxigênio seja ainda mais reduzido, e que as zonas mortas já tenham se expandido significativamente para o próximo século.

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