Política

Rússia alcança sucesso tático e Ucrânia está sofrendo perdas inaceitáveis, diz relatório recente

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De acordo com a revista Newsweek, citando informações do centro analítico britânico Royal United Services Institute (RUSI), as Forças Armadas da Ucrânia enfrentam desafios significativos.

Elas estão sofrendo grandes perdas de equipamento, enquanto o treinamento ocidental não está alinhado com o tipo de operações de combate nas quais estão envolvidas.

Em um relatório recente, o RUSI avaliou as dificuldades que a Ucrânia está enfrentando no quarto mês de sua contraofensiva.

Via UOL

Segundo o relatório, as tentativas de avanço rápido resultaram em uma “taxa insustentável de perda de equipamento”, embora a concepção dos veículos de combate tenha ajudado a minimizar as perdas humanas.

O relatório enfatiza a importância da capacidade de recuperação, reparo e manutenção das frotas de equipamentos móveis ucranianas.

Além disso, os analistas observam que o avanço das tropas ucranianas é muito lento, avançando apenas de 640 a 1.000 metros a cada cinco dias, o que permite que as forças russas se reposicionem.

Eles também destacam a expansão dos campos minados russos, o uso de sistemas de guerra eletrônica e maior precisão em seu poder de fogo.

Recomendações

Os analistas recomendam que as Forças Armadas da Ucrânia estudem tecnologias para detecção de minas e enfatizam a importância da formação do pessoal.

No entanto, eles argumentam que o treinamento deve ser adaptado à estrutura ucraniana, em vez de seguir métodos da OTAN que são projetados para forças com configurações diferentes.

Soldados ucranianos treinados de acordo com as normas da OTAN relataram dificuldades ao enfrentar tropas russas mais bem equipadas, observando que os oficiais da OTAN muitas vezes não compreendiam a realidade no terreno.

Os analistas do RUSI também apontam que o treinamento da OTAN se concentra principalmente na guerra urbana, deixando de lado outras capacidades críticas, como a expulsão do inimigo das trincheiras, reunião de equipes de roubo e coordenação de campanhas com suporte para drones e artilharia.

Portanto, as conclusões dos especialistas sugerem que o Ocidente deve apoiar a Ucrânia na produção adequada de munição e peças de reposição para garantir uma vantagem no poder de fogo.

Como começou a guerra?

A Rússia e a Ucrânia têm raízes culturais compartilhadas, começando com a Rússia de Kiev, uma confederação de tribos eslavas medievais no leste europeu.

No entanto, após séculos de separação, foram unificadas pelo Império Russo entre os séculos 16 e 18. Com o colapso da União Soviética em 1991, a Ucrânia finalmente conquistou sua independência, optando por se tornar um estado soberano em um referendo onde 90% dos ucranianos votaram pela independência.

Contudo, as relações entre os dois países se complicaram significativamente nas décadas seguintes.

Nos anos subsequentes à independência, as Forças Armadas da Ucrânia buscaram uma aproximação com o Ocidente, inspirada pelo sucesso de nações vizinhas que ingressaram na União Europeia.

Isso culminou em protestos massivos em 2013, levando à queda do governo de Víktor Yanukóvytch e à ascensão de um governo pró-ocidental.

Entretanto, a região da Crimeia testemunhou uma anexação polêmica pela Rússia, enquanto o leste da Ucrânia, especialmente Donbass, viu conflitos violentos alimentados por grupos separatistas apoiados pela Rússia.

Esses eventos culminaram na invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, resultando em sanções internacionais como resposta à agressão russa.

Via Sputnik News

Forças Armadas da Ucrânia em desvantagem

Embora tenha o apoio da OTAN, as Forças Armadas da Ucrânia enfrentam desvantagens em poderio militar. Nesse sentido, apenas grandes potências, como Estados Unidos, conseguiriam somar soluções que enfrentem a Rússia.

Além disso, os países não querem assumir uma posição bélica ainda, temendo prolongar a guerra ou trazer prejuízos para o resto do mundo. Por isso, todos se atentam para os próximos passos, mas na posição para impedir a Rússia de dizimar as Forças Armadas da Ucrânia.

 

Fonte: Sputnik News

Imagens: Sputnik News, UOL

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