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Se perder, só daqui 400 anos: como ver cometa brilhante a partir de hoje

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O cometa Nishimura, que foi identificado inicialmente por um astrônomo amador japonês no início de agosto, está prestes a fazer uma aproximação da Terra nesta terça-feira, dia 12, oferecendo uma oportunidade de observação única.

A melhor chance para observá-lo a olho nu ocorrerá no próximo domingo, dia 17, quando estará mais próximo do Sol, estando a uma distância precisa de 33 milhões de quilômetros.

Para visualizar o cometa, você poderá observar a sua característica cauda. Quando se aproxima da Terra, o núcleo congelado do cometa emite gases e poeira que refletem a luz solar. No caso do cometa Nishimura, essa trilha é de coloração verde devido à sua composição.

A melhor hora para observar é antes do amanhecer, quando será mais fácil vê-lo a olho nu ou, idealmente, com a ajuda de binóculos. Certifique-se de que o céu esteja claro, sem nuvens.

A escolha de um local elevado e afastado de luzes artificiais facilitará a visualização. Além disso, os especialistas também recomendam que a observação será mais favorável para aqueles no Hemisfério Norte.

Entretanto isso, aplicativos como Star Walk 2 ou Sky Tonight podem ajudar a determinar sua posição exata em diferentes regiões.

Lembre-se de ser rápido, já que no dia 17 ele estará notavelmente brilhante devido à sua proximidade com o Sol. No entanto, devido a essa proximidade, a janela de observação será breve.

Via UOL

Sobre o cometa Nishimura

Quanto ao cometa em si, ele é um corpo pequeno composto por rocha e gelo, exibindo uma cauda de coloração verde devido à predominância de gases em sua composição. Seu tamanho exato permanece desconhecido.

Sua primeira detecção ocorreu em 11 de agosto de 2023, pelo astrônomo amador japonês Hideo Nishimura, e o cometa foi nomeado em homenagem a ele, recebendo o nome científico de C/2023 P1.

Sua última passagem próxima ao Sol ocorreu há 437 anos, de acordo com o pesquisador Nicolas Biver, do Centro Nacional de Pesquisa Científica do Observatório de Paris.

Caso sobreviva a essa passagem pelo Sol, o cometa poderá ser observado novamente no ano de 2457. Por isso, não perca a chance de ver esse evento astrológico raro.

O que é um cometa?

Se você quer acompanhar o cometa Nishimura, mas não conhece muito sobre corpos celestes, vale conferir algumas informações básicas antes.

Um cometa é um corpo celeste composto principalmente de gelo, poeira e pequenos fragmentos rochosos que orbitam o Sol em uma trajetória elíptica ou alongada.

Os cometas frequentemente recebem o nome de “bolas de neve sujas” devido à sua composição gelada e poeirenta.

Seu núcleo é a parte sólida central e compacta, formado principalmente por gelo de água, dióxido de carbono, metano, amônia e poeira. O tamanho do núcleo varia de alguns quilômetros a algumas dezenas de quilômetros de diâmetro.

Quando um cometa se aproxima do Sol, o calor faz com que o gelo do núcleo se sublima, transformando-se diretamente em gás.

Isso cria uma nuvem difusa de gás e poeira ao redor do núcleo, chamada de “coma”. A coma pode se estender por milhares de quilômetros de diâmetro.

Via UOL

Assim, à medida que o cometa se move através do espaço e interage com o vento solar e a radiação solar, a poeira e os gases da coma são empurrados para longe do Sol, criando duas caudas distintas.

A primeira é uma cauda de poeira, que é geralmente amarela e mais curta, e a outra, uma cauda de íons, que é azul e pode ser muito longa. As caudas apontam sempre na direção oposta ao Sol.

Os cometas têm órbitas elípticas ou alongadas que os levam a se aproximar do Sol a intervalos irregulares.

Alguns cometas são “de curto período”, o que significa que retornam em órbitas relativamente curtas (dezenas a centenas de anos), enquanto outros são “de longo período” e podem levar milhares de anos para completar uma órbita.

Por isso, não perca sua chance no próximo domingo, dia 17, de conferir o cometa Nishimura cruzando o céu.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, UOL

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