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Muitas pessoas acabam tendo rinite ou incômodos nasais em contato com bichinhos, mas será que os pets também podem ter alergia a humanos?
Os diferentes tipos de alergia são bastante comuns entre os seres humanos, e a convivência com animais como cães e gatos pode desencadear sintomas desagradáveis como espirros, coceira e congestão nasal.
No entanto, uma questão curiosa que pode ter passado pela cabeça de muitos proprietários de animais de estimação é: será que nossos companheiros peludos também podem ser alérgicos a nós?
De acordo com a Dra. Heather Edginton, professora assistente de dermatologia na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Cornell, a resposta é surpreendente: sim, eles podem!
Alergias em pets
Via Freepik
Assim como os seres humanos, nossos amigos de quatro patas podem ser afetados por diversos tipos de alergias.
As três principais categorias que desencadeiam essas reações em cães e gatos geralmente incluem pulgas, alimentos e ambiente.
Uma alergia a humanos seria classificada na categoria de ambiente e, felizmente, geralmente se apresenta de forma leve, raramente sendo perigosa ou representando um risco à vida.
Dessa forma, mesmo que seu pet tenha uma condição adversa a você ou à sua casa, ela não será forte como o que costumamos ver em algumas pessoas. Também não é necessário buscar medicamentos caso os sinais sejam mínimos.
As formas mais graves, como o choque anafilático, costumam ser desencadeadas por alimentos ou picadas de abelha. Nesse caso, a procura por um veterinário é urgente!
Como saber se um bichinho é alérgico a humanos?
Os sintomas de uma reação de hipersensibilidade ou alergia a humanos em cães e gatos se assemelham aos de alguém alérgico a animais de estimação.
O animalzinho provavelmente apresentará crises de coceira, mesmo com a pele mantendo uma aparência saudável. Essa condição é conhecida como dermatite atópica ou eczema.
Em felinos e caninos, o eczema pode ser desencadeado pela caspa humana, que inclui células mortas da pele e dos cabelos. Os animais que são alérgicos a isso e compartilham espaços internos com pessoas encontrarão esses alérgenos em todos os lugares, incluindo tapetes, camas e sofás.
Surpreendentemente, essa situação é mais comum do que se imagina. Conforme especialistas, quando realizam testes de alergia, descobrem que eles frequentemente são alérgicos a 12 ou mais substâncias ao mesmo tempo, sendo os humanos geralmente apenas uma delas.
Alguns outros fatores ambientais incluem poeira, pólen e esporos de mofo. Curiosamente, são comuns para as pessoas, de modo que um cômodo desconfortável para um humano também pode afetar o animalzinho.
Tratamentos disponíveis
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Se você acredita que o seu pet está com sintomas de alergia, não precisa se preocupar, pois existem alternativas que proporcionam maior qualidade de vida a eles.
Existem diversas opções de tratamento para animais alérgicos a humanos, desde medicamentos até mudanças mais pontuais. Contudo, vale reforçar que essas indicações devem ser selecionadas por um veterinário de confiança do tutor.
Além disso, procure evitar o autodiagnóstico. Se identificar alguma mudança ou comportamento suspeito no seu pet, procure um profissional antes de ministrar qualquer remédio.
Enquanto isso, no caso de respostas afirmativas, existem opções disponíveis. Uma delas envolve a administração de anti-histamínicos preventivos, geralmente em forma de pílula, exigindo doses diárias para evitar sintomas.
Entretanto, é importante destacar que esses medicamentos são eficazes apenas em cerca de 30% dos casos.
Remédios
Enquanto isso, o uso de esteroides orais, como a prednisona, pode ser uma abordagem mais eficaz para lidar com surtos alérgicos agudos. Ao contrário do uso humano, a quantidade e administração depende do tipo de animal, e o veterinário irá passar um remédio apropriado.
Uma terceira alternativa é a imunoterapia específica para alérgenos, também conhecida como injeções de alergia, que consiste na administração de quantidades controladas de alérgenos para reduzir a reação de hipersensibilidade por meio da exposição.
Esta técnica é eficaz em aproximadamente 60% dos casos em cães e em até 78% dos casos em gatos.
Dessa forma, o animalzinho terá sua alergia a humanos reduzida a quase zero, sem vivenciar mais sintomas ou incômodos.
Contudo, um ponto importante a ser considerado é que, assim como ocorre em humanos, as alergias em animais podem ser tratadas, mas não curadas.
No caso, como afirma o especialista, a terapia é contínua. Uma vez que o tutor interrompe as consultas, as alergias tendem a retornar a longo prazo. Por isso, garante o bem-estar do seu pet com visitas frequentes e acompanhamento periódico.
Fonte: Mega Curioso
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