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Site une migrantes e refugiados e pessoas dispostas a compartilhar suas casas

Refugiados
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De acordo com o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), pelo menos 89,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram forçadas a deixar suas casas. Entre esse número chocante, quase 27,1 milhões são refugiados, cerca de metade dos quais têm menos de 18 anos.

Estar nessa posição, seja em busca de melhores condições de vida ou fugindo de conflito, coloca as pessoa em situação de extrema vulnerabilidade. Portanto, não é incomum encontrar imagens dos migrantes em desespero. Nesse contexto, felizmente, existem aqueles que se dispõem a ajudar os refugiados, como a equipe do projeto alemão Refugees Welcome.

Sendo assim, o projeto é uma espécie de Airbnb dos refugiados. Isso porque tem como objetivo conectar imigrantes a alemães dispostos a oferecer abrigo a essas pessoas. Até o momento, mais de 700 pessoas se disponibilizaram a receber refugiados. Já 26 deles, entre afegãos, nigerianos e sírios, estão abrigados em moradias alemãs.

Os desenvolvedores ficaram surpresos com a chegada de mensagens de pessoas de várias partes da Europa, querendo ajudar os refugiados. Portanto, a expansão do projeto é uma possibilidade.

Um dos anfitriões é o professor Johann Schmidt, que abriu as portas de seu apartamento para um iraquiano desde novembro de 2014. “Azad me conta sobre seu país o tempo todo e consegue explicar o contexto da situação em seu país usando termos simples. Eu já aprendi um bocado com ele e gosto muito de ouvir suas histórias“, contou em entrevista ao The Guardian. Assim, o pagamento da hospedagem é feito com doações para o site e também para centros de atendimento aos refugiados.

refugiados

Reprodução/Refugees Welcome

França oferece auxílio a quem abrigar refugiados da Ucrânia

A França deve oferecer apoio financeiro para pessoas que têm refugiados ucranianos vivendo em suas casas, segundo a primeira-ministra. Élisabeth Borne disse que a ajuda será enviada “a partir do final de novembro”, a todas as famílias que acolheram um total de mais de 100 mil refugiados ucranianos (incluindo 19 mil crianças em idade escolar).

Assim, a Sra. Borne confirmou a notícia em 3 de outubro, falando à Assemblée nationale enquanto introduzia um debate parlamentar sobre a situação na Ucrânia e suas repercussões na França.

Ela disse: “Quero prestar homenagem e agradecer a todas as autoridades locais que estão trabalhando para organizar a solidariedade e permitir que os refugiados ucranianos sejam acolhidos e educados. O seu empenho é precioso e decisivo”.

“Estou pensando em todos os nossos concidadãos que se comprometeram. Devemos apoiá-los e posso confirmar que, a partir do final de novembro, será fornecida ajuda aos nossos compatriotas que hospedam deslocados ucranianos em suas casas”.

A primeira-ministra também elogiou o acolhimento dos refugiados na França, dizendo que foi feito “de forma rápida e eficaz, com dignidade”. A Sra. Borne não mencionou o valor exato que seria dado.

No entanto, no início de julho, o prefeito Joseph Zimet, que lidera o grupo interministerial sobre o plano de refugiados ucranianos na França, disse que poderia ser “cerca de € 150-200 por mês durante vários meses” para que esse “acolhimento não colapsasse”.

Ele disse: “Ter uma família ucraniana em sua casa por vários meses envolve custos financeiros, o que pode trazer uma espécie de cansaço”.

União Europeia deve resposta

No ano passado, a UE organizou um fórum sem precedentes sobre reassentamento de refugiados – reunindo países da UE, Canadá, EUA e organizações da sociedade civil – com o objetivo de reviver essa ferramenta vital de proteção de refugiados. Agora, membros têm até sexta-feira (7) para se manifestar sobre os planos de acolhimento.

“Quero que mais pessoas venham com segurança para a Europa, para que menos pessoas arrisquem suas vidas”, disse a comissária da UE, Ylva Johansson, aos participantes. “Se mostrarmos liderança e ambição, tenho certeza de que muitos mais seguirão nosso exemplo”.

Desse modo, as palavras de Johansson foram um lembrete bem-vindo de que a UE pode e deve dar o exemplo na proteção dos refugiados. Mas, de forma preocupante, os compromissos assumidos pelos líderes da UE no fórum não se traduziram em ação.

Prevê-se que um recorde de 2 milhões de refugiados precise de reassentamento em 2023 – um aumento dramático de 36% em relação ao ano passado – mas os esforços globais para apoiá-los continuam caindo em níveis recordes.

Em 2021, apenas 40.000 refugiados foram reassentados globalmente. Destes, apenas 15.660 chegaram aos países da UE, respondendo por pouco mais de um por cento das necessidades globais.

Nesse ritmo, a UE levaria mais de 60 anos para atender apenas metade das necessidades de reassentamento atuais. Este ano, apesar de as restrições de viagem relacionadas ao Covid terem sido amplamente suspensas, os esforços da UE permanecem no fundo do poço.

Dos mais de 20.000 locais de reassentamento prometidos pelos países da UE para este ano, apenas 7.240 pessoas chegaram por essa rota até julho. Agora parece extremamente improvável que essas promessas sejam cumpridas a tempo, deixando milhares de refugiados desnecessariamente presos no limbo.

Fonte: Hypeness

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