Ciência e Tecnologia

Sonda que vai tentar pousar na Lua envia as primeiras imagens da Terra após o lançamento

0

A empresa Intuitive Machines divulgou as primeiras imagens captadas pela missão IM-1. O objetivo é realizar o pouso suave da nave Nova-C, com sua característica forma hexagonal apelidada de “Odysseus”, na Lua.

Essas imagens foram registradas logo após a separação da espaçonave do segundo estágio do foguete Falcon 9, da SpaceX. A empresa ficou responsável pelo lançamento com destino ao satélite natural da Terra.

A Intuitive Machines, encarregada da missão “IM-1”, almeja se torna a primeira entidade não governamental a concretizar um pouso lunar suave. Também será pioneira ao posicionar na superfície lunar o primeiro robô americano desde as missões Apollo, que aconteceu há mais de cinco décadas.

O módulo de alunissagem está equipado com um novo tipo de propulsor, utilizando metano líquido e oxigênio super-resfriado. Ele proporciona a potência necessária para alcançar rapidamente seu destino, minimizando a exposição prolongada à alta radiação na região ao redor da Terra conhecida como cinturão de Van Allen.

Trent Martin, vice-presidente de sistemas especiais da Intuitive Machines, declarou à imprensa que a “oportunidade de os Estados Unidos retornarem à Lua pela primeira vez desde 1972 é uma conquista de engenharia que demanda um genuíno espírito exploratório”.

Via Globo

Investimento privado

A NASA desembolsou US$ 118 milhões, cerca de R$ 586 milhões, para a Intuitive Machines transportar equipamentos científicos até o satélite natural, visando aprimorar a compreensão e mitigar os riscos ambientais para os astronautas de maneira mais eficiente.

Além disso, a nave também carrega um arquivo digital do conhecimento humano e 125 pequenas esculturas da Lua, criadas pelo artista Jeff Koons.

Após o pouso, está previsto que as cargas operem por sete dias, até o início da noite lunar no polo sul. Esse será o momento em que o Odysseus ficará inativo.

A missão IM-1 faz parte de uma iniciativa da NASA para terceirizar serviços de carga ao setor privado, visando reduzir custos e estimular uma economia lunar mais abrangente.

A primeira iniciativa desse tipo, conduzida pela empresa Astrobotic, foi lançada em janeiro, porém, a nave Peregrine enfrentou um vazamento de combustível, resultando na necessidade de destruir deliberadamente seu módulo de pouso em pleno voo.

Dessa forma, ter sucesso na missão IM-1 seria significativo para o cenário das empresas privadas na corrida espacial. Grandes corporações enxergam nessa tentativa a possibilidade de entrarem nesse mercado.

Enquanto isso, órgãos públicos e agência espaciais poderiam aproveitar o investimento massivo e conquistar novos espaços de exploração, como a simulação para Marte, por exemplo.

Via Globo

Importância da missão IM-1

Por outro lado, realizar um pouso suave representa um desafio significativo devido a uma série de obstáculos, como por exemplo, a necessidade de navegar em terreno instável, enfrentar atrasos na comunicação com a Terra de vários segundos e usar propulsores sem contar com uma atmosfera que permita o uso de paraquedas.

Até o momento, apenas cinco países alcançaram esse feito. A União Soviética foi a primeira nação a conseguir isso. Em seguida estão os Estados Unidos, que permanecem como o único país a ter enviado pessoas à superfície lunar.

A China realizou essa conquista três vezes desde 2013, enquanto a Índia alcançou o feito em 2023 e o Japão em fevereiro do ano passado, embora o módulo japonês tenha enfrentado dificuldades para permanecer operacional.

Via Globo

Desse modo, os Estados Unidos também enxergam na missão IM-1 a chance de sair na frente na nova corrida espacial vivenciada globalmente. Após 50 anos e um foguete com lançamento mal-sucedido, a hegemonia da Nasa está ameaçada.

Além disso, outros países do oriente estão conquistando espaço e mídia com tecnologias avançadas de exploração. O pouso na Lua e o compartilhamento de informações exclusivas será um diferencial para a agência norte-americana e o cumprimento de outros objetivos.

Se obtiver sucesso, a Nasa estará um passo mais próxima de realizar sua missão em Marte, marcada para começar em 2025, com investimento público e privado.

 

Fonte: Globo

Imagens: Globo, Globo, Globo

Cientistas detectam o buraco negro mais brilhante e ‘faminto’ já visto

Artigo anterior

Faxineiros encontram dois exemplares do “Primeiro computador desktop”

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido