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Você gosta de usar canela em pó? A Anvisa tomou uma decisão polêmica com uma marca bastante conhecida no mercado!
Este item doméstico popular, aparentemente inofensivo, levantou preocupações devido aos potenciais efeitos na saúde.
Por isso, a Vigilância Sanitária de Santa Catarina informou que o órgão suspendeu a distribuição e venda do lote 386-26 de Canela em Pó, da marca Kodilar, com validade até 05/10/2024.
A decisão ocorreu após identificar fragmentos de pelos de roedor e insetos. A comercialização desse lote foi interrompida em todo o país.
Essa proibição foi baseada nos resultados do laudo de análise conclusiva nº 830.1P.0/2023, emitido pela Fundação Ezequiel Dias, Laboratório Central de Minas Gerais.
Não existem mais informações sobre o caso até o momento, mas o produto era popular nas vendas, e muitas pessoas adquiriram canela em pó contaminada.
Via PxHere
Como é feita a canela em pó?
A canela em pó é feita a partir da casca interna da árvore conhecida como caneleira, em um processo que envolve várias etapas, especialmente no segmento industrial.
Inicialmente, o cultivo das árvores acontece principalmente em regiões tropicais. Felizmente, o Brasil tem um solo propício, mas ela também é comum em locais como Indonésia, China e Índia.
A casca interna é retirada das árvores durante a estação seca, quando ela é mais fácil de sair. Em seguida, ocorre a retirada dos ramos e galhos, deixando para secar no sol por alguns dias.
Durante esse processo, ela encolhe e fica mais escura. No entanto, a secagem é crucial para preservar e concentrar os óleos essenciais presentes na casca.
Após a secagem, enrola-se a casca em bastões ou tubos de canela. Estes bastões também viram produtos, na forma de canela em pau, e servem para infusões, cozidos e sobremesas.
Enquanto isso, para fazer canela em pó, é preciso moer os bastões de canela. Geralmente, ocorre em moedores elétricos com programação para o tempo necessário. Em seguida, penera-se e embala para vender.
Quando ocorre a contaminação?
No caso da canela em pó da marca Kodilar, com vestígios de pelos e outras partes de animais, a contaminação pode acontecer em alguma fase do processo de produção.
Elementos mais finos, como resíduos ou químicos, podem vir na colheita se não existir a precaução e higienização adequada dos produtos. Em seguida, passa para a casca que, quando moída, gera um pó pouco adequado para consumo.
Além disso, durante o processamento das cascas de canela, como a remoção da casca externa, secagem e moagem, existe um potencial para contaminação se as instalações não forem limpas e protegidas.
Animais, especialmente pequenos roedores, podem se atrair pelo cheiro e conseguir entrar nas indústrias que não seguem os padrões de vedação, por exemplo.
Ainda, após a moagem, é preciso armazenar o pó de canela antes da embalagem final. Se o armazenamento não estiver condições ideais, como temperatura e umidade controladas, pode ocorrer contaminação por fungos, bactérias e até mesmo pragas.
Em outros momentos, como durante o transporte ou na embalagem antes de seguir para a distribuição, também existe a possibilidade de contaminação desse produto.
Não existem detalhes sobre o que aconteceu com esse lote da canela em pó da Kodilar, mas o consumo coloca a vida dos compradores em risco.
Agora, a Anvisa irá averiguar a indústria, os demais lotes e todo o processo da marca, para garantir a liberação.
Via Flickr
Regras rigorosas
Além disso, é fundamental que o risco de contaminação em qualquer produto desse tipo de fabricação seja próximo de zero. Por isso, existem práticas rigorosas de higiene e monitoramento da segurança alimentar em todas as etapas.
Isso inclui o uso de instalações limpas e sanitizadas, controle de qualidade regular, treinamento adequado dos trabalhadores e conformidade com regulamentos de segurança alimentar e boas práticas de fabricação.
Além disso, é importante realizar testes regulares para detectar contaminação microbiológica e química, garantindo a segurança e a qualidade do produto final.
Se a Kodilar não estiver em conformidade com esses e outros pontos, pode sofrer penalidades mais graves que apenas a retirada do produto. A Anvisa e outros órgãos podem aplicar multas, suspensões e até mesmo retirar provisoriamente a licença de produção.
Fonte: TV Foco
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