Ciência e Tecnologia

Superfície do Sol apresenta “buraco” 20 vezes maior que a Terra

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Um buraco coronal imenso foi recentemente observado na superfície do Sol. Ele é de 18 a 20 vezes maior do que a Terra e provavelmente irá liberar partículas eletricamente carregadas viajando a uma velocidade de 2,9 milhões de quilômetros por hora em direção à Terra.

Essas partículas são esperadas para alcançar o nosso planeta na sexta-feira, dia 31. Esse fenômeno ocorreu logo após a descoberta de outro buraco coronal que tinha 30 vezes o tamanho da Terra, que se afastou do nosso campo de visão e revelou o novo buraco gigantesco.

De acordo com Mathew Owens, professor de física espacial na Universidade de Reading, o novo buraco está localizado no equador solar.

Via Yahoo

Isso indica que é provável que ocorra um vento solar rápido chegando à Terra em alguns dias, após girar para longe do meridiano central.

Esse evento é preocupante porque essas partículas podem afetar a infraestrutura de tecnologia, como satélites, redes elétricas e sistemas de navegação.

Portanto, os cientistas estão monitorando cuidadosamente a atividade solar e se preparando para possíveis interrupções em nossa tecnologia, além de estudar esses eventos para entender melhor como eles afetam nosso planeta.

Previsão de chegada

Segundo Daniel Verscharen, professor associado de física climática e espacial no Colégio Universitário de Londres, as partículas liberadas pelo enorme buraco coronal recém-identificado devem chegar à Terra ainda nesta semana.

Ele estima que o vento solar do buraco coronal chegue ao nosso planeta na noite de sexta-feira e manhã de sábado.

No entanto, os especialistas afirmam que essas partículas não devem causar tempestades geomagnéticas intensas e nem auroras tão brilhantes quanto as observadas na última semana.

De acordo com Mathew Owens, professor de física espacial na Universidade de Reading, é pouco provável que o buraco coronal cause agitação demais, a menos que aconteça ao mesmo tempo alguma ejeção de massa coronal direcionada à Terra.

Apesar disso, os cientistas estão monitorando a atividade solar de perto e se preparando para possíveis interrupções em nossa tecnologia. Especialmente porque as partículas liberadas pelo buraco podem afetar satélites, redes elétricas e sistemas de navegação.

O que é um buraco coronal?

Via Globo

O buraco coronal é uma formação solar que surge dos campos magnéticos do Sol. A esfera de plasma que compõe o Sol cria campos magnéticos turbulentos que se chocam, fundem-se e mudam de intensidade.

Em algumas ocasiões, esses campos são expelidos para o espaço, formando buracos coronais. Esses buracos facilitam a saída do vento solar, que viaja a velocidades superiores a 800 km/s.

Eles são normalmente menos densos e mais frios que o plasma circundante, aparecendo na superfície solar como manchas escuras. Por isso, é possível visualizá-los mesmo da Terra, com equipamentos corretos.

Embora os buracos coronais possam aparecer em qualquer lugar e a qualquer momento na superfície solar, eles são mais comuns e duráveis durante o período próximo ao mínimo solar.

Via CanalTech

O período de menor atividade do Sol durante o ciclo solar de 11 anos. Os buracos coronais mais persistentes podem durar mais de 20 dias.

Esses eventos solares podem afetar a Terra, especialmente durante a atividade solar intensa, quando os buracos coronais podem produzir partículas eletricamente carregadas que afetam as redes elétricas, os satélites e os sistemas de navegação.

Portanto, a monitorização da atividade solar e dos buracos coronais é importante para garantir a segurança e estabilidade de nossos sistemas tecnológicos.

Por isso, cientistas acompanham as atualizações via equipamentos, prevendo quando as rajadas chegaram nos radares terrestres. Embora não existam preocupações significativas quanto a esse fenômeno espacial, é algo que profissionais monitoram. Assim, poderão entender melhor sobre nosso Sol e como ele se comporta.

 

Fonte: Terra

Imagens: Yahoo, CanalTech, Globo

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