Ciência e Tecnologia

Supertelescópio James Webb flagra estrela que está virando supernova

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Nesta terça-feira, 14 de março, a NASA divulgou novas e impressionantes imagens capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb, que mostram os últimos dias de uma estrela gigante em processo de se tornar uma supernova.

A estrela em questão é a WR 124, uma estrela Wolf-Rayet rara localizada na constelação de Sagitário, a cerca de 15.000 anos-luz da Terra.

Via CNN

Observações detalhadas dessa fase rara são valiosas para os astrônomos, já que apenas algumas estrelas massivas passam pela breve fase de Wolf-Rayet antes de se transformar em supernova.

Durante esse processo, as estrelas Wolf-Rayet removem suas camadas externas, resultando em halos de gás e poeira características.

Estrela gigante

De acordo com a NASA, a WR 124 tem cerca de 30 vezes a massa do nosso sol e já ejetou mais de 10 massas solares de gás e poeira no espaço.

A poeira, embora possa parecer trivial, é extremamente importante para os astrônomos, pois é um componente fundamental do funcionamento do universo.

A poeira cósmica é responsável por abrigar estrelas em formação, ajudar na formação de planetas e servir como plataforma para a formação de moléculas, incluindo os blocos de construção da vida na Terra.

A NASA observa que ainda há muito para aprender sobre a produção de poeira no universo.

Embora a poeira desempenhe muitos papéis cruciais, as teorias atuais dos astrônomos ainda não conseguem explicar todo o excedente de poeira no universo.

Via Olhar Digital

Ajuda

As observações do Telescópio Espacial James Webb podem ajudar a esclarecer esse mistério. Afinal, a poeira cósmica é melhor estudada em comprimentos de onda infravermelhos – o tipo de luz que o telescópio é projetado para observar.

Antes do supertelescópio, os astrônomos não conseguiam dados com detalhes suficientes para explorar questões sobre a produção de poeira em ambientes como a estrela gigante WR 124.

Também não era possível dizer se os grãos de poeira eram grandes e abundantes o suficiente para sobreviver à supernova e contribuir significativamente para o orçamento geral de poeira.

Com os dados reais obtidos pelo telescópio, agora é possível investigar essas questões em detalhes.

Supertelescópio

O Telescópio Espacial James Webb foi lançado no topo de um foguete Ariane 5 europeu da Guiana Francesa. Isso ocorreu no dia 25 de dezembro de 2021, em uma missão que custou 10 bilhões de dólares.

O observatório viajou em direção ao Ponto de Lagrange 2 da Terra-sol, um ponto gravitacionalmente estável no espaço. Está localizado a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

Durante a jornada para L2, alcançado no final de janeiro de 2022, o James Webb implantou seu enorme protetor solar e seu espelho primário de vários segmentos.

Isso foi feito em uma complexa sequência de implantação que manteve os membros da equipe da missão ansiosos. Também reuniu cientistas e fãs do espaço em todo o mundo.

Após uma série de verificações, a missão começou sua campanha científica em junho de 2022 e a NASA divulgou as primeiras imagens do JWST ao público um mês depois.

Via Meio Bit

Identificação

O telescópio está atualmente realizando uma ampla gama de observações que têm o potencial de serem transformadoras, desde observar algumas das primeiras estrelas gigantes e galáxias do universo até investigar a composição das atmosferas de exoplanetas próximos.

Até da transformação dos corpos celestes, também está identificando cometas, meteoros, traçando novas galáxias e mesmo avaliando a expansão do universo.

Acredita-se que essa tecnologia irá se expandir nos próximos anos, permitindo que a Nasa tenha um domínio maior sobre questões inexplicáveis do universo.

No entanto, não existem indicações se novas versões do supertelescópio seguirão para o espaço também. Afinal, o investimento da companhia foi milionário.

Nesse caso, vale a pena acompanhar os casos recentes, como da estrela gigante a caminho da supernova. Assim, poderemos entender mais sobre o espaço, como ele se comporta e o que esperar dos próximos milhões de anos.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Olhar Digital, Meio Bit, CNN

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