Ciência e Tecnologia

Telescópio James Webb confirma a existência de 3 novas divindades no céu

0

Cientistas franceses e americanos uniram forças para analisar os recentes dados do Telescópio Espacial James Webb (JWST) que traz novas três divindades inéditas.

Os planetas anões Sedna, Gonggong e Quaoar vieram a público em um estudo que avalia novos tamanhos e a composição dessas novas entidades celestes.

Focando no Cinturão de Kuiper, o JWST apresenta informações mais aprofundadas sobre os objetos transnetunianos encontrados nessa região.

Apesar de não serem descobertas recentes, havia uma escassez de informações sobre esses corpos celestes.

Planetas anões

Via Tecmundo

Em 2006, a comunidade astronômica passou por uma pequena revolução ao criar uma nova categoria para planetas.

O estimado Plutão entrou na zona de rebaixamento, enquanto outros objetos semelhantes a ele subiram na hierarquia celestial. Assim, deixaram de ser asteroides para se tornarem planetas anões.

A confusão começou quando se suspeitou que Ceres, um planetoide no Cinturão de Asteroides, era maior do que Plutão.

Diante desse debate, a União Astronômica Internacional (UAI) estabeleceu a classificação para os Planetas Anões.

Para pertencer a essa nova categoria, os corpos celestes devem atender a critérios específicos: orbitar o Sol e possuir massa suficiente para adquirir uma forma quase esférica.

As novas três divindades que o James Webb descobriu, Sedna, Gonggong e Quaoar, atendem a todos esses requisitos.

Além de satisfazer os critérios mencionados, para ser considerado um planeta, o candidato também deve conseguir limpar sua órbita, eliminando todos os detritos menores.

Ele deve ser o corpo dominante no sistema, sem sofrer interferência gravitacional significativa de outros objetos em sua trajetória.

Cinturão de Kuiper

Enquanto isso, temos o Cinturão de Kuiper, que constitui um disco composto por asteroides, cometas, planetoides e suas luas no exterior do sistema solar.

Ele está além da órbita de Netuno, sendo assim, muitos dos objetos presentes nele são referidos como Objetos Transnetunianos.

Este cinturão abriga a maior concentração de planetas anões, incluindo Plutão, Éris, Haumea, Makemake, e recentemente, Sedna, Gonggong e Quaoar.

O único planetoide que não reside na órbita transnetuniana é Ceres, localizado no Cinturão de Asteroides, no interior do sistema solar.

A atenção de muitos se volta para a extremidade do nosso sistema solar. Estudos sugerem que nessa fronteira e em seus componentes podem estar algumas das respostas para compreender a formação do nosso sistema.

As missões espaciais Voyager 2 (1986 e 1989) e New Horizons, que alcançou seu ponto mais próximo de Plutão em 2015, representam as únicas explorações que se aproximaram da borda exterior.

Apesar das imagens impressionantes obtidas, o foco dessas missões não era o estudo direto do cinturão em si, mas sim ver os gigantes gasosos próximos, especialmente Plutão e seus arredores.

Agora, com o Telescópio Espacial James Webb, equipado com seu espelho de 6,5 metros de diâmetro, e seus instrumentos direcionados para a borda do nosso sistema, consegue coletar dados e imagens por meio do Espectrógrafo de Infravermelho Próximo (NIRspec).

Essa observação minuciosa nos brindou com informações sobre a possível composição de três planetas anões recentemente confirmados.

As novas três divindades do espaço

Via Tecmundo

Sedna

Nomeado em homenagem à deusa Inuíte do mar e dos animais marinhos, o planetoide apareceu pela primeira vez em 2012, no Observatório de Palomar.

Conforme os dados do JWST, Sedna exibe uma tonalidade avermelhada, indicando a presença de elementos como etano, acetileno, etileno, H2O e vestígios de possível CO2.

Quaoar

Avistado inicialmente no Observatório Palomar, por meio do telescópio Samuel Oschin, o planeta gelado recebeu o nome do deus da criação, segundo a mitologia do povo Tongva, originário das Américas.

Alguns estudos sugerem a possível existência de anéis ao redor do planeta anão, e os dados reunidos pela equipe internacional mencionam indícios da presença de elementos como etano, H2O em regiões mais profundas do planetoide, gelo de CO2 e ácido cianídrico.

Gonggong

Seu nome vem da mitologia chinesa, onde Gonggong é o deus das águas, responsável por inundações e pela inclinação do céu. Assim, resultou em uma crise de fúria que destruiu um dos pilares do firmamento.

Gonggong já foi o maior objeto transnetuniano sem nome, inicialmente no catálogo sob o nome de 2007 OR10. Seu espectro, também inclinado para o vermelho, indica a presença de sinais de etano, H2O e CO2.

Mais sobre o universo

Essa descoberta das três divindades pelo James Webb apenas reforçou quanto ainda precisamos aprender sobre o vasto universo. As investigações para além de nossa vizinhança contribuem para a compreensão sobre a formação dos planetas e a durabilidade que mantiveram antes de eventual colapso.

Estudos indicam que gigantes gasosos, por exemplo, se formaram em outras regiões do nosso sistema solar, migrando gradualmente até se fixarem em suas órbitas atuais.

Além disso, a exploração de objetos transnetunianos desafia preconceitos relacionados à presença de água, sua geografia e geologia.

Plutão, por exemplo, revelou-se uma surpresa para os pesquisadores, pois apresenta montanhas, vales e um “coração” pulsante que o mantém vibrando.

Agora, os cientistas aguardam ansiosamente por mais descobertas dos cinturões e outros lugares da galáxia.

 

Fonte: Tecmundo

Imagens: Tecmundo, Tecmundo

Monstro do Lago Ness: estudos indicam que mito pode ser plausível

Artigo anterior

Como fazer a foto Pixar Disney, nova trend do Instagram?

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido