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Tempo excessivo de tela piora a cognição em todas as idades; entenda

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É praticamente impossível imaginar a vida sem internet hoje em dia. Contudo, essa dependência pode ser bastante alta, ainda mais nas novas gerações que nascem em um mundo totalmente tecnológico. As telas são parte fundamental do nosso dia-a-dia, seja no trabalho, educação ou lazer. Talvez por isso as pessoas já não saibam viver mais sem elas.

Contudo, na maior parte das vezes o impacto em potencial que o tempo de tela tem na cognição não é considerado. No entanto, um estudo publicado na revista científica Neuropsychology Review fez a análise de 34 estudos anteriores que pontuavam as variadas formas do uso de tela, como por exemplo,  jogos, navegação na Internet, uso de smartphones e uso de mídias sociais, e faziam comparações com o desempenho cognitivo das pessoas com o uso de tela desordenado com as que não tinham essa condição.

Esse uso desordenado de tela é uma categoria de comportamentos problemáticos bem ampla. Nela estão inclusas dependência de tela e persistência no uso mesmo quando ele é prejudicial.

Tempo de tela

Universal

Como resultado foi visto que as pessoas que tinham um uso de tela desordenado tinham um desempenho cognitivo significativamente pior quando comparadas as outras pessoas. Esse desempenho inclui a capacidade de pensamento, como a atenção, memória, linguagem e resolução de problema.

De acordo com um artigo do The Conversation, pesquisadores da Universidade Macquarie e da Universidade Católica Australiana ressaltaram que essas descobertas sugerem que é preciso ter cuidado antes de defender um tempo de tela maior e as introduzir em mais aspectos da rotina.

Dentre todas as capacidades cognitivas, a mais afetada foi a atenção. Ainda mais especificamente, a atenção sustentada, que é a capacidade de manter o foco em um estímulo por um tempo longo. O segundo ponto que teve uma discrepância maior foi no “funcionamento executivo”, especificamente no controle de impulsos, que é a capacidade de controlar as próprias respostas automáticas.

Ainda de acordo com os pesquisadores, o que a pessoa está fazendo em frente a tela é irrelevante para os resultados. Além disso, essa tendência não ficou limitada às crianças, ela foi vista em todas as faixas etárias.

Consequências

Instituto Villamil

Por mais que os pesquisadores não tenham avaliado como o uso desordenado de tela resulta nessas alterações, existem explicações possíveis. A primeira é que esse uso desordenado leva a uma função cognitiva pior, como habilidades de atenção pioradas. Nesse caso, quando a pessoa desvia o foco para fora, esse uso de tela pode enfraquecer a capacidade intrínseca de concentração ao longo do tempo.

Outra hipótese é que as pessoas que já tem um funcionamento cognitivo mais deficiente tem uma probabilidade maior de ficarem envolvidas com o uso desordenado de telas. Isso pode acontecer como resultado de várias dicas viciantes que foram projetadas para manter as pessoas grudadas nas telas.

A consequência no nível de atenção das pessoas por conta das telas afeta a vida cotidiana delas. Até porque, atenção é a base das tarefas do dia-a-dia. Justamente por isso que as pessoas que tem uma atenção mais fraca podem ter dificuldade em acompanhar ambientes menos estimulantes, como por exemplo, o local de trabalho ou a sala de aula. Consequentemente, isso pode fazer com que elas se voltem para a tela.

Fonte: Época negócios

Imagens: Universal, Instituto Villamil

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