Ciência e Tecnologia

Teoria da gravidade de Einstein é validada com mapa detalhado da matéria escura

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Um anúncio surpreendente sobre o novo mapa de matéria escura traz comprovações importantes para a cosmologia.

Com ele, agora é possível validar a teoria da gravidade de Einstein com parâmetros inimagináveis.

Esse marco histórico ocorreu graças ao Telescópio Cosmológico do Atacama, localizado no Chile, o qual explorou com uma precisão surpreendente um quarto do céu.

A matéria escura, esse componente elusivo e indiretamente observável do universo, sempre desafiou nossa compreensão.

Ela está presente em cerca de 27% da composição total do universo. Além disso, agora foi possível mapear essa matéria, apresentando características de um mundo invisível que existe por milhares e milhares de quilômetros anos-luz.

Via Só Científica

Blake Sherwin, cosmólogo da Universidade de Cambridge, diz que era exatamente o que se previa.

Os resultados dessa pesquisa estarão na conferência Future Science with CMB x LSS, em Kyoto, Japão, proporcionando um impulso significativo ao campo da cosmologia.

Normalmente, se avalia a matéria escura de duas maneiras, através de experimentos em solo terrestre e observações cósmicas abrangentes.

Esse mapa, que utiliza a radiação cósmica de fundo como referência, é uma prova da eficácia dessa segunda abordagem.

O que é matéria escura

A matéria escura é uma forma de matéria que constitui uma parte significativa do universo, mas que não aparece diretamente na emissão ou interação eletromagnética.

Ela é chamada de “escura” porque não emite, absorve ou reflete luz, tornando-se indiretamente observável. A existência da matéria escura se comprova por seus efeitos gravitacionais sobre a matéria visível, como estrelas e galáxias.

A natureza exata da matéria escura ainda é objeto de estudo e pesquisa ativa na área da astrofísica e da cosmologia.

A matéria escura desempenha um papel crucial na formação e evolução das estruturas cósmicas, como galáxias e aglomerados de galáxias.

Sua presença é necessária para explicar a velocidade de rotação das galáxias, as curvas de rotação das galáxias espirais e a distribuição de matéria no universo em grande escala.

Embora ainda haja muito a ser descoberto sobre a matéria escura, sua compreensão é essencial para uma compreensão mais completa da física do universo e dos processos que moldam sua evolução ao longo do tempo.

Mapa de matéria escura

Surpreendentemente, o mapa de matéria escura revela que a distribuição é menos concentrada do que se acreditava anteriormente.

Essa descoberta é comparável a observar uma cortina de tecido repleta de nós e protuberâncias, com a luz fluindo através dela, iluminando essas áreas densas de matéria escura.

Essa conquista também aborda uma questão persistente da teoria da relatividade geral de Einstein. Como objetos massivos, como buracos negros supermassivos, curvam a luz proveniente de fontes mais distantes.

Isso proporciona uma compreensão mais profunda da natureza da matéria escura e de como ela interage com a luz e a gravidade.

Além disso, com o advento de novos instrumentos, como o futuro telescópio do Observatório Simons no Atacama, com previsão de início de operação em 2024, capaz de mapear o céu quase dez vezes mais rápido, teremos cada vez mais descobertas astronômicas impressionantes.

Via BBC

A instalação da maior câmera digital já construída no Observatório Vera Rubin, também no Atacama, reforça esse emocionante futuro para os observatórios terrestres.

A análise recente concluiu que a matéria escura é granulada o suficiente para se adequar ao modelo padrão da cosmologia, confirmando a consistência com a teoria da gravidade de Einstein.

Nas palavras de Eric Baxter, astrônomo da Universidade do Havaí e coautor da pesquisa, os resultados são uma peça fundamental do quebra-cabeça da cosmologia.

Assim, à medida que continuamos nossa jornada cósmica, aprofundando-nos nos mistérios da matéria escura, recebemos lembretes constantes de nossa insignificância diante da vastidão do universo.

No entanto, a cada descoberta, a cada mapeamento de novas regiões de matéria escura, aproximamo-nos um passo a mais da compreensão do nosso lugar no cosmos.

Para onde leva?

Esse novo mapa representa um avanço significativo, validando a teoria da gravidade de Einstein e indicando que o universo pode ser menos irregular do que se esperava em pequenas escalas e tempos recentes.

Conforme explicado por Baxter, é possível que o universo esteja em conformidade com as expectativas em momentos antigos e em escalas maiores.

Como uma trama de suspense, a descoberta de cada resposta nos conduz a novas perguntas, levando-nos por caminhos inexplorados.

Seria a matéria escura a chave para uma melhor compreensão do universo e da nossa existência nele? Apenas o tempo poderá nos dizer.

 

Fonte: Só Científica

Imagens: Só Científica, BBC

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