Por Em um estudo surpreendente, pesquisadores da Universidade de Central Lancashire (UCLan) apontam que planetas recém-formados podem assumir uma forma menos esférica, ou seja, como uma terra plana.
Esses apontamentos indicam que o nosso planeta pode ter tido outro formato antes de se tornar o que conhecemos e observamos hoje. Claro, tudo isso aconteceu há bilhões de anos antes da formação oficial.
No entanto, é uma informação nova que surpreendeu os estudiosos, e segue sob análise para verificar sua veracidade.
Como acontece a formação dos planetas?
Via Nova Escola
Os planetas têm sua origem em discos protoplanetários, anéis compostos por poeira e gás circundando as estrelas. Como esse processo ocorre ainda é objeto de debate entre os cientistas.
A teoria predominante é conhecida como acreção de núcleo, que reúne pequenas partículas de poeira gradualmente que se agregam, formando objetos cada vez maiores, até eventualmente se tornarem planetas.
No entanto, existe também outra hipótese, denominada instabilidade de disco, que sugere que, à medida que um disco massivo esfria em torno de uma estrela, a gravidade provoca sua rápida fragmentação em um ou mais pedaços de massa planetária.
Ambas as teorias oferecem perspectivas intrigantes sobre a formação planetária e são objeto de estudo e pesquisa contínuos. Essas informações estão no novo relatório da New Atlas.
Planetas nascem redondos?
Em uma nova pesquisa, a equipe da Universidade de Central Lancashire conduziu simulações do processo de formação de planetas usando um supercomputador.
O propósito foi explorar um aspecto até então negligenciado: qual forma os planetas assumem em seus primeiros anos?
Segundo um investigador do estudo, embora tenhamos estudado a formação planetária por um longo período, nunca ocorreu examinar a forma dos planetas conforme emergem nas simulações.
Afinal, sempre existiu a ideia de que eles eram esféricos por natureza, desde seu primeiro momento.
Contudo, os cientistas observaram que, quando os planetas se desenvolvem através do processo de instabilidade do disco, não expandem de maneira uniforme, mantendo uma aparência esférica durante todo o processo.
Em vez disso, eles tendem a acumular mais material em seus polos, resultando em um formato oval e achatado. À medida que os planetas jovens crescem, gradualmente assumem a familiar forma esférica.
Esses resultados se baseiem em simulações. No entanto, a equipe ressalta que a observação de planetas jovens pode ser crucial para confirmar ou refutar a teoria da instabilidade do disco na formação planetária.
Novos encontros estarão na revista Astronomy and Astrophysics Letters, com a continuação das descobertas.
Via Brasil Escola
Não reforça a Terra Plana
Além disso, é importante reforçar que as descobertas mencionadas não apoiam a teoria da Terra plana.
A ideia de uma Terra plana, como teoria da conspiração, remonta a concepções antigas e já foi amplamente desmentida pela ciência.
No entanto, ela sugere que moramos em um disco ou uma superfície plana estendida, em oposição à forma esférica comprovada cientificamente.
A teoria da Terra plana foi amplamente refutada ao longo da história, baseando-se em evidências científicas como a observação de navios desaparecendo no horizonte, o movimento das estrelas no céu e, mais recentemente, as imagens obtidas por satélites e viagens espaciais.
A forma esférica da Terra é uma conclusão científica bem estabelecida, suportada por uma vasta gama de evidências empíricas e observacionais.
Assim, embora o estudo sobre a formação de planetas mencione uma forma oval e achatada em estágios iniciais de desenvolvimento, isso não tem relação com a noção de uma Terra plana.
Em vez disso, refere-se a processos específicos que ocorrem durante a formação planetária em um contexto astronômico, distinto das discussões sobre a forma da Terra.
Contudo, da próxima vez que alguém falar sobre a terra plana, existirá um pequeno fundo de verdade, ao menos no seu surgimento.
Fonte: Olhar Digital
Imagens: Brasil Escola, Nova Escola
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