História

Tijolos antigos revelam que campo magnético da Terra sofreu anomalia há três mil anos

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Inscrições antigas em tijolos mesopotâmicos, celebrando os reis da época, abriram caminho para uma descoberta crucial sobre o campo magnético terrestre.

Os resultados dessa pesquisa foram minuciosamente documentados em um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

De acordo com a investigação, esses tijolos revelaram informações únicas sobre um fortalecimento magnético que abrangia uma extensão da China ao Oceano Atlântico, especialmente nas proximidades do atual Iraque, ao longo de um período de 500 anos, iniciado há mais de três milênios.

Campo magnético

Via Olhar Digital

O campo magnético da Terra é uma extensa região ao redor do planeta onde se observa a influência magnética.

Esse campo é gerado principalmente pelo movimento do ferro líquido no núcleo externo da Terra, que está em constante rotação devido à convecção térmica.

Esse movimento de eletricidade condutiva gera correntes elétricas, que, por sua vez, produzem um campo magnético.

O campo magnético terrestre desempenha um papel crucial na proteção do planeta contra a radiação solar e cósmica, formando uma espécie de escudo magnético.

Ele também é fundamental para a navegação, pois as bússolas se orientam de acordo com as linhas do campo magnético.

Além disso, o campo magnético influencia fenômenos naturais, como a migração de aves e a orientação de certos animais.

No entanto, está longe de ser estático, passando por variações temporais e regionais. Em determinados momentos, surgem áreas de fraqueza sem uma explicação clara, enquanto outras exibem uma força inexplicável.

Compreender essa dinâmica é crucial, porém, apresenta desafios significativos. Mas o que isso tem a ver com tijolos mesopotâmicos?

A descoberta de inscrições nesses tijolos antigos da Mesopotâmia lança uma nova luz sobre esse enigma.

Isso porque esses elementos, contendo grãos de óxido de ferro, preservaram a direção e a intensidade do campo magnético no momento de sua produção.

Análise dos tijolos mesopotâmicos

A análise desses tijolos revelou que o campo magnético na região era quase o dobro há mil anos, especialmente durante o reinado de Nabucodonosor II, famoso por suas construções monumentais.

Ao medir o magnetismo desses grãos nos tijolos, identificaram flutuações rápidas e significativas no campo magnético ao longo de um curto período de 42 anos.

Isso confirma a hipótese de que o campo geomagnético pode passar por mudanças rápidas e intensas, um fenômeno que continua a intrigar os cientistas até os dias de hoje.

Apesar de representar um progresso na compreensão do campo magnético terrestre, este estudo ainda depara com mistérios a serem desvendados.

Afinal, não se sabe como essa movimentação acontece, quais as consequências físicas e como influencia outros elementos. Por exemplo, o mar e o ciclo lunar recebem o impacto dessas ondas magnéticas.

Dessa forma, ao fornecer detalhes sobre a sequência de reinados na região, a descoberta desses tijolos se tornou uma ferramenta útil para historiadores, inclusive confirmando uma das linhas de tempo propostas.

Via Olhar Digital

Anomalias recentes

Além disso, vale reforçar que as anomalias magnéticas não se limitam ao passado. A Anomalia do Atlântico Sul, por exemplo, persiste até os dias de hoje, com uma história que remonta a milhões de anos.

Os cientistas têm acompanhado essas mudanças utilizando cinzas de cabanas queimadas datadas entre 800 e 500 anos atrás na região. Isso porque ela não dispõem de um método de datação equivalente ao utilizado nos tijolos da Mesopotâmia.

Mesmo assim, a pesquisa sobre os tijolos mesopotâmicos oferece uma perspectiva fascinante sobre a história do campo magnético terrestre. Embora muitos não acreditem nessa relação, ela se mostrou profunda e justifica diversos fenômenos observados.

Por isso, proporciona insights valiosos não apenas para os físicos, mas também para os estudiosos da história antiga, confirmando teorias antigas sobre o mundo e como ele funciona.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Olhar Digital, Olhar Digital

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