Séries e Sagas

Troian Bellisario, de Pretty Little Liars, desabafa sobre a sua saúde mental

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A atriz Troian Bellisario ficou conhecida pelo seu trabalho em Pretty Little Liars em que ela interpretou a Spencer Hastings. Durante a série, ela ganhou notoriedade pelo seu trabalho excepcional, e agora que PLL acabou a atriz está cheia de projetos. Um desses projetos é o filme Feed que estreou ontem nos Estados Unidos. No filme, Olivia (interpretada por Troian) e Matt (Tom Felton), são irmãos gêmeos com uma conexão muito forte. Durante o último ano de colégio de ambos, uma tragédia faz com que eles se separem. Feed foi escrito pela própria Troain, baseado na sua experiência com problemas com a sua saúde mental.

Em matéria escrita pela atriz na Seventeen, ela contou detalhadamente a sua relação com seus problemas e como está aprendendo a lidar com ela. Troian comentou como sua mente funciona:

Sendo uma pessoa com um problema mental, meu maior desafio é que eu nem sempre sei que voz está falando dentro de mim. A voz do meu corpo, que diz: ‘Troian, estou com frio, sai do lago’, ou a voz da minha doença: ‘Você contou a todos três vezes, então você não pode decepcioná-los. Você não é suficiente. Quem se preocupa com a diferença entre duas vezes e três? Eu me preocupo.’

Existe uma parte do meu cérebro que desafia a lógica. Essa parte do meu cérebro é a minha doença, e houve um tempo em que ela tinha autoridade absoluta sobre mim. Quase me matou, e você pode ver que, apesar de ter vivido em recuperação durante dez anos, ainda encontra muitas maneiras divertidas e insidiosas de me frustrar até hoje. Foi uma jornada difícil encontrar meu caminho de volta à saúde. Através de uma introspecção difícil, cuidados médicos e mentais intensos, uma família e amigos que me apoiam e um parceiro paciente e amoroso, sobrevivi, o que é raro.

Mas eu não quero apenas sobreviver essa parte da minha vida. Eu quero criar em rebelião. Quero parar de olhar os relógios. Eu quero pintar todo o chão e construir uma parede de feedback no amplificador tão alto que começam a pular enquanto eu grito bem na cara da minha doença: EU SOU O BASTANTE!

Quem assistia a atuação da Troian em Pretty Little Liars nem imagina que ela possa ter tido dificuldades para gravar a série. A atriz revelou que essas “vozes” dentro dela, quase tiraram a sua confiança e impediram que ela gravasse a série:

Quando eu gravei o piloto de Pretty Little Liars, era dezembro em Vancouver, e eu tinha 24 anos de idade. Nós estávamos gravando uma cena de verão (o exterior do funeral da Alison, a abelha rainha de Rosewood), e mesmo assim eu não lembro exatamente o quão frio estava lá fora, eu posso dizer que estava tão frio a ponto de nevar. As meninas e eu estávamos com vestidos curtos pretos, saltos e sapatilhas. Mais tarde, na edição, eles podiam aumentar a saturação, adicionar um filtro dourado e BAM, iria parecer que estávamos suando em julho.  Mas enquanto nós estávamos gravando, bem, era dezembro no Canadá…

Querendo ser a pessoa mais profissional o possível, eu expirei o catarro que ameaçava arruinar cada take e forçava meus ombros a ficar onde estavam mesmo que eu pudesse ver minha respiração no ar. Eu olhei em volta: Lucy, Ashley e Shay todas pareciam estar com frio, mas bem; todas pareciam profissionais, poderosas. ‘Eu não fui cortada disso:’ Eu afastei esse pensamento da minha cabeça. ‘Engula, Bellisario, faça seu trabalho’… 

Eu me preparei para que alguém gritasse comigo, qualquer um, em uma posição de autoridade. ‘Como se atreve atrasar essa produção maciça? Como você se atreve ser tão fraca? Tão exigente!’ Mas ninguém me castigou, nem mesmo um olhar lateral. Todos apenas me perguntaram se eu me sentia melhor e se eu me sentia pronta para voltar para a cena. ‘Por que eu precisava da permissão de um completo estranho para cuidar de mim?’

Já se passaram 7 anos desde o início da série, e hoje, Troian tem 31 anos de idade. Atualmente mesmo a atriz tendo um controle maior da sua mente, ainda tem umas recaídas. E para tentar se autoajudar, Troian escreveu Feed.

Não é tão fácil assim. Às vezes eu ainda me encontro sendo empurrada por um mestre invisível, trabalhando até o ponto de exaustão, nadando com os dedos entorpecidos. A voz da minha doença está comigo todos os dias. Eu fui ensinada a ignorá-lo na maior parte, mas ainda está lá, encontrando novas maneiras de me prejudicar. É por isso que escrevi Feed. Eu queria canalizar essa voz dentro de uma história (enredo) e fora de mim. Eu queria criar um personagem que também se perguntou como ‘ela poderia ser o suficiente’.

Escrever, produzir e atuar nisso me ajudou a obter mais um grau de separação da minha doença no que eu sei que será uma vida de recuperação. É a minha maior esperança de que alguém que assista o filme, lutando com os mesmos desafios que eu, pudesse pensar: ‘E se eu fosse o suficiente? Então, com toda a coragem que eu posso reunir, eu dou a você, eu dou para aquela pessoa, com a esperança de que possa fazê-la se sentir o suficiente.’

Talvez quando você estiver assistindo, eu estarei saindo da água fria e me aquecendo ao sol.

Esperamos que ela fique sempre bem e continue dando shows de atuação! A atriz também foi escalada para atuar no filme Where’d You Go Bernadette que tem direção de Richard Linklater.

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